![]()
Uso
Medicinal da Pata-de-Vaca - Bauhinia forficata Link (Leguminosae -
Caesalpinioideae) José
Martins Fernandes
Especialista
em Plantas Medicinais Nomes
populares: capa-bode,
casco-de-vaca, ceroula-de-homem, miriró, mororó, pata-de-boi, pata-de-vaca, pé-de-boi,
unha-de-anta, unha-de-boi, unha-de-vaca, unha-de-veado. Caracterização:
A Bauhinia forficata é encontrada no interior das florestas, capoeiras e
beiras de estradas. No Brasil, sua ocorrência vai desde as regiões do sul até
o nordeste, sendo cultivada
em outras partes do Brasil. É registrada sua ocorrência também na Argentina,
Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai. É facilmente reconhecida pelo hábito arbóreo
(5 a 15 m de altura), ramos com espinhos; folhas unifolioladas, partidas até a
metade, semelhante a uma pata de vaca; flores brancas; e frutos tipo legume,
abrindo-se facilmente quando maduros. Uso
medicinal: As folhas são
utilizadas na prevenção e/ou tratamento do diabetes, tratamento de parasitoses
intestinais, elefantíase e cistites. Receitas: - Infusão de
2 xícaras (cafezinho) de folha picada em ½ litro de água ou 1 folha picada
por xícara (chá). Tomar 4 a 6 xícaras (chá) ao dia (para diabetes). - A infusão
das flores desempenha efeitos purgativos. - O pó da
casca junto com o da folha seca é
preparado por decocção, usando-se 1 colher de sopa em 150 mL de água (em
torno de 1 xícara), ingerindo-se ½
a 1 xícara de chá ao dia. Comentários:
A pata-de-vaca representa para muitas famílias uma fonte de recursos medicinais
e financeiros. É extraída do meio
natural de várias formas e com objetivos distintos. Há aquelas pessoas que a
coletam de modo sustentável, visando ao consumo familiar sem agredir a
continuidade da espécie na região, possibilitando algumas vezes, um acréscimo
na renda familiar, quando comercializada. Outras
pessoas visam apenas à extração irregular e descontrolada, não se
preocupando com a sua continuidade nos ambientes de coletas, mas com o “lucro
mensal”. Desta forma, Bauhinia forficata é uma espécie que merece
atenção quanto à sua conservação. Referências
consultadas LORENZI,
H. & MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas.
Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2002. 512p. MARTINS,
E. R.; CASTRO, D. M de; CASTELLANI, D. C. & DIAS, J. E. Plantas
medicinais. Viçosa, MG: UFV. 1998. 220p. OLIVEIRA-FILHO,
A. T. Catálogo das árvores nativas de Minas Gerais: mapeamento e inventário
da flora nativa e dos reflorestamentos de Minas Gerais. Lavras – MG: UFLA.
2006. 423p. PAVAN-FRUEHAUF,
S. Plantas medicinais de Mata Atlântica: manejo sustentado e amostragem.
São Paulo: Annablume – Fapesp. 2000. 216p. PIZZOLATTI,
M. G.; JÚNIO-CUNHA, A.; SZPOGANICZ, B. & SOUSA, E. de. Flavonóides
Glicosilados das folhas e flores de Bauhinia forficata (Leguminosae). Química
Nova, São Paulo, v.26, n.4, 2003, p.466-469. SILVA,
G. M. da C.; SILVA, H.; ALMEIDA, M. V. A. de; CAVALCANTI, M. L. F. &
MARTINS, P. de L. Morfologia
do fruto, semente e plântula do Mororó (ou pata de vaca) – Bauhina
forficata Link. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina
Grande, v.3, n.2, 2003, p.1-15.
|