![]()
CURSO
DE GESTÃO AMBIENTAL ELISA
CERQUEIRA CORREDORES ECOLÓGICOS NO ESPÍRITO SANTO VILA
VELHA 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Dedico
esse Trabalho a todos envolvidos de coração no Projeto Corredores Ecológicos;
Todos os que preservam o meio ambiente simplesmente por saber o quanto
dependemos dele; Todos os que, por mais que não veem diferenças imediátas
continuam com seus conseitos firmes e fazem a diferença por onde passam.
Elisa
Cerqueira SUMÁRIO Capítulo 1 Projeto Corredores Ecológicos - Uma visão geral1.0-
O Projeto 1.1-
Corredores Ecológicos 1.2-
De ilhas biológicas a Corredores Ecológicos 1.3-
Atores sociais envolvidos 1.4
- Benefícios gerados
pela mudança 1.5
- Estratégia de
desenvolvimento do Projeto
1.6
- Recursos
e fontes de financiamento 1.7
- O novo conceito:
conservar a biodiversidade em escala regional 1.8
- Colocando o conceito em
prática 1.9
- Integridade
dos ecossistemas no Corredor Central da Amazônia Capítulo 2
Corredores Ecológicos no Espírito Santo 1.0-
Corredor Central da Mata Atlântica 1.1-
Parceria com a iniciativa privada no Corredor Central da Mata Atlântica 1.2
- Corredor
é aprovado por proprietários de Cachoeiro 1.3
- PCE lança
publicação com resultado de Encontros Regionais
1.4
- PCE mobiliza grupos de
articulação em todo o Espírito Santo 1.5-
Região Norte do Espírito Santo define corredor piloto 1.6-
Planejamento da região do Caparaó Capítulo
4
Áreas para Implantação do PCE 1.0
- PCE
- Conectando pessoas e florestas 1.1
- Estratégias
para fomar Corredores Ecológicos 1.2
- Corredores
Prioritários 1.3
- As
dez áreas de implantação 1.4
- Localização
das Áreas de implantação do PCE 1.5
- O
Plano de Fiscalização 1.6
- Corredores
Ecológicos Marinhos PROJETO CORREDORES ECOLÓGICOSUMA VISÃO GERAL 1.0-
O Projeto
A
concepção de corredores ecológicos – em discussão no Brasil desde 1996 -
está sendo posta em prática pelo Projeto Corredores Ecológicos (PCE),
associado ao Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil
– PPG7, do Ministério do Meio Ambiente.
Corredores
Ecológicos são áreas planejadas com o intuito de reconectar remanescentes
florestais e proporcionar o livre trânsito de animas e sementes de espécies
vegetais, aumentando a cobertura vegetal e garantindo a conservação dos
recursos naturais e da biodiversidade de ecossistemas considerados prioritários. Corredores
Ecológicos podem unir unidades de conservação públicas, reservas
particulares, áreas de preservação permanente, reservas legais ou quaisquer
outras áreas naturais. Entre
as estratégias para a implementação de corredores ecológicos estão o estímulo
à criação de novas unidades de conservação públicas e reservas
particulares de patrimônio natural (RPPN), a recomposição de áreas de
preservação permanente e reservas legais e a difusão de atividades com menor
impacto ambiental, como turismo sustentável, agroecologia, sistemas
agroflorestais e agricultura orgânica. 1.2-
De ilhas biológicas a corredores ecológicos O Brasil é reconhecido mundialmente pela sua megadiversidade biológica. A Amazônia, considerada a maior área de floresta contínua do planeta, detém cerca de 30% das reservas florestais tropicais. A Mata Atlântica concentra o maior número de espécies endêmicas, isto é, daquelas que só ocorrem em seus ecossistemas, embora seja também um dos biomas mais ameaçados. A riqueza de espécies animais e vegetais presentes nesses dois biomas, apesar de pouco conhecida, pode se tornar chave para a sobrevivência das futuras gerações. Essas florestas prestam ainda importantes serviços ambientais, como a manutenção das reservas de água e a absorção de carbono da atmosfera. O modelo adotado até agora para a conservação desse patrimônio tem se mostrado insuficiente para garantir a sobrevivência das espécies e minimizar os impactos da ação humana sobre o ambiente. Baseia-se na implantação de áreas protegidas sob responsabilidade exclusiva do Estado. O resultado dessa visão são unidades de conservação isoladas, que sofrem os impactos das atividades rurais e urbanas. Problemas fundiários e frágil fiscalização encorajam o uso predatório dos seus recursos naturais. As populações do entorno são vistas como ameaças e, por sua vez, consideram-nas obstáculos ao desenvolvimento. Por isso, o modelo das ilhas biológicas está dando lugar a um novo conceito de conservação: o dos corredores ecológicos. 1.3-
Atores sociais envolvidos ·
Populações
tradicionais e povos indígenas; ·
Proprietários
de terras e empresários interessados em negócios sustentáveis; ·
Agências
governamentais federais, estaduais e municipais; ·
Organizações
comunitárias locais, extrativistas ou não, ONGs e instituições de pesquisa
envolvidas em empreendimentos voltados à conservação; ·
Comitês
de bacia hidrográfica e outras instâncias colegiadas de intervenção
regional. 1.4-
Benefícios gerados pela mudança ·
Otimização
dos recursos para a conservação, por meio da interação entre os governos
federal, estadual, municipal e da interface com os demais atores sociais; ·
Exercício
de gestão descentralizada e participativa na política ambiental em todos os âmbitos,
com ganhos em controle social; ·
Aumento
do conhecimento sobre áreas com representativa riqueza biológica; ·
Desenvolvimento
de novas metodologias de planejamento e de manejo ambiental, com exercício da
resolução de conflitos sócio-ambientais; ·
Fortalecimento
econômico, social e cultural das comunidades locais (extrativistas ou não); ·
Desenvolvimento
de iniciativas sustentáveis para geração de emprego e renda; ·
Manutenção
da quantidade e da qualidade da água que os centros urbanos e as atividades
econômicas nos corredores; ·
Desenvolvimento
de novos modelos de uso e ocupação do solo nas áreas situadas entre as
unidades de conservação, com incentivo ao ecoturismo, ao manejo agroflorestal,
à criação de reservas particulares, entre outras atividades econômicas
ambiental e socialmente sustentáveis. 1.5-
Estratégia de desenvolvimento do Projeto A
implementação do Corredor Central da Mata Atlântica e do Corredor Central da
Amazônia apóia-se em estratégias de planejamento participativo, descentralização
das decisões, orientação aos investimentos produtivos e estrutura
institucional em rede a partir das entidades que atuam em cada corredor. As ações
são definidas por conselhos gestores paritários, compostos por instituições
governamentais e não-governamentais. 1.6-
Recursos e fontes de financiamento O
Projeto conta com aproximadamente cem milhões de reais para seu planejamento e
implementação, previstos para cinco anos de duração. Este recurso origina-se
de doações externas (Fundo Fiduciário das Florestas Tropicais – RFT, por
meio do Banco Mundial, Comunidade Européia e República Federal da Alemanha,
por meio do KfW) e de contrapartidas do Governo Federal e dos governos
estaduais. Espera-se que este montante influencie as políticas setoriais que se
desenvolvem em cada região e estimule a captação de recursos de outros
empreendimentos econômicos. Afinal, a implementação efetiva dos corredores
depende de mudanças profundas que redirecionem o desenvolvimento regional para
a sustentabilidade. 1.7-
O novo conceito: conservar a biodiversidade em escala regional Corredores
ecológicos são extensões territoriais que contêm ecossistemas considerados
prioritários para a conservação da biodiversidade. Sua função é reduzir ou
prevenir a fragmentação das florestas existentes por meio da interligação
entre diferentes modalidades de áreas protegidas e outros espaços com
diferentes usos do solo. Nos corredores, unidades de conservação federais,
estaduais e municipais são gerenciadas de forma integrada com terras indígenas,
reservas extrativistas e áreas de particulares, seja de empresas ou de pequenos
e grandes proprietários. Dessa forma, buscam manter ou restaurar a
conectividade da paisagem e facilitar o fluxo genético entre populações,
aumentando a chance de sobrevivência em longo prazo das comunidades biológicas.
Essa abordagem abrangente, descentralizada e participativa permite que governo e
sociedade compartilhem a responsabilidade pela conservação da biodiversidade e
planejem juntos a utilização do solo e dos recursos naturais. Por isso, o
corredor ecológico não é simplesmente mais uma área de proteção ambiental.
Trata-se de uma proposta de gestão do território em escala regional destinada
a contribuir com o desenvolvimento sustentável. 1.8-
Colocando o conceito em prática O
planejamento e a implementação de corredores ecológicos foi proposto no âmbito
do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, por meio
do Projeto Corredores Ecológicos. Este projeto surgiu com o propósito de
testar e abordar diferentes condições para a implementação desse novo
conceito em dois corredores: o Corredor Central da Amazônia e o Corredor
Central da Mata Atlântica. Baseando-se nas lições aprendidas, preparar e
apoiar a criação de corredores adicionais nos dois biomas. Sua linha de atuação
baseia-se em: ·
aumento
da proteção das unidades de conservação e das terras indígenas; ·
ações
de vigilância, fiscalização, monitoramento e controle; ·
planejamento
e conservação ambiental realizadas de forma participativa e descentralizada,
privilegiando todos os atores sociais operantes nas áreas dos corredores; ·
promoção
de mudanças de comportamento das populações envolvidas, mediante ações de
efeito demonstrativo, divulgação e educação ambiental; criação
de oportunidades de negócios sustentáveis e incentivo a atividades que
promovam a conservação, agregando o viés ambiental aos projetos de
desenvolvimento. 1.9- Integridade dos ecossistemas no Corredor Central da Amazônia O
Corredor Central da Amazônia ocupa uma área de 40.000.000 hectares e
corresponde a cerca de um terço do Estado do Amazonas. As unidades de conservação
proteção integral e uso sustentável, somadas às terras indígenas, compõem
mais de 70% deste corredor. Como se situa em região com baixo índice de
desmatamento, a principal estratégia do Corredor Central da Amazônia consiste
em garantir a continuidade das extensas florestas. Em áreas já alteradas dos
trinta municípios onde este corredor se situa, o projeto pretende estimular
atividades sustentáveis, como agricultura orgânica, implantação de sistemas
agroflorestais, ecoturismo e averbação de reserva legal. CORREDORES ECOLÓGICOSESPÍRITO SANTO No Espírito Santo, o Projeto Corredores Ecológicos é gerenciado pela Unidade de Coordenação Estadual (UCE-ES), sediada no Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). O Projeto é executado pelo Governo do Estado, em parceria com Reserva da Biosfera e Secretarias Municipais de Meio Ambiente. Principais atividades da UCE-ES
-
Divulgação do conceito de corredores ecológicos e formação de
multiplicadores. 1.0-
Corredor Central da Mata Atlântica 1.1- Parceria com a iniciativa privada no Corredor Central da Mata Atlântica A
região escolhida para compor o Corredor Central da Mata Atlântica compreende o
sul da Bahia e as regiões norte e centro-serrana do Espírito Santo, incluindo
as áreas marinhas até o limite da plataforma continental. O trecho terrestre
corresponde a uma área de 8,5 milhões de hectares que vem sofrendo crescente
desmatamento devido ao declínio da atividade cacaueira, da expansão da
cafeicultura e das atividades turísticas e imobiliárias.Cerca de 95% do
corredor sobrepõe-se a propriedades particulares de 163 municípios. Nessas
localidades serão estimuladas iniciativas do setor privado e não-governamental
que promovam o desenvolvimento sustentável por meio da agrossilvicultura, do
ecoturismo, do aumento de Reservas Particulares do Patrimônio Natural e de
incentivos às Reservas Legais e às Áreas de Preservação Permanente 1.2-
Corredor é aprovado por proprietários de Cachoeiro
O corredor Burarama-Pacotuba-Cafundó, na região noroeste de Cachoeiro de Itapemirim, será a primeira experiência de corredor ecológico no Espírito Santo. O projeto do micro-corredor, que tem como meta conectar os fragmentos de Mata Atlântica da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) do Cafundó e da Floresta Nacional (FLONA) de Pacotuba às nascentes do distrito de Burarama, começou a se concretizar após o sucesso da mobilização com os proprietários da região, realizada na última semana de junho. Em
três dias de mobilização foram assinados 18 termos de adesão onde os
proprietários aceitaram participar e se comprometeram a averbar reserva legal.
José Calegari, proprietário das Fazendas Mutum e Nona Raquel, localizadas
estrategicamente entre a RRPN e a FlONA, foi um dos primeiros a assinar o termo.
Outro que gostou da idéia foi Dalton de Souza, dono de uma pequena propriedade
em Pacotuba, batizada de "Sítio Corredor Ecológico", em homenagem ao
Projeto. Segundo
a engenheira florestal e técnica do Projeto, Erica Munaro, no reflorestamento
serão usadas espécies nativas que vão permitir ao proprietário aproveitar de
forma sustentável os recursos da Mata. "Incluímos espécies de valor
comercial, paisagístico e frutíferas, que além de contribuir para a conexão
dos fragmentos, futuramente poderão ser aproveitadas de forma sustentável",
afirma. A
elaboração do Projeto foi feita com base nas oficinas de planejamento
participativo, realizadas com a comunidade local em outubro de 2004 e em abril
deste ano, e prevê iniciativas de educação ambiental e cursos de agroecologia
e sistemas agroflorestais. A experiência será monitorada e sistematizada de
forma que possa servir de experiência para o projeto de outros
micro-corredores. A
implantação do micro-corredor Burarama-Pacotuba-Cafundó está sendo feita em
parceria com o Instituto Cafundó, Iema, Ibama, Incaper, Idaf, Prefeitura de
Cachoeiro de Itapemirim, Associação de Moradores de Burarama, Comunidade
Quilombola de Monte Alegre, Pastoral Ecológica e instituições de ensino como
Escola Agrotécnica Federal de Alegre, Nedtec/CCA-UFES e Faculdade São Camilo. 1.3-
PCE lança publicação com resultado de Encontros Regionais
Aconteceu
no dia 06 junho o lançamento oficial do livro síntese dos encontros regionais
do Projeto Corredores Ecológicos (PCE) com os municípios do Espírito Santo. A
solenidade será durante a abertura da Semana de Meio Ambiente, na sede do
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em Cariacica,
Espírito Santo. Segundo
o coordenador estadual do Projeto, Marcelo Mores, a publicação é um
levantamento das características ambientais, agrícolas e sociais do Estado,
construída com base nos dez encontros regionais, realizados entre novembro de
2003 e agosto de 2004. "Estes dados têm sido nossa diretriz para a
implantação de corredores ecológicos locais. Através deles também é possível
comparar a percepção das comunidades sobre problemas, potencialidades e ações
prioritárias para a formação dos corredores", explica. Entre
as ações prioritárias indicadas, se destacaram a mobilização das
comunidades locais para participar do processo de formação dos corredores e a
recuperação de nascentes matas ciliares e topo de morros. O potencial turístico,
a existência de projetos de sistemas agroflorestais, de agricultura orgânica e
de agroecologia e a beleza cênica foram apontados como potencialidades por
grande parte das regiões. Os
livros serão distribuídos para órgãos governamentais, organizações civis
parceiras e participantes dos Encontros Regionais. 1.4-
PCE mobiliza grupos de articulação em todo o Espírito Santo No
último dia 07 de junho, com a formação do grupo de articulação da Grande
Vitória, a unidade de coordenação capixaba do Projeto Corredores Ecológicos
comemorou a conclusão da etapa de definição dos articuladores locais. De
acordo com a metodologia participativa que vem sendo utilizada, serão estes
representantes das comunidades locais os responsáveis por conduzir a implementação
de corredores ecológicos e reverter fragmentação florestal em cada uma das
regiões do Espírito Santo. Ao
todo, foram formados dez grupos de articulação, com uma média de 25 membros
cada. Os grupos são formados tanto por organizações governamentais, como por
organizações civis, como sindicatos, associações e instituições acadêmicas.
Após a definição do grupo, a próxima etapa, a ser concluída até o final do
mês, é a definição de uma área-piloto para implantação de um corredor
modelo em cada uma das regiões. 1.5-
Região Norte do Espírito Santo define corredor piloto
1.8-
Planejamento da região do Caparaó Caparaó
realiza segunda oficina de planejamento Nos
dias 18 e 19 de maio foi realizada pelo Projeto Corredores Ecológicos a segunda
oficina de planejamento da região do Caparaó. Durante a oficina, foram
definidas ações prioritárias para a formação do corredor piloto que vai
conectar o Parque Nacional do Caparaó a fragmentos de Mata Atlântica do
entorno. As ações foram planejadas de acordo com aspectos bióticos, antrópicos
e do setor produtivo apontados pelos participantes, através de um mapa falado
da região. Na ocasião também foi formado um grupo de facilitadores que serão
responsáveis pelo contato entre a unidade de coordenação estadual do Projeto
e o grupo de articulação local.
ÁREAS PARA IMPLANTAÇÃO DO PCE 1.0-
PCE - Conectando pessoas e florestas O
projeto Corredores Ecológicos é uma parceria do governo com a sociedade civil
que tem como objetivo reduzir a fragmentação das florestas e possibilitar a
conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. Além
de órgãos governamentais federais, estaduais e municipais, fazem parte do
Projeto organizações não-governamentais, associaões, sindicatos,
cooperativas instituições de ensino, igrejas, comunidades tradicionais e
produtores rurais. 1.1- Estratégias para formar Corredores Ecológicos -
Recuperação de áreas
de preservação permanentes (APP) e de reservas legais; -
Implantação de
sistemas agroflorestais; -
Criação de novas
unidades de conservação; -
Incentivo a Criação
de reservas particulares do patrimônio natural (RPPN); -
Fiscalização e
monitoramento da cobertura florestal; -
Estímulo a
atividades que geram menor impacto ambiental, como turismo sustentável,
agroecologia e agricultura orgânica. 1.2-
Corredores Prioritários O
Espírito Santo definiu de forma participativa dez áreas para implantação de
corredores ecológicos. Esses corredores são de caráter demonstrativo e tem
como objetivo testar metodologias e divulgar a experiencia para que esta possa
possa ser replicada em outras regiões, contribuindo para a construção de
novas bases de apoio à conservação da biodiversidade. 1.3-
As dez áreas de implantação 1-
Córrego do Veado Durante
a maior parte do ano esta região sofre influência da seca, sendo os
remanescentes florestais existentes de extrema importância para a conservação
dos recursos hídricos. Área
aproximada: 43.000ha Municípios:
Pinheiros e Boa Esperança 2-
Pedra do Elefante Além
da beleza paisagística da Pedra do Elefante e dos outros aloramentos rochosos
do entorno, este Corredor possui atributos biológicos e geológicos de grande
potencial para a conexão dos fragmentos e conservação da biodiversidade. Área
aproximada: 43.900ha) Municípios:
Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Vila Pavão e Vila Valério 3-
Corredor Sooretama- Goytacazes- Comboios Nesse
Corredor está incluída a maior área de florestas contínua do estado, formada
pela Reserva Biológica de Sooretama e pela Reserva Natural de Linhares, o que
favorace a a ocorrência de grandes mamíferos. A área também abrange parte do
Rio Doce, a floresta Nacional dos Goytacazes e a Reserva Biológica de Comboios. Área
aproximada: 175.100h a Municípios:
Linhares, Sooretama, Jaguaré, Vila Valério e Aracruz. 4-
Corredor Alto Misterioso- Serra do Palmital A
topografia deste corredor é marcada principalmente pela presença de morros com
alta declividade. A recomposição das áreas de preservação permanentes dos
morros e das margens dos rios, apresenta grande potencial para a conexão. Área
aproximada: 73.800h a Municípios:
Iataguaçú, Colatina, Baixo Guandu, Laranja da Terra, Santa Teresa, São Roque
do Canaã. 5-
Corredor Complexo Centro-Norte Serrano O
Complexo concentra uma das maiores biodiversidades do planeta e, apesar da
intenssa fragmentação, possui uma grande quantidade de cobertura florestal. A
Reserva Biológica Augusto Ruschi, a Estação Biológica de Santa Luzia, a Área
de Proteção ambiental de Goiapaba-Açu e o Parque Municipal de São Lourenço
são algumas das unidades de conservação da região. Área
aproximada: 120.200h a Municípios:
Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Fundão, Ibiraçu,
Aracruz e Serra. 6-
Corredores Duas Bocas- Mestre Álvaro Incluindo
a Reserva Biológica de Duas Bocas, a Área de Proteção Ambiental do Mestre Álvaro
e o complexo de lagoas da Serra, este Corredor possui grande importância para a
conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, já que abriga rios
importantes para o abastecimento da Grande Vitória. Área
aproximada: 36.900h a Municípios:
Cariacica, Serra, Viana e Santa Leopoldina. 7-
Corredor Saíra-apunhalada Apesar
de ainda não possuir nenhuma unidade de conservação em áreas particulares, a
área deste Corredor conserva importantes fragmentos florestais preservados e
possui atributos relevantes para a conservação da biodiversidade. O nome Saíra-apunhalada
faz referência a uma espécie de ave que era considerada extinta e foi
encontrada na região. Área
aproximada: 37.100h a Municípios:
Brejetuba, Afonso Cláudio, e
Conseição do Castelo. 8-
Corredor Caparaó Este
Corredor está localizado em região montanhosa e abrange a parte capixaba do
Parque Nacional do Caparaó, além de fragmentos do entorno. A área preserva um
dos únicos locais de ocorrência de campos de atitude no estado e abriga
animais ameaçados de extinção. Área
aproximada: 51.000h a Municípios:
Irupi, Ibitirama, Iúna, Dores do Rio Preto e Divino São Lourenço. 9-
Corredor Burarama- Pacotuba- Cafundó Além
das nascentes do distrito de Burarama, inclui duas unidades de conservação,
sendo uma federal, a Floresta Nacional Cafundó. O Corredor possui tanto
atributos biológicos quanto histórico-culturais, abrigando a comunidade
quilombola de Monte Alegre e a colônia de descendentes de Italianos de
Burarama. Área
aproximada: 7.800h a Municípios:
Cachoeiro do Itapemirim. 10-
Corredor Guanandy Este
corredor vai do pontal de Marataízes até a foz do Córrego Iriri (Lagoa da
Conceição), englobando a Área de Proteção Ambiental de Guanandy. Com forte
influência marinha, a área abriga lagoas, alagados e uma exuberante vegetação
de restinga. Além da importância biológica, a região possui beleza cênica e
potencial para o desenvolvimento do turismo sustentável. Área
aproximada: 9.800h a Municípios:
Anchieta, Piúma, Itapemirim e Marataízes.
1.5- O Plano de Fiscalização O
Projeto Corredores Ecológicos vem conduzindo em toda a área do Espírito Santo
o Plano Integrado de Fiscalização da Mata Atlântica. O Plano tem como
objetivo proteger os recursos naturais do Estado através da fiscalização e
controle das atividades com potencial degradador ou poluidor do meio ambiente,
além de realizar atividades educativas e de conscientização sobre a importância
da preservação e conservação dos recursos naturais. Nas
operações realizadas durante o ano de 2004 foram constatados 339 focos de
devastação, sendo a maioria por desmatamento, queimada, mineração e
brocagem. O diagnóstico foi feito através de patrulhamento aéreo por helicóptero
e confirmado posteriormente pela checagem terrestre das áreas identificadas.
Para 2005, estão previstas 80 horas de vôo, o dobro do ano passado. O
Plano de Fiscalização é desenvolvido em parceria com Instituto Estadual de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Companhia de Polícia Ambiental,
Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Grupamento Aéreo da
Casa Militar. Veja o relatório de 2004 do Plano Integrado de Fiscalização.
1.6- Corredores Ecológicos Marinhos Assim
como corredores terrestres, os corredores ecológicos marinhos são áreas
planejadas como objetivo de promover o melhor aproveitamento dos recursos
naturais de forma a não comprometer a conservação dos ecossistemas e a
qualidade de vida das populações. A formação de corredores marinhos é
importante para os seres vivos que vivem no mar, para aqueles que durante
determinada fase da vida migram
para os rios e manguezais, para as aves marinhas, e principalmente para o homem. O
ordenamento das atividades pesqueiras, a delimitação de zonas de exclusão, a
criação de unidades de conservação e o estímulo a pesquisas científicas são
algumas das estratégias usadas para a formação de corredores ecológicos
marinhos. NOTA DO ALUNO Ao
pesquisar sobre o Projeto Corredores Ecológicos, pude me envolver mais com o
meio ambiente, conversar com os responsáveis pelo projeto e interagir com
pessoas que buscam colocar em prática um projeto que um dia foi apenas uma
utopia. A aplicação de conceitos de conservação ambiental se torna evidente na vida daqueles que tomam esse conceito como um estilo de vida. Durante essa pesquisa notei que os responsáveis tomam o projeto como filhos, cuidam de cada etapa com muito cuidado e muito carinho. A
divulgação do projeto tem se expandido mais nesse último ano, mesmo assim
muitos ainda não se intereção, não vêem o projeto como uma prioridade,
assim como a comunidade nos arredores das áreas prioritárias. Em
uma pesquisa de campo, conversei com uma senhora moradora da Serra (ES), próximo
ao Corredor Duas Bocas - Mestre Álvaro. Dona Fátima de Medelhos nunca teve
conhecimento do projeto, e se interessou quando mostrei os informativos, e fiz
uma pequena divulgação sobre os Corredores. Dona Fátima disse que são poucas
as pessoas que se envolvem em algum projeto como esse. Minha
pesquisa de campo me ajudou a notar a indiferença das pessoas em relação ao
meio ambiente. A vida corrida, ganância, estudos, tudo isso acaba tomando todo
o tempo das pessoas. BIBLIOGRAFIA Projeto
Corredores Ecológicos/UCE – ES Informativos
Impressos do Projeto Coordenador
do Projeto: Marcelo Mores (corredorecologico@iema.es.gov.br) BR
262- Km 0 – Jardim América- Cariacica- Espírito Santo Cep:
29140-500 Tel:
(27) 3136-3476 / 3136-3475 Fax:
(0xx)27 3136 3476 http://www.iema.es.gov.br/default.asp?pagina=5653
|