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FUNBOSQUE DESTACA AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DA INSTITUIÇÃO EM 2024 Ao longo do ano a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque “Professor Eidorfe Moreira” (Funbosque) realizou diversas atividades com o intuito de integrar a comunidade à uma educação sustentável e promover a consciência ambiental. Em 2024, algumas atividades especiais se destacaram dentre aquelas mais tradicionais, seja pela contribuição local ou pela parceria com outros projetos e instituições. Em março, na sede da Funbosque, na ilha de Caratateua, houve a segunda edição da COP das Baixadas, com a temática central "A Periferia Amazônica no Centro do Debate Climático". O evento abordou questões relacionadas ao "Acordo de Escazú" e foi estruturado em três eixos principais: o direito à informação e ao acesso, a democracia e a participação popular, e a defesa do meio ambiente e de seus defensores. A COP das Baixadas tem como objetivo destacar a importância das periferias amazônicas na construção de soluções climáticas e fortalecer o protagonismo dessas comunidades no enfrentamento das crises ambientais. Educação, ciência e sustentabilidade No mês de julho, a Fundação Escola Bosque teve ampla participação na Reunião da Sociedade Brasileira do Progresso para a Ciência (SBPC) de 2024 que foi realizada no campus Belém da Universidade Federal do Pará (UFPA), com o tema “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”. Durante uma semana, a Funbosque contou com três estandes de exposição; um sobre o meliponário pedagógico do projeto Uruçú; outro sobre Etnobotânica pelo projeto Chá do Bosque; e o terceiro com doação de mudas frutíferas do projeto Viveiro Educador. Ao todo foram mais de 2 mil mudas doadas aos visitantes. Além dos estandes, a Funbosque montou oficinas de produção de mudas usando materiais reutilizáveis e de produção de terrários fechados como prática pedagógica. Houve também rodas de conversa com as temáticas “Composteira caseira e reciclagem de resíduos orgânicos” e “Observação e estudos de minhocas: fertilização e aeração do solo”. O
projeto Cinepesca, da Unidade Casa-Escola da Pesca, exibiu dois
filmes de sua produção nas sessões do cineclube
da SBPC. Um grupo de estudantes da Funbosque apresentou o trabalho
escolar “Sustentabilidade - Eu protejo o futuro”. Os equipamentos têm capacidade para gerar seis horas diárias de gás de cozinha, substituindo até três botijões de gás convencional por mês. Após a conclusão de todo o processo, os servidores receberam instruções para o manuseio. Qualificação e criatividade Visando a qualificação profissional dos moradores das ilhas, em outubro a Funbosque firmou parceria com a Escola Nacional de Turismo (ENT), iniciativa conjunta do Ministério do Turismo e do Ministério da Educação para fortalecer o setor no estado do Pará. O objetivo é capacitar profissionais por meio de cursos gratuitos. Parte dos cursos fornecidos pela ENT serão ministrados em unidades da Escola Bosque a partir de 2025. A Unidade Sede (ilha de Caratateua) fornecerá o curso de “Gestão de Negócios para Turismo”. Já na Unidade da Faveira (ilha de Cotijuba) serão ministrados os cursos “Qualidade no atendimento aos turistas de Cotijuba” e “Hospedagem Familiar”. Os cursos têm duração média de dois meses e meio e os estudantes estarão distribuídos em 40 vagas por turma. Com o intuito de incentivar a criatividade dos estudantes e divulgar a diversidade da flora da Funbosque, foi lançada a cartilha “Gigantes da Trilha: 30 árvores da trilha principal da Fundação Escola Bosque – Vol. 1”, produto de um trabalho socioambiental e interdisciplinar, que contém a pesquisa botânica de 30 espécies arbóreas da trilha principal da escola, envolvendo a participação dos estudantes nas atividades para sua construção. A cartilha está disponível online na página principal do site da Funbosque. Ainda no segundo semestre, houve a criação de um mascote para a Fundação, o que foi uma forma de representar a biodiversidade da fauna da Escola Bosque de uma maneira divertida. Para concretizar essa ideia, o bicho-preguiça foi o animal escolhido dentre as espécies que podem ser encontradas na Funbosque, como o novo mascote. O nome “Murrinha”, que significa “preguiça”, “tédio” ou “moleza” no linguajar regional paraense, foi definido por voto popular, a partir de uma campanha feita nas redes sociais da Fundação. Texto: Rayane Lopes
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