Rico é aquele que sabe ter o suficiente. Lao Tze
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 90 · Março-Maio/2025
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Artigos(3) Podcast(1) Dicas e Curiosidades(1) Reflexão(2) Iniciativas Empresariais Sustentáveis(7) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(5) Entrevistas(2) Culinária(2) Divulgação de Eventos(16) O que fazer para melhorar o meio ambiente(1) Sugestões bibliográficas(2) Educação(1) Breves Comunicações(1) Reportagem(3) Soluções e Inovações(2) Educação e temas emergentes(3) Ações e projetos inspiradores(17) Cidadania Ambiental(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(20) Relatos de Experiências(7)   |  Números  
Reflexão
14/03/2025 (Nº 90) A MÍDIA SOCIOAMBIENTAL PERMANECE LIMITADA A UM NICHO RESTRITO
Link permanente: http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=5200 
  

A MÍDIA SOCIOAMBIENTAL PERMANECE LIMITADA A UM NICHO RESTRITO

Redação 27/01/2025 comunicação, Henrique Cortez

 

Assim como na fábula do beija-flor e o fogo, estamos desempenhando nosso papel e esperamos que nossos(as) leitores(as) exerçam o deles(as) também.

Por Henrique Cortez

A mídia socioambiental, muitas vezes chamada de mídia ecológica ou mídia ambiental, é uma ramificação da mídia que se dedica a questões sociais e ambientais.

Apesar do crescente reconhecimento da importância da mídia socioambiental, em decorrência da maior conscientização sobre questões ecológicas, ela ainda é relativamente diminuta em comparação a outras categorias de mídia, como notícias gerais e entretenimento.

É verdade que a mídia socioambiental tende a ter uma audiência menor do que as grandes mídias tradicionais. Isso pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo a escassez de recursos para promover e difundir essas publicações, a menor procura do público em geral por conteúdo socioambiental e a escassez de cobertura desses temas nas mídias convencionais.

Entretanto, também existe uma crescente conscientização ambiental e social na sociedade, e cada vez mais indivíduos estão se interessando por esses assuntos e buscando fontes de informação confiáveis. Pelo menos, é isso que esperamos.

Há várias possíveis explicações para a menor audiência da mídia socioambiental em relação a outras categorias de mídia. Em detalhes, algumas das principais razões incluem:

Falta de interesse: A mídia socioambiental se volta a questões específicas, como conservação da natureza, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, que podem não ser tão atrativas ou pertinentes para a maioria das pessoas.

Baixa divulgação: A mídia socioambiental é comumente menos promovida do que outras categorias de mídia, resultando em um menor número de pessoas sabendo que esse tipo de conteúdo existe.

Competição com outras categorias de mídia: A mídia socioambiental enfrenta concorrência de outras categorias, como notícias gerais, entretenimento e tecnologia, pelo tempo e atenção do público.

Escassez de recursos: A mídia socioambiental pode dispor de menos recursos financeiros e humanos para criar e divulgar seu conteúdo, o que pode afetar sua capacidade de atrair leitores(as).

Conteúdo desafiador: Certos temas ambientais são complexos e demandam um nível de conhecimento razoável para serem compreendidos, o que pode afastar leitores(as).

É evidente que existem muitos outros fatores, mas, de qualquer forma, a mídia socioambiental busca desempenhar seu papel.

A sociedade deve ter acesso à informação – toda e qualquer informação. Diante das informações disponíveis, as pessoas decidem quais conteúdos desejam consumir.

Em certa medida, este é, de maneira simplificada, o conceito fundamental da democratização da informação.

Henrique Cortez, jornalista e ambientalista, editor do EcoDebate.

 in EcoDebate, ISSN 2446-9394



Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2025/01/27/a-midia-socioambiental-permanece-limitada-a-um-nicho-restrito/



Ilustrações: Silvana Santos