CONFERÊNCIA
DO MEIO AMBIENTE DEFINE PROPOSTAS E DELEGADOS DE NOVO HAMBURGO
Prioridades
do Município foram levadas à etapa estadual entre os
dias 11 e 12 de março
Publicado
em 14/02/2025
Representantes
participaram da Conferência
Crédito:
Gustavo Steffens/PMNH
A
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
(SMMADU) realizou, na sexta-feira (14/02),
a 5ª Conferência Municipal de Meio Ambiente. O evento
ocorreu no Centro Administrativo Leopoldo Petry e teve como objetivo
definir propostas para a cidade na área ambiental, além
de eleger os delegados que representarão Novo Hamburgo na
Conferência Estadual, marcada para os dias 11 e 12 de março.
O
secretário Anderson Bertotti destacou a importância da
Conferência, relembrando a enchente que atingiu o município
em maio do ano passado. “Estamos nos recuperando aos poucos,
com certeza muito mais rápido do que a natureza se recupera da
degradação ambiental provocada pelo ser humano”,
pontuou.
O
encontro reuniu dezenas de representantes de entidades públicas,
privadas e da sociedade civil, que debateram sobre os cinco eixos da
Conferência:
1. Mitigação – Redução
das emissões de gases de efeito estufa;
2. Adaptação e preparação
para desastres;
3. Justiça climática;
4. Transformação ecológica
– Descarbonização da economia e inclusão
social;
5. Governança e educação
ambiental.
Ao
todo, foram definidas 10 propostas, duas para cada eixo temático.
O diretor-geral de Desenvolvimento Urbano, Valtemir Goldmeier,
ressaltou a relevância do debate coletivo. “A
coletividade demonstrou a importância das ações
de mitigação e dos investimentos em melhorias para
proteger as populações mais vulneráveis em caso
de eventos climáticos severos”, afirmou.
O
palestrante convidado foi o advogado especialista em Direito Público
Ambiental, Ioberto Tatsch Banunas, que reforçou a necessidade
de uma governança climática eficiente. “Se não
nos prepararmos com uma governança climática eficaz,
não encontraremos soluções para os problemas
ambientais”, destacou.
Delegados
eleitos:
Sociedade
Civil
• Viviane Senger
• Angélica Dias de Souza
• Rosana Bassetto
• Ana Maria Felix Sartori
• Arci Fetter Júnior
• Suplente: Antonio Silvério
Poder
Público
• Fabiane Patrícia de Melo
• Anderson Bertotti
• Suplente: Daniel Neutzling Costa
Setor
Privado
• Vania Costa
• Marlete Ferreira da Luz
• Gabriel Grabonski
• Suplentes: Jessica van Enck, Guilherme
Fontoura
Temas
por eixo
Mitigação
– Redução das emissões de gases de efeito
estufa
• Tema 1: Implementação do
manejo biodinâmico do solo e resíduos orgânicos,
com utilização de resíduos de poda e
investimento em compostagem. Promoção do transporte
coletivo acessível e de qualidade, com o uso de energias
renováveis, tanto no meio urbano quanto no rural. Incentivo à
criação de ciclovias urbanas e rurais. Criação
e implementação de Unidades de Conservação
locais, especialmente em ecossistemas de banhado, fundamentais para o
sequestro de carbono e regulação climática.
Desenvolvimento de uma Política Local de Arborização
e do Plano Municipal da Mata Atlântica.
• Tema 2: Aplicação do
Programa de Recuperação Ambiental (PRA), garantindo
monitoramento contínuo das áreas e transparência
nas ações do poder público municipal. As
informações e dados públicos devem ser
acessíveis e atualizados regularmente, com publicações
mensais na internet sobre as medidas adotadas.
Adaptação
e Preparação para Desastres
• Tema 1: Planejamento da arborização
urbana, com manutenção e manejo adequado considerando
as características locais. Especial atenção às
áreas de risco, garantindo a realocação
permanente de moradores por meio da criação de parques
urbanos, por exemplo. Mapeamento contínuo da drenagem pluvial,
associado a um Plano Regional de Reservação de Água
e Conservação do Solo. Programa de manejo do solo e
reposição de matas ciliares, com incentivos para
agricultores que preservam o meio ambiente, incluindo acesso ao
PRONAF com juros menores e valores de crédito ampliados.
• Tema 2: Fortalecimento das Defesas
Civis locais, garantindo equipes bem equipadas e autonomia dos
municípios na gestão de recursos para resposta a
desastres. Aprimoramento das políticas públicas para
proteção de animais impactados por enchentes, incluindo
treinamento comunitário para resgate e cuidados. Criação
de grupos territoriais permanentes de prevenção e
preservação socioambiental, com foco especial nas
comunidades vulneráveis e localizadas em áreas de
risco, como morros e regiões sujeitas a alagamentos.
Justiça
Climática
• Tema 1: Desenvolvimento de políticas
públicas para reservação de água, com
incentivo a soluções técnicas economicamente
viáveis e seguras. Capacitação para a produção
de energia limpa e adoção de construções
mais seguras e sustentáveis, além de modelos de
produção adaptados a eventos climáticos
extremos. Promoção de um debate contínuo sobre
conscientização e educação ambiental
tanto no meio rural quanto no urbano.
• Tema 2: Melhoria da infraestrutura em
áreas já consolidadas, garantindo proteção
habitacional para as comunidades, incluindo investimentos em casas de
bombas. Implementação de políticas públicas
para assegurar moradias dignas em áreas seguras, priorizando
populações vulneráveis. Destinação
de recursos financeiros para cooperativas de renda com foco em
soluções socioambientais, como reciclagem, compostagem,
hortas comunitárias e agroecologia.
Transformação
Ecológica – Descarbonização da Economia e
Inclusão Social
• Tema 1: Implementação de
planos e programas municipais e regionais para incentivar a
transformação ecológica. Criação
de linhas de crédito para tecnologias limpas, arborização
urbana e rural, e preservação de áreas de
relevante interesse ecológico. Promoção da
agricultura de baixo carbono e aumento gradual da cobertura florestal
em propriedades rurais. Criação de unidades de
conservação locais, como parques lineares fluviais e
áreas de interesse ambiental. Desenvolvimento de programas de
agricultura urbana, incluindo hortas comunitárias, pomares e
compostagem, além de hortas escolares.
• Tema 2: Desenvolvimento de planos e
programas municipais para o reaproveitamento de resíduos
recicláveis, com estratégias de fácil adesão
pela população. Implantação de centrais
de compostagem e fortalecimento da gestão ambiental. Promoção
de programas permanentes de educação ambiental,
priorizando a não geração de resíduos e a
conscientização de que cidades limpas são
aquelas que não se sujam.
Governança
e Educação Ambiental
• Tema 1: Criação de
mecanismos de incentivo ambiental e incentivos fiscais para a
sociedade e o setor público. Implementação de
políticas públicas educacionais que incluam a educação
ambiental de forma transdisciplinar, animalista e permanente,
envolvendo todas as secretarias municipais. Destinação
e criação de áreas verdes em todos os municípios
da região. Desenvolvimento de projetos de saneamento básico
e gestão de resíduos sólidos, garantindo
transparência e acesso público a informações
atualizadas sobre as ações do poder público.
• Tema 2: Reestruturação e
fortalecimento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e seus
fundos locais. Fortalecimento do Sistema Tripartite Nacional e
Estadual, conforme previsto na Lei Complementar 140/2012, garantindo
maior protagonismo ao ente municipal na execução de
políticas climáticas e ambientais. Divulgação
ampla de dados e informações ambientais, assegurando
transparência e engajamento social.
Com
essas propostas, Novo Hamburgo busca avançar na construção
de um futuro mais sustentável, promovendo políticas
públicas que garantam qualidade de vida e preservação
ambiental.
Fonte:
https://www.novohamburgo.rs.gov.br/noticia/conferencia-meio-ambiente-define-propostas-delegados-novo-hamburgo