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Para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Sêneca
ISSN 1678-0701 · Volume XXIII, Número 91 · Junho-Agosto/2025
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Apresentação
03/06/2025 (Nº 91) EDITORIAL
Link permanente: http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=5252 
  

EDITORIAL

91ª edição da revista Educação Ambiental em Ação

Junho - agosto/2025

Esta edição é uma edição mais do que especial, pois completamos 23 anos de atividades com a revista Educação Ambiental em Ação, e isto é motivo de comemoração. Não foi por acaso que iniciamos em 5 de junho de 2002 (Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia), em homenagem a esta data tão significativa para todos que compreendem que o meio ambiente é a base da vida e que todos os seres vivos devem ter seu direito à vida preservado, porém, na prática, lidamos com muitas contradições que dificultam ainda mais esta trajetória e intensificam os desafios que enfrentamos.

Compreendemos que o principal papel da Educação Ambiental é o de promover transformação em indivíduos, grupos e instituições, para que todas as ações humanas levem em conta, sempre, o ambiente em que vivemos. A educação ambiental está intrinsecamente ligada à saúde pública porque o meio ambiente e as condições de vida influenciam diretamente o bem-estar das pessoas. Ao entender questões como a qualidade do ar, da água, o manejo dos resíduos e dos espaços verdes, é possível reconhecer como esses fatores impactam sua saúde, prevenindo doenças e melhorando a qualidade de vida.

É lamentável que este interesse por ações que mudam os hábitos, atitudes, para minorarmos os impactos que provocamos, não alcance a classe política que segue com um pensamento retrógrado, compreendendo que os cuidados necessários para com o meio ambiente vão na contramão do progresso e do desenvolvimento econômico, não levando em conta a finitude dos recursos naturais, que, do ponto de vista destes, devem ser amplamente explorados em nome do desenvolvimento econômico. Isso revela uma preocupante falta de comprometimento com a manutenção da vida e um desconhecimento sobre os impactos ambientais, seja por falta de informação ou por interesses distintos.

Portanto, são as ações individuais (cada ação, por menor que pareça, pode estimular uma reação em cadeia) e coletivas promovidas, principalmente por cidadãos e organizações, que sustentam o engajamento de diferentes grupos e comunidades com as questões ambientais mais diversas e, embora não encontrem eco, se mobilizam por ações governamentais que promovam políticas públicas que favoreçam a implantação de mudanças significativas em prol da vida no planeta.

Nosso país, rico em belezas naturais, poderia ter mais investimentos e políticas voltadas ao turismo ecológico e pedagógico. Da mesma forma, oferecer mais incentivos à agricultura familiar, à agricultura orgânica e a tipos de produções agrícolas que não degradem vastas áreas com os plantios de monocultura e com uso de agrotóxicos. Assim como deveria haver mais incentivos para novas embalagens biodegradáveis, erradicando as que não são facilmente “digeridas” pela terra. Enfim, basta pesquisar que encontramos inúmeras alternativas para solucionar problemas, mas a população e pequenos grupos são silenciados diante do descaso de políticas públicas que ignoram completamente o sistema que mantém a vida.

É certo que tivemos muitos avanços e que a situação ambiental estaria bem mais crítica sem ações de educação ambiental realizadas, e isto nos comove e nos motiva a seguirmos com nossa missão.

Com uma média de 30.000 acessos diários, a revista confirma seu papel essencial na disseminação da Educação Ambiental. O contador de visitas ultrapassou, nesta semana, 33 milhões de acessos desde 2007 — quando foi instalado o dispositivo de registro, o que nos dá a certeza de que nem tudo está perdido.

Nesta edição comemorativa de aniversário temos o prazer de apresentar muitas e muitas ações que realmente fazem a diferença neste contexto frio e cinzento promovido pela falta de apoio da maioria do corpo político que compõe o Congresso Nacional, que mina as conquistas necessárias para um futuro sustentável. Em tempos de retrocessos nas políticas ambientais — como o da flexibilização do licenciamento — o papel da educação se torna ainda mais crucial para conscientizar e empoderar a população. A mudança começa — e continua — com a conscientização e a ação coletiva e, nesse sentido, a Educação Ambiental é fundamental.

Agradecemos a sua preciosa visita,

 

Equipe da revista

Educação Ambiental em Ação

www.revistaea.org



Ilustrações: Silvana Santos