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Para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Sêneca
ISSN 1678-0701 · Volume XXIII, Número 91 · Junho-Agosto/2025
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ENTREVISTA COM LISIANE BECKER PARA A 91ª EDIÇÃO DA REVISTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO
Lisiane na posse como Conselheira na gestão do CRBIO 2024/2028 Apresentação – Entrevistada desta edição, a Bióloga Lisiane Becker tem especialização e mestrado em Biociências/Zoologia (PUCRS,1992), especialização em Direito Ambiental (UNINTER, 2019) e especialização em Políticas Públicas Ambientais (UNIRITTER, 2019), além de vários cursos de extensão. Funcionária Pública concursada desde 1992, aposentada em maio de 2025, desenvolvia várias atividades relacionadas à proteção da fauna silvestre e. Seu habitat, no órgão ambiental da Prefeitura Municipal de Guaíba. Lisiane também é sócia-fundadora da organização não governamental ambientalista Instituto MIRA-SERRA, onde atua voluntariamente desde outubro/2000. Integra/integrou vários colegiados consultivos/deliberativos, como CONAMA, Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), Câmara Consultiva Nacional de Conversão de Multas do Ibama, Conselhos Nacional e Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, CONSEMA-RS, Parque Nacional Aparados da Serra Geral, entre outros. Foi vice-presidente da CT Biodiversidade/CONAMA, presidente da CTP Gestão Compartilhada Estado-Município (CONSEMA-RS) e, atualmente, coordena a CT Biodiversidade do CERBRMA-RS. É responsável técnica de Unidade de Conservação/ RPPN e de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, tendo sido Diretora de Relações Interinstitucionais da Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural /CN RPPN. Responsável pelo projeto aprovado/executado no edital público/MMA para elaboração dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (MS,PR,SC e RS). Integra coordenação tripartite da APEDeMA-RS e do conselho de coordenação da Rede de ONGs da Mata Atlântica. Membro do Observatório da Governança Ambiental do Brasil. Representante titular pelo CRBio-03 no COMAM/Porto Alegre. Idealizadora do Bosque da Memória (o primeiro implementado no RS), assim como do Plano Regional de Recuperação e Conservação da Mata Atlântica na Bacia Hidrográfica do Rio Caí. Palestrante, autora de artigos científicos e de popularização científica, supervisora de estágios acadêmicos e de trabalhos de conclusão de curso. Recentemente, passou a integrar a gestão do CRBIO-03, como conselheira titular. Contemplada com Certificado de Reconhecimento Profissional /Rotary Clube Guaiba, Moção Honrosa/ Ministério do Meio Ambiente, Moção de Reconhecimento e Agradecimento/Conselho Deliberativo FNMA, entre outros. Então, com tanta experiência, com tantas vivências em diferentes frentes, certamente teremos muito aprender com ela! Bere – Olá Lisiane! É um prazer e uma grande honra tê-la como nossa entrevistada, muito obrigada! Começo te perguntando: O que te levou a trilhar pela seara do ambientalismo? Foi algo que almejava desde cedo, ou foi um momento, ou algum acontecimento determinado que te fez seguir por este caminho? Lisiane – Oi, Bere! E da minha parte, espero poder contribuir para agradecer o convite! Sigamos... O caminho para o ambientalismo foi tortuoso: no último ano do 2° Grau, mudei minha simpatia pela química orgânica para o deslumbramento com os parasitas. Contudo, à bem da verdade, já no primário, eu teria chegado extasiada em casa, exclamando: “Os paramécios, mãe! ...Os paramécios!” Então, já na faculdade, voltei ao Ensino Médio como assistente daquela professora “influencer”. Fiz uma infinidade de estágios e participei de muitos e muitos cursos, abrangendo várias áreas da biologia. A especialização e o mestrado em Biociências / concentração em Zoologia, mantiveram meu foco na parasitologia, culminando em docência desta matéria na faculdade de medicina. Mas, como tudo na vida tem um fim, o destino me tornou funcionária pública e, em 1994, assumi a responsabilidade técnica de um zoológico (sim, na bagagem eu tinha, também, um estágio robusto no Zoológico em Sapucaia do Sul). Então, meu mundo evoluíra do parasita ao hospedeiro! Mas foi em uma reunião, que se propunha a criar uma Delegacia Policial Civil voltada aos crimes ambientais (materializada cerca de dez anos depois!), nos altos do Mercado Público, que fui apresentada ao universo da Mata Atlântica. O proprietário da RPPN Mira-Serra buscava um biólogo que “entendesse” de fauna daquele bioma, com vista à elaboração do Plano de Manejo. A partir daí, foi como na areia movediça: quanto mais se mexe, mais se afunda. Bere – Então, basicamente devemos agradecer aos “paramécios”(risos), por termos uma pessoa tão incrível e atuante na área ambiental! Eu te conheci pessoalmente em um encontro sobre Redes de Educação Ambiental, com a ReaSul, que ocorreu em Poa/RS, precisamente, em 2008. Faz mesmo bastante tempo (risos). Foi lá que também tomei conhecimento da ONG MIRA-SERRA, da qual você é sócia-fundadora. Conta para a gente como foi o início da sua trajetória com a ONG. Lisiane – Pois, então! Ao visitar a RPPN Mira-Serra, logo percebi a importância daquela rica biodiversidade frente aos conflitos hídricos que já despontavam. Qual foi a minha ideia? Ora, vamos criar uma ONG! Assim nasceu o “Projeto MIRA-SERRA”, atual “Instituto MIRA-SERRA” e, gizo, registrado com letras maiúsculas. A explicação do nome está em www.miraserra.org.br. Ganha um bombom quem achar primeiro! (risos) Bere – Bem, então fica este desafio para o pessoal que ler a nossa entrevista, o de descobrir a explicação do nome, e olha que vou querer um bombom, pois eu já descobri (risos). E quais são as principais frentes da ONG? Lisiane – Eis uma resposta, que há uns 10 anos atrás, estaria mais voltada à trabalhos de campo, à proteção dos recursos hídricos e à consolidação do Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (MaB-UNESCO), estabelecido na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mira-Serra, em São Francisco de Paula. Contudo, o retrocesso das políticas públicas ambientais direcionaram nossas energias para além daquele espaço no Vale do Rio Padilha. Por eleição dos nossos pares em coletivos ambientalistas (Rede de ONGs da Mata Atlântica/RMA e Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente/ APeDeMA-RS) e , passamos a ocupar assentos em colegiados tais como: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente (CD-FNMA), Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN RBMA), Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA-RS ), Comitê Estadual da Reserva da Mata Atlântica (CERBMA-RS), Comitês de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, do Rio dos Sinos e do Lago Guaíba, Conselho Consultivo dos Parques Nacionais Aparados da Serra Geral, além de assumir a representação na APA Estadual Rota do Sol e EsEc Estadual Aratinga, além de integrar Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho nestas Instâncias Ah! Também participamos do Conselho de Coordenação da RMA e da Coordenação tripartite da APEDeMA-RS. Destas participações efetivas, integramos o conhecimento de campo à experiência do embate com segmentos, cujos interesses não se restringem à sustentabilidade e conservação da biodiversidade. Ato contínuo, o Instituto MIRA-SERRA se estabeleceu na elaboração e ingresso de representações no judiciário e ações civis públicas – sendo procurada por cidadãos de diversos municípios que se preocupam com a intervenção ilegal no ambiente natural em seus respectivos municípios. Outra linha de atuação convergente iniciou em 2011, quando nosso projeto foi selecionado pelo Ministério do Meio Ambiente para conduzir a elaboração dos (até então, “desconhecidos”) Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica/ PMMA de Curitiba (PR), Jardim (MS), Dona Emma (SC) e Igrejinha (RS), e de um manual. Desta miscelânea de conhecimentos e de práticas, apresentamos, ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, proposta de programa para a elaboração de “Planos Municipais e Regional de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica” no âmbito da B.H. do Rio Caí (PMMA-PRMA CAÍ). Aprovado, assinamos Termo de Cooperação com o Ministério Público Estadual/regional Caí e, claro, com o Comitê Caí. Cabe gizar que o programa, sua concepção e execução sem ônus aos municípios, o torna inédito no país! Neste momento, iniciamos a etapa regional. Bere – Quais as áreas de atuação da MIRA-SERRA? Lisiane – Resumidamente, a ênfase se dá no bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados (fauna, flora, recursos hídricos, Unidades de Conservação) com seus desdobramentos nas políticas públicas ambientais, nas ações junto ao judiciário, na sensibilização ambiental e na conservação ambiental. Bere – Através da ONG são realizadas muitas pesquisas. Quais delas você pode destacar, que considera de alta relevância? E como é possível acessar a estas pesquisas? Lisiane – Pois, então... Com o aumento exponencial da demanda, temos muuuuuito material de pesquisa sem o tempo necessário para sua organização, sistematização e publicação. Do período anterior ao “caos”, destacaria o trabalho sobre fauna atropelada em trecho da ERS 020, estudo de impacto de carga na RPPN Mira-Serra, estudo dos recursos hídricos no Vale do Rio Padilha (TCC), estudo endoparasitologico na comunidade do Vale do Rio Padilha (TCC), estudo das macrofitas no açude Pedras Brancas (TCC), mapeamento das áreas de preservação permanente e da flora legalmente protegida, proposta para zoneamento e orientação ambiental à aldeia indígena Charrua (com acadêmicos do estágio profissional da Biologia/PUCRS) e, os PMMAs do edital – que, junto à dois outros projetos da região sudeste e nordeste do Brasil, se tornaram referência para a elaboração desses planos com citação em cadernos da série Biodiversidade do MMA. Bere – Através da ONG vocês devem trabalhar com uma demanda muito alta de denúncias relacionadas a crimes ambientais. Quais são os procedimentos, desde a denúncia até a resolução do problema (quando estes têm solução)? Lisiane – Temos lidado com crimes ambientais desde a fundação da entidade, que surgiu justamente para proteger a biodiversidade na RPPN Mira-Serra e seu entorno da grilagem, da especulação imobiliária rural, da caça de animais silvestres nativos, desmatamentos, etc. – um desafio sem fim, lamentavelmente. De lá para cá, no entanto, cidadãos de municípios variados, incluindo aquele onde está a RPPN, nos procuram solicitando elucidar dúvidas em relação à determinada intervenção no ambiente natural e o que pode ser feito, de modo a não serem identificados. Aliás, a pressão, as ameaças, a perseguição e a denunciação caluniosa, são práticas, ainda, muito em voga contra quem cumpre o seu dever constitucional. E nós sabemos muito bem como isto é aterrador, pois somos alvos destes tipos de ataques. Mas, continuando, é a partir das informações iniciais que recebemos, que vislumbramos as possibilidades de ação. Há casos em que se resolve apenas com a complementação de dados, para protocolarmos a denúncia no Sistema On Line (S.O.L.) da Fepam; outros, mais complexos, exigem reunião virtual para detalhamento e busca de provas publicamente disponíveis. Na sequência, avaliamos a estratégia e elaboramos a representação ao Ministério Público Estadual ou Federal. O caso do Mátria Parque de Flores foi um dos mais exigentes e que, junto à outro em que o licenciamento ambiental foi realizado ao arrepio da Lei da Mata Atlântica, resultou na rescisão do Termo de Cooperação para intervenção na vegetação nativa do Bioma, do Estado com o município autuado. Há situações, em que é requerida uma Ação Civil Pública que, necessariamente, exige advogado. Siiiimmm, as denúncias no S.O.L. e as representações são feitas por mim e pela 1ª coordenadora executiva, sem graduação em Direito – como é facultado à qualquer cidadão. Evidentemente, por vezes, precisamos de alguma orientação das “nossas” advogadas. Uma delas, é a 2ª Coordenadora executiva da MIRA-SERRA. Tivemos / temos processos nos Ministérios Estadual e Federal, no Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal de Justiça. Quanto aos resultados... ah! Esta é a pior parte. Tudo é muito vagaroso, com vai-e-volta irritante (risos), além das boas e más surpresas a cada nova tramitação, uma agonia. Mesmo assim, nestes 25 anos do Instituto MIRA-SERRA, podemos dizer que foram mais vitórias do que indeferimentos – o que não significa que os aceitamos. Na-ni-na-não (risos).
Lisiane como conselheira do CONSEMA-RS
Lisiane como conselheira no CONAMA Bere – Especificamente sobre Educação Ambiental, na atuação da ONG MIRA-SERRA, quais ações você pode salientar, ao longo desta caminhada? Lisiane – Particularmente sou adepta da expressão “sensibilização ambiental”. Foram executadas ações diretas com o público, quando os tempos eram outros. Temos arquivo de imagens e algum material publicado no site antigo (acesso possível pelo atual). Contudo, temos como premissa que toda atividade da entidade, direta ou indiretamente, se constitui em sensibilização ambiental. O fazemos em cada manifestação em colegiado, coletivo, audiência pública, nas próprias ações em Instâncias do judiciário, na orientação aos acadêmicos em estágio profissional. No vivenciar o diálogo. O exemplo, a postura, a ética e a aplicação adequada do conhecimento, o caráter, a determinação pelo fazer certo e em prol bem maior, que faz e enseja a mudança no outro. A MIRA-SERRA executa tudo no voluntariado, por doações espontâneas (de tempo e de R$) dos seus associados, por aprovação de projeto em edital público ou via rede de ONGs. Não aceitamos verba de empresas com passivo ambiental e, por conta disto, até perdemos associados que almejavam patrocínio para projetos. É difícil? É limitante? Sim, claro que é... Mas está no nosso DNA. Contudo, dois projetos recentes se destacam nesta linha; o já citado PMMA- PRMA CAÍ e o Núcleo de Educação Ambiental do Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica da MIRA-SERRA, que intenciona atendimento, por agendamento, à grupos de estudantes, de pesquisadores, etc. E uso o verbo no passado, passado recente, pois a pressão oponente foi maior que as nossas forças, já dividida em tantas atividades. Realmente foi uma lástima, dado que estávamos em processo de credenciamento para uma Área de Soltura de Animais Silvestres ( ASAS/ Ibama) e iniciando estudos para a criação de outra RPPN. Aprendemos, duramente, que para o “poder”, o meio ambiente é ótimo ... até ele atrapalhar os negócio$.
No Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica "MIRA-SERRA" (MaB- UNESCO) / Núcleo de Educação Ambiental
Manejo/Resgate de Fauna Silvestre Nativa com realocação Bere – E apesar de já relatares muitos dos problemas enfrentados ao longo da experiência com a ONG, te pergunto quais foram os maiores desafios? Lisiane – Citarei somente um, o maior, cuja capilaridade atinge todos os setores (social, econômico e ambiental): a batalha para conservar a biodiversidade, e seus serviços ecossistêmicos, contra a flexibilização das salvaguardas legais, que tende a ignorar a ciência em favor de um progresso falacioso. Bere – Este me parece ser um desafio contínuo, o que é lamentável! E, além da ONG, você trabalhou como funcionária pública. Como era a sua rotina de trabalho e como você sentia ao trabalhar com questões ambientais dentro do setor público, justamente onde encontramos tantas divergências ao ambientalismo devido a inúmeras razões, principalmente econômicas (lidar com licenciamentos ambientais difíceis, apontar problemas...) Como você lidou com – vamos dizer – as resistências? Lisiane – Pois é... Tenho certo orgulho de ter me aposentado, recentemente, mantendo a mesma postura técnica-legalista que tinha ao ser aprovada no concurso público, 32 anos atrás. Além de lidar diretamente com a fauna silvestre em atendimento às ocorrências e na sua proteção, fui vice-presidente e secretária executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente, era a responsável pelo julgamento de recursos administrativos contra multas ambientais na 1ª. Instância, elaborei projetos, pareceres técnicos e termos de referência, atuei no licenciamento ambiental, tive estagiários acadêmicos, fui perita em casos de crimes contra a fauna, tive ótimas parcerias, fiz muitas amizades e, mesmo longe daquele município, ainda sou referência para muitos munícipes de uma rede informal de proteção à fauna nativa. Foram estas oportunidades de crescimento, e de poder fazer a diferença, que me sustentaram nas adversidades – que não foram poucas e nem brandas, pois não sei ser omissa ou alienada. Sobrevivi, física e psicologicamente, a um espancamento sob encomenda, com direito a um revólver na minha cabeça, durante o expediente. Entretanto, nada fez com que eu deixasse de alertar, de tentar reverter, e de colaborar com a excelência que deveria ser todo e qualquer serviço público. Só aprimorei a tática (risos). Aguardem o manuscrito (risos).
“Grande dia: instalação de duas passagens de fauna aéreas que projetei.” Lisiane Becker Bere – E já quase finalizando a nossa entrevista, conte-nos como a ONG MIRA-SERRA pode colaborar com professores, educadores em geral, de diferentes instâncias, estudiosos, pesquisadores para, especificamente, aprimorarem práticas de Educação Ambiental? Lisiane – Prestes a completar 25 anos de existência, em 20/10 (somos librianos então! rsrsr), nos percebemos como uma entidade de voluntariado muito atuante, mas com grandes desafios internos também. Por isso, o praticar da resiliência, a inconformidade com a agressão à natureza, o recobrar as forças após um revés, o respeitar, mas principalmente, a nossa paixão pela Mata Atlântica, talvez seja a contribuição do Instituto MIRA-SERRA na Educação/sensibilização Ambiental. É este “combo” que permeia nossas atividades, sejam em palestras, capacitações, debates, estudos a campo, defesa do ambiente, em entrevistas na mídia ou, até mesmo, em um simples bate-papo. Bere – Proteção, conservação, recuperação, o que você pode nos dizer sobre estes três conceitos... Lisiane – Uma só palavra: sobrevivência!
Trabalho na Mata Atlântica Bere – E agora, para finalizar, por gentileza, gostaria que tu deixasses uma mensagem de ânimo para todos e todas que acessam a revista. Pode ser uma frase, um pensamento, uma música, algo que, assim como é a tua trajetória, nos inspire e nos fortaleça... Lisiane – “É o crescimento que gera felicidade, não uma longa lista de conquistas aleatórias.” (Mark Manson)
“Este é outro projeto (inacabado, lamentavelmente), mas que manteve protegido o açude com jacarés e ninhal misto de aves pernaltas, que em 2024 incluiu 180 indivíduos de Colhereiros no período reprodutivo”. Lisiane Becker Bere – Para quem quiser saber mais sobre você, sobre a ONG, deixa-nos teus contatos, por favor? Lisiane – WhatsApp: (51) 99267-4201, @ongmiraserra, Facebook.com/ONGMiraSerra, www.miraserra.org.br Bere – Lisiane, muito obrigada por esta tão valiosa entrevista que em vários momentos me emocionou e certamente vai mexer com muitos corações Brasil afora. Desejamos muito sucesso a ti, a ONG MIRA-SERRA e a todos/as que fazem parte dela. Parabéns! A revista estará sempre à sua disposição! Imagens do arquivo pessoal da entrevistada
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