Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Podcast(1)
Dicas e Curiosidades(5)
Reflexão(6)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(11)
Entrevistas(2)
Divulgação de Eventos(1)
Sugestões bibliográficas(3)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(2)
Soluções e Inovações(3)
Educação e temas emergentes(6)
Ações e projetos inspiradores(24)
Cidadania Ambiental(1)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Notícias(26)
Relatos de Experiências(1)
Dúvidas(1)
| Números
|
Práticas de Educação Ambiental
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ÁREAS PROTEGIDAS: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
Valdir Lamim-Guedes Biólogo e Mestre em Ecologia pela Universidade Federal de Ouro Preto. Professor no Instituto Educadores sem Fronteiras E-mail: dirguedes@yahooo.com.br Blog Na Raiz: http://naraiz.wordpress.com/
1944 - 1988).
Resumo: Existe uma estreita relação entre alfabetização ecológica, Educação Ambiental e visitas a áreas verdes. Desta forma, neste texto são apresentados alguns conceitos biológicos e outros referentes às unidades de conservação, buscando permitir uma reflexão sobre como as ações de Educação Ambiental podem ir além de um simples passear num parque, permitindo que sejam discutidas questões pertinentes à sustentabilidade.
Palavras-chave: Conservação da natureza; áreas verdes; trilhas interpretativas.
Introdução A educação ambiental (EA), tendo por base a alfabetização ecológica, conforme apresentada por Fritjof Capra (1996) como a assimilação de princípios ecológicos para o entendimento dos problemas ambientais e suas soluções, é uma das principais ferramentas para a sustentabilidade planetária, sendo um primeiro passo para um posicionamento mais crítico [Para uma discussão sobre as diferentes abordagens da educação ambiental, ver Sauvé (2005)]. As áreas com vegetação nativa ou regenerada –muitas delas transformadas em Unidade de Conservação - são muito importantes para a proteção da biodiversidade e manutenção dos chamados serviços ecossistêmicos. Existe uma estreita relação entre alfabetização ecológica, EA e visitas a áreas verdes. Desta forma, neste texto são apresentados, ao longo do texto e no vocabulário, alguns conceitos biológicos e outros, referentes às unidades de conservação, buscando permitir uma reflexão sobre como as ações de EA podem ir além de um simples passear num parque, permitindo que sejam discutidas questões pertinentes à sustentabilidade.
Diversidade biológica Diversidade biológica ou biodiversidade¹ é definida como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e dulcícolas, assim como os complexos ecológicos de que fazem parte; abrangem ainda a diversidade dentro e entre espécies e, principalmente, dos variados ecossistemas (MMA, 2000, p. 9). Portanto, a diversidade biológica deve ser considerada em três níveis: nível de espécie², que inclui toda a gama de organismos na Terra. Em um nível mais preciso, inclui a variação genética³ entre as espécies, tanto entre populações como dentro de uma mesma população. Por último, diversidade biológica também inclui a variação entre as comunidades biológicas4 nas quais as espécies vivem, os ecossistemas5 nos quais as comunidades se encontram e as interações entre esses níveis (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). Todos os níveis de diversidade biológica são necessários para a sobrevivência contínua das espécies e das comunidades naturais - e todos são importantes para a espécie humana. A razão antropocêntrica mais importante para se preservar a diversidade biológica é o papel que os microrganismos, plantas e animais desempenham no fornecimento de serviços livres ao ecossistema – os chamados serviços ecossistêmicos6 -, sem os quais a sociedade, em sua forma atual, não poderia durar (EHRLICH, 1997, p. 27). Assim, para nossa sobrevivência é essencial que todos, dentro de suas possibilidades, busquem mudar seu comportamento e passem a ter iniciativas que tragam maior proteção à biodiversidade e menor impacto ao meio ambiente. A diversidade biológica tem valor em si. As espécies têm seu próprio valor, independentemente de representar um valor material para a sociedade humana. Este valor é conferido pela sua história evolucionária, funções ecológicas únicas e por sua própria existência (PRIMACK e RODRIGUES, 2001).
Conservação da biodiversidade A conservação7 das comunidades biológicas intactas é o modo mais eficaz de preservação de diversidade biológica como um todo, o que pode ser feito através do estabelecimento de áreas protegidas, implementação de medidas de conservação fora das áreas protegidas e restauração das comunidades biológicas em habitats degradados (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). Ainda podem ser utilizadas iniciativas realizadas fora da natureza (ex-situ8), como a manutenção de indivíduos em zoológicos e criadores, com posterior reintrodução. Entretanto, como para poucas espécies é dominada a técnica de criação em cativeiro, o sucesso deste tipo de iniciativas é restrito a um pequeno número de espécies. As áreas protegidas – chamadas também de Unidades de Conservação9 -, definidas pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) como uma superfície de terra ou mar especialmente consagrada à proteção e preservação da diversidade biológica, assim como dos recursos naturais e culturais associados, e gerenciada através de meios legais ou outros meios eficazes, são a base dos esforços da comunidade global para conservar a diversidade biológica.
Combate à pobreza A principal meta da maioria das áreas protegidas não é reduzir a pobreza, mas conservar a diversidade biológica e fornecer serviços ecossistêmicos. Entretanto, o exame das relações entre a criação e gestão de áreas protegidas e a pobreza em países em desenvolvimento tornou-se uma necessidade prática e ética. Prática porque, para sobreviverem, as áreas protegidas nas nações mais pobres devem ser vistas como uma opção de uso da terra que contribua positivamente para o desenvolvimento sustentável, permitindo formas de uso da terra menos impactantes, com geração de renda e alimentos. Ética porque, buscando proporcionar uma maior justiça social, deve-se incorporar os direitos e aspirações humanas às estratégias de conservação nacionais e globais (SCHERL et al., 2006). Neste sentido, as áreas protegidas não devem ser vistas como áreas manejáveis para atender a estas necessidades. O manejo de recursos naturais10, do qual tantas comunidades rurais dependem, é um aspecto vital no fortalecimento da resistência das populações pobres, sendo, portanto, um mecanismo de combate à pobreza. As áreas protegidas podem fornecer uma extensa série de bens e serviços ecossistêmicos para as populações que vivem nela e no seu entorno, bem como para a sociedade como um todo. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio classifica esses serviços em quatro categorias (MEA 2005). A primeira categoria, serviços de provisão, inclui os serviços que fornecem produtos naturais com valor de uso direto para as comunidades rurais, como alimentos, água potável, madeira e plantas medicinais. As outras três categorias de serviços de ecossistema incluem: serviços reguladores (benefícios provenientes de serviços de ecossistema, tais como regulação climática, proteção de bacias, proteção da costa, purificação da água, sequestro de carbono e polinização), serviços culturais (valores religiosos, turismo, educação e herança cultural) e serviços de suporte (formação de solos, ciclo de nutrientes e produção primária) (SCHERL et al., 2006). Deve-se destacar que populações humanas podem viver agredindo pouco o meio ambiente. Este é o caso de diversos grupos indígenas e de populações tradicionais, assim como vários pequenos produtores familiares, sobretudo aqueles adeptos da produção orgânica e agroecológica.
Serviços ecossistêmicos e educação ambiental A abordagem dos serviços ecossistêmicos em ações de educação ambiental é uma resposta à crescente individualidade nas sociedades modernas. Argumentos relacionados à manutenção da vida, combate à pobreza e respeito ao ambiente a cada dia tem um poder de convencimento menor. Tratar dos serviços ecossistêmicos revela-se uma alternativa para suscitar o comprometimento das pessoas com a conservação do meio ambiente (LAMIM-GUEDES, 2013). Para se entender os serviços ecossistêmicos, é necessária uma compreensão mais ampla de vários processos ecológicos ou ciclos biogeoquímicos. Falar destes em sala de aula possibilita que sejam trabalhados muitos conteúdos de forma contextualizada, contribuindo para a aprendizagem dos alunos. No entanto, ao visitar áreas verdes, estas permitem excelentes situações para tratar o tema. A abordagem dos serviços ecossistêmicos em ações educativas faz com que programas focados na conservação de áreas protegidas e/ou fragmentos florestais sejam mais eficientes ao terem maior entrosamento dos atores envolvidos, garantindo a efetividade das suas ações. Independente disto, também há valorização da vegetação nativa ou das florestas urbanas, responsáveis por vários serviços ecossistêmicos, como a manutenção do ar mais úmido e temperatura mais amena e estável. É necessário mostrar as consequências da perda de serviços ambientais, apresentando soluções que contribuam para a manutenção destes serviços. Também é preciso demonstrar que a perda de habitats, interações ecológicas e de espécies gera prejuízos maiores do que os lucros provenientes da exploração de recursos naturais e produção agrícola. Em suma, demonstrar que estamos colocando em risco a sobrevivência da nossa espécie, não da vida na terra. A vida no planeta continuará mesmo sem nós. Ações Educativas em Áreas verdes As áreas verdes são territórios com vegetação natural, regenerada ou plantada (como um parque urbano arborizado) dentro e fora das cidades. Nesta categoria estão inclusos, dentre outros, parques ecológicos e parques urbanos. Ações realizadas geralmente dentro da escola, por exemplo, em hortas ou jardins podem ser realizadas durante visitas a áreas verdes fora da escola [Veja: Nakamura; Berbardi e Lamim-Guedes (2012); Lamim-Guedes (2012a); Lamim-Guedes (2012b)]. Assim como, uma grande diversidade de temas pode ser tratada em áreas verdes, por exemplo, biodiversidade, ciclos biogeoquímicos (ciclo da água, do carbono do nitrogênio, entre outros) e botânica. As áreas verdes apresentam grande potencial como ferramentas pedagógicas. No entanto, para que realmente contribuam para a aprendizagem dos alunos ou participantes de atividades educativas, deve-se haver planejamento, que deve incluir um roteiro pré-definido da visitação, informações relevantes para serem tratadas durante a visita e atividades pós-visita (NAKAMURA; BERNARDI e LAMIM-GUEDES, 2012). A seguir, é apresentada a iniciativa desenvolvida no Parque Estadual do Itacolomi (PEIT), com ações pré-visita e durante a visita ao parque. O PEIT é localizado nos municípios de Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, e diversos projetos têm sido desenvolvidos para a recepção de escolas, sendo um deles voltado para as escolas do entorno desta unidade de conservação. Na véspera da visita, um funcionário do parque vai até a escola e realiza uma palestra sobre o PEIT. Como o público-alvo deste projeto são crianças com 6 anos, na palestra é utilizada a figura do Curupira, figura folclórica que protege as matas. No dia da visita, as crianças fazem trilhas e brincam e jogam em parte monitorados, ao final trazendo mensagens sobre a proteção da natureza. Os professores são orientados a discutirem com os alunos a visita em ações após a ida ao parque. Com isto fecha-se um ciclo com ações pré-visita visita e pós-visita. (V. Lamim-Guedes, Obser. Pessoal). Pode-se, entre outras atividades, contextualizar a visita nas práticas cotidianas da escola, assim como encontrar ligações com a vida dos alunos. Segundo Nishime (2008), as ações desenvolvidas no PEIT, envolvem o
lazer, como prática educativa, associada a EA, [que] contribui para a formação do cidadão e desenvolvimento pessoal e social e que seu reconhecimento como um equipamento de lazer público é um caminho para a reaproximação da comunidade com o mesmo, afirmando assim a relevância que o Itacolomi possui na história do lugar e o papel importante da comunidade para a sua preservação.
Alunos portadores de deficiência atendidos pela APAE de Ouro Preto receberam um tratamento especial quando visitaram o PEIT, durante a realização do projeto “Guardiões da Floresta”, entre 2004 e 2005. O trabalho teve como desafio instigar, diante das limitações físicas e mentais dos participantes, a compreensão mínima de cidadania, respeito e preservação do meio ambiente (TOFFOLO, TEIXEIRA e GONTIJO, 2007). Desta forma, esta Unidade de Conservação pôde atender vários públicos, indo além da proteção ao meio ambiente, permitindo ações educativas, de lazer e de inserção social.
Considerações finais As ações em áreas verdes permitem momentos de diversificação de atividades educativas. Tais atividades possibilitam que temas relacionados à biodiversidade, conservação da natureza e serviços ecossistêmicos sejam abordados de forma contextualizada. É importante, entretanto, que estas ações sejam críticas, ou seja, que a visita não seja apenas um passeio para brincadeiras, mas que existam momentos de reflexão, favorecendo um posicionamento crítico dos alunos.
Vocabulário 1- Diversidade biológica ou biodiversidade – há várias definições, além da apresentada no texto da Convenção sobre Diversidade Biológica, podemos definir como “Variação entre organismos e sistemas ecológicos em todos os níveis, incluindo a variação genética, morfológica e funcional, a unicidade taxonômica e o endemismo, assim como também a variação na estrutura e função do ecossistema” (RICKLEFS, 2010). Segundo o Dicionário on-line Priberam, Biodiversidade (bio- + diversidade), substantivo feminino, [Ecologia] é o “Conjunto formado por todas as espécies de seres vivos existentes, notadamente em determinada região, pelas suas comunidades, pelos seus ecossistemas e pela sua diversidade genética”. Segundo o Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente (IBGE, 2004) é: “Total de genes, espécies e ecossistemas de uma região. A biodiversidade genética refere-se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população. A diversidade de espécies refere-se à variedade de espécies existentes dentro de uma região. A diversidade de ecossistemas refere-se à variedade de ecossistemas de uma dada região. A diversidade cultural humana também pode ser considerada parte da biodiversidade, pois alguns atributos das culturas humanas representam soluções aos problemas de sobrevivência em determinados ambientes. A diversidade cultural manifesta-se pela diversidade de linguagem, crenças religiosas, práticas de manejo da terra, arte, música, estrutura social e seleção de cultivos agrícolas, dentre outros”.
2 - Espécie (Biologia) (IBGE, 2004): “Unidade básica de classificação dos seres vivos. Designa populações de seres com características genéticas comuns, que em condições naturais reproduzem-se gerando descendentes férteis e viáveis. Embora possa haver grande variação morfológica entre os indivíduos de uma mesma espécie, em geral, as características externas de uma espécie são razoavelmente constantes, permitindo que as espécies possam ser reconhecidas e diferenciadas uma das outras por sua morfologia. Espécie ameaçada Espécie animal ou vegetal que se encontra em perigo de extinção, sendo sua sobrevivência incerta, caso os fatores que causam essa ameaça continuem atuando. Espécie chave Organismo que mostra uma forte influência no caráter ou estrutura de um ecossistema. Pode ser dividido em 3 categorias: predadores, parasitóides, herbívoros e patógenos, que contribuem na manutenção da biodiversidade ao reduzirem a abundância de competidores dominantes; mutualistas, sem os quais as espécies associadas correm o risco de extinção; e espécies que provem recursos que são essenciais a manutenção das espécies dependentes. Espécie endêmica Espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica. Espécie exótica (Biologia) Espécie presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária. Espécie extinta Espécie animal ou vegetal de cuja existência não se tem mais conhecimento por um período superior a 50 anos.
3 - Variação genética - Diversidade de genes em uma população (neste caso, sinônimo de diversidade genética). Segundo Ormond (2006): “quantidade da variação genética existente para uma determinada espécie”. Veja mais em http://www.ib.usp.br/sti/evosite/evo101/IIICGeneticvariation.shtml
4- Comunidades Biológicas – Associação local de populações que interagem normalmente, definida pela natureza de sua interação ou pelo lugar onde vivem (RICKLEFS, 2010).
5 - Ecossistemas – conjunto de organismos incluindo seus ambientes físicos e químicos (RICKLEFS, 2010). Ecossistema – (1) – é o conjunto de comunidades associadas a um ambiente físico aberto. (2) ambiente em que há troca de energia entre o meio e seus habitantes (ORMOND, 2006).
6 - Serviços Ecossistêmicos - Os serviços dos ecossistemas são entendidos como condições e processos através dos quais os ecossistemas naturais e as espécies que os compõem sustentam a vida humana (DAILY, 1997). Eles mantêm a biodiversidade e a produção de produtos como madeira, fibras, alimentos e fármacos (DAILY, 1997), uma vez que o bem-estar de todas as populações humanas do mundo depende diretamente dos serviços fornecidos pelos ecossistemas (TEEB, 2010). [trecho retirado de Lamim-Guedes (2013)]. Conceitualmente existe a distinção entre serviços ambientais e serviços ecossistêmicos. Sendo os serviços ambientais Conceito associado a tentativa de valoração dos benefícios ambientais que a manutenção de áreas naturais pouco alteradas pela ação humana traz para o conjunto da sociedade.
7- [Conservação da biodiversidade] Conservação da natureza – é o manejo da natureza efetuado pelo homem, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral (ORMOND, 2006).
8 - Conservação ex situ – ação de conservar a variedade genética das espécies fora de suas comunidades naturais. Normalmente as espécies mantidas nestas condições estão menos sujeitas à ação de forças seletivas, porém registram desvantagem sob o ponto de vista de adaptação se forem reintroduzidas no seu hábitat natural. Algumas vezes este procedimento é adotado para salvar espécies de animais e vegetais, ameaçados de extinção ou visando ao aumento de sua população (ORMOND, 2006). Conservação in situ – conservação de ecossistemas e hábitat naturais e a manutenção e recuperação de populações em seu meio natural (ORMOND, 2006).
9 - Unidade de Conservação - Espaço territorial e seus componentes, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público, com objetivos de preservação e/ou conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. As unidades de conservação podem ser de uso indireto quando não envolvem consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais, e de uso direto quando envolvem o uso comercial ou não dos recursos naturais (IBGE, 2004).
10 - Manejo Interferência planejada e criteriosa do homem no sistema natural, para produzir um benefício ou alcançar um objetivo, favorecendo o funcionalismo essencial desse sistema natural. É baseado em método científico, apoiado em pesquisa e em conhecimentos sólidos, com base nas seguintes etapas: observação, hipótese, teste da hipótese e execução do plano experimental (IBGE, 2004). Manejo Florestal Ramo da ciência florestal que trata da prévia aplicação de sistemas silviculturais que propiciem condições de uma exploração anual ou periódica dos povoamentos, sem afetar-lhes o caráter de patrimônio florestal permanente (IBGE, 2004).
Bibliografia CAPRA, F. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix/Amana Key, 1996. DAILY, G. C. Nature’s services: Societal Dependence on Natural Ecosystems. Washington: Island Press, 1997. EHRLICH, P. R. A perda da diversidade – causas e consequências. In: WILSON, E. O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. 332 p. LAMIM-GUEDES, V. Biodiversidade dentro da escola. Educação Ambiental em Ação, 39, 2012. Disponível em <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1177&class=41>. Acesso em março de 2014. LAMIM-GUEDES, V. Conhecendo o entorno da escola em diferentes contextos: Mariana, Minas Gerais-Brasil e Díli, Timor-Leste. Educação Ambiental em Ação, 40, 2012. Disponível em <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1247&class=41>. Acesso em março de 2014. LAMIM-GUEDES, V. 20 anos da Rio92: conservação da biodiversidade e os serviços de polinização. Bioikos, Campinas, 27, 2013. 13-23. Disponível em <http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/bioikos/article/view/2169>. Acesso em março de 2014. LAMIM-GUEDES, V. Environmental Services in Environmental Education. Global Education Magazine, 5, 2013. 60-63. Disponível em <http://www.globaleducationmagazine.com/ambiental-environmental-services-environmental-education/>. Acesso em março de 2014. MEA (MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT). Ecosystems and human well-being: synthesis. Washington: Island Press, 2005. MMA (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB. Cópia do Decreto Legislativo no. 2, de 3 de fevereiro de 1994. Brasília – DF: MMA, 2000. NAKAMURA, H. K.; BERNARDI, N. S.; LAMIM-GUEDES, V. O Trabalho de campo em jardins escolares. Educação Ambiental em Ação, 42, 2012. Disponível em <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1391&class=41>. Acesso em março de 2014. NISHIME, J. Y. Lazer e Educação Ambiental no Parque Estadual do Itacolomi: em busca de qualidade de vida. História Ambiental & Turismo, 4(1), 2008. ORMOND, J. G. P. Glossário de termos usados em atividades agropecuárias, florestais e ciências ambientais. Rio de Janeiro: BNDES, 2006. PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: E. Rodrigues, 2001. 328 p. RICKLEFS, R. E. A Economia da Natureza. 6. ed. EGK, 2010. SAUVÉ, L. Uma cartografia das Correntes em educação ambiental. In: SATO, M.; CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 17-45. SCHERL, L. M. et al. As áreas protegidas podem contribuir para a redução da pobreza? Oportunidades e limitações. Gland, Suíça e Cambridge, Reino Unido: IUCN (União Mundial para a Natureza), 2006. 60 p. TEEB (THE ECONOMICS OF ECOSYSTEMS AND BIODIVERSITY). TEEB for local and regional policy makers. Malta: Progress Press, 2010. TOFFOLO, T. R.; TEIXEIRA, R. D. A.; GONTIJO, B. M. Inclusão Social e Educação Ambiental: O Projeto Guardiões da Floresta no Parque Estadual do Itacolomi - Ouro Preto, MG. Anais do 2 Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação / Congresso Nacional de Ecoturismo. Itatiaia - RJ. 2007.
|