Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Podcast(1)
Dicas e Curiosidades(5)
Reflexão(6)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(11)
Dúvidas(1)
Entrevistas(2)
Divulgação de Eventos(1)
Sugestões bibliográficas(3)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(2)
Soluções e Inovações(3)
Educação e temas emergentes(6)
Ações e projetos inspiradores(24)
Cidadania Ambiental(1)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Relatos de Experiências(1)
Notícias(26)
| Números
|
Plantas medicinais
JATOBÁ (Hymenaea courbaril L. – LEGUMINOSAE, CAESALPINIOIDEAE): USO MEDICINAL, CULTIVO E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESPÉCIE
José Martins Fernandes Licenciado em Biologia – UNEMAT/AF; Especialista em Plantas Medicinais – UFLA/MG; Mestrando em Botânica – UFV/MG; e-mail: fernanbio@bol.com.br
RESUMO: O jatobá (Hymenaea courbaril L.) é uma Leguminosae- Caesalpinioideae, distribuída por quase todo o Brasil. Sua casca e resina são amplamente utilizadas na medicina popular, seus frutos são fonte de alimento para pessoas e animais, além de ser indicado para recuperação de áreas degradadas. O trabalho de revisão teve como objetivo abordar o potencial medicinal do jatobá; formas de utilização e propagação; colheita, secagem e armazenamento; principais constituintes químicos; informações agronômicas a respeito da propagação; sua importância econômica; e as características etnobotânicas para a espécie em estudo. Os dados encontrados demonstram que o jatobá é utilizado na medicina tradicional, sendo indicado para vários problemas de saúde, principalmente os respiratórios. Sua madeira é empregada em atividades do campo (mourão, estaca de cerca, tabua) e na indústria moveleira. É uma espécie de grande importância econômica que deve ser utilizada e/ou manejada de forma sustentável. Palavras-chave: Jatobá – Hymenaea courbaril L., plantas medicinais, conservação.
1. INTRODUÇÃO
O gênero Hymenaea possui 14 espécies, 13 das quais se encontram distribuídas pela América Central, América do Sul, oeste das Índias e uma espécie de ocorrência no leste da África (Lee e Langenheim, 1975). No Brasil, a Hymenaea courbaril possui uma distribuição ampla, ocorrendo desde a floresta amazônica até a floresta estacional semidecidual no sudeste do país, sob a forma de diversas variedades, sendo H. courbaril var. altissima, H. courbaril var. courbaril., H. courbaril var. longifolia, H. courbaril var. stilbocarpa, H. courbaril var. subsessilis, H. courbaril var. villosa (Lee e Langenheim, 1975; Castellen, 2005), as mais comuns. A espécie está distribuída desde o México, passando pela América Central, chegando até a América do Sul e de forma abundante na Amazônia brasileira, com distribuição até São Paulo. Aparece nas matas de terra firme, sobre solos argilosos e em certas várzeas altas, sendo rara no campo e nas capoeiras (Lee e Langenheim, 1975; Campos e Uchida, 2002). O jatobá (H. courbaril L.) é popularmente conhecido como burandã, farinheira, jataí, jutaí, jataíba, jataiba-peba, jataíba-uva, jataúba, juteí, jataí-amarelo, jataí-vermelho, jatal, jati, jassaí, jatobá de anta, jatobá de porco, jatabá trapuca, jetaí, jetaíba, jupiti, jutaí-açu, árvore-copal-do-Brasil, abotii-timbaí e jataici (Lorenzi, 2000; Pinto et al., 2000; Lorenzi e Matos, 2002). É considerada uma árvore de grande porte, podendo ultrapassar os 30m de altura, possuindo folhas compostas, inflorescência em panículas terminais e frutos em forma de vagens indeiscentes, duros e pardo-escuros, apresentando de 2 a 6 sementes, envoltas por uma farinha comestível de grande valor nutritivo, consumida pelo homem como alimento e por animais, principalmente roedores (Prance e Silva, 1975; Carvalho Filho et al., 2003; Gorchov et al., 2004). A espécie (H. courbaril) possui um amplo histórico de utilização pelos indígenas da floresta tropical. Segundo Guarim Neto (1997), é uma planta medicinal, tradicionalmente utilizada na Amazônia brasileira. Sua resina é conhecida como “jutaicica” pelos índios ou “copal da América”, possuindo tanto utilização medicinal, como sendo utilizada também como incenso em rituais (Castellen, 2005). Além do uso medicinal, esta planta, por ser de uso múltiplo, é empregada como fonte de alimento, madeira, sombra, adubo e lenha. Na medicina tradicional é utilizada da mesma forma como no passado (Lorenzi e Matos, 2002), que, e, segundo Chau Ming et al. (2002), espécies amplamente conhecidas e utilizadas são conservadas espontaneamente por comunidades, não por sugestões ou imposição, mas pela percepção de sua importância para a população local. Segundo Alvino et al. (2005), espécies florestais de valor econômico como o jatobá (H. courbaril) possuem poucos indivíduos na floresta, desta forma, a retirada para extração de madeira, de uma determinada área, sem que tenha a possibilidade de completar o seu ciclo reprodutivo, leva ao desaparecimento dessa espécie na região. Portanto, em caso de corte, esses indivíduos devem ser preservados da exploração, para servir como árvores matrizes, mantendo assim a diversidade, riqueza e perpetuação da espécie na área. Este trabalho de revisão teve como objetivo reunir informações a respeito do jatobá (H. courbaril L.), em trabalhos científicos da área fitoterápica, agronômica e etnobotânica, buscando responder às seguintes perguntas: Qual o potencial medicinal da espécie em discussão? Como coletar, secar e armazenar para fins medicinais? Quais são os principais constituintes químicos da espécie? De que formas são obtidas as sementes e quais as técnicas disponíveis de germinação e plantio? Qual a importância econômica, de uso e ecológica da espécie?
2. CARACTERIZAÇÃO BOTÂNICA
Árvore de aproximadamente 30m de altura, casca áspera, acinzentada, copa ampla; folhas compostas, alternas, pecioladas, bifoliada, coriáceas, falciformes ou ovais, glabras, 3-12cm de comprimento e 1,5-7cm de largura; inflorescência em panículas terminais; flores esbranquiçadas; fruto tipo legume nucoide, oblongo ou cilíndrico, indeiscente, pericarpo glabro, rugoso, duro, opaco ou pouco lustrado, castanho-avermelhado a enegrecido; sementes de 2-8cm, lisas, obovada a elipsóide, escuras, recobertas por uma camada amarelo-clara, farinácea, adocicada.
3. UTILIZAÇÃO MEDICINAL E FORMAS DE PREPARO
Segundo Martins (1989), na Amazônia, os nativos costumam retirar a seiva dessa grande árvore e bebê-la para tratamento das afecções pulmonares, devendo, entretanto, fazê-lo em pequenas doses, pois como é adstringente, causa obstipação intestinal; acrescenta ainda que da casca do caule, pode ser feito chá pelo método de decocção para lavar ferimentos e para irrigações vaginais. Segundo Leonardi (2002), o chá da casca é bom medicamento para a próstata, podendo ser ingerido várias vezes ao dia, e a resina pode ser aplicada em forma de emplastro sobre as partes doloridas do corpo. Segundo Panizza (1997), para problemas como tosse, bronquite, catarro, asma e fraqueza pulmonar, é utilizada 1 colher de sopa da casca do ramo picada em uma xícara (café) de água em fervura. Após, é fervido durante 5 minutos, posteriormente coado, acrescentando-se 1 xícara (café) de açúcar cristal e 1 colher (sopa) de mel de abelha. Ingere-se 1 colher (sopa), de 1 a 3 vezes ao dia. Para crianças, a dosagem é somente a metade. Este preparado deve ser guardado em geladeira ou consumido em até 3 dias. De acordo com Bontempo (2000), a casca em cozimento é aconselhada para combater hemoptises, hematúria (emissão de urina com sangue), diarréia, disenteria, cólicas ventosas, e acrescenta que o vinho de jatobá retirado do caule é um poderoso fortificante. Expõe Panizza (1997), que no tratamento de diarréia, disenteria, cólica intestinal, utiliza-se 1 colher (sopa) de casca do ramo picado em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixar ferver durante 5 minutos, e, posteriormente, coar. Pode ser ingerida 1 xícara de chá de 1 a 3 vezes ao dia. Segundo Veiga Júnior (2005), em doses elevadas, o jatobá (H. courbail), é utilizado como expectorante e fortificante, pode desencadear reações alérgicas. 4. COLHEITA, SECAGEM E ARMAZENAMENTO
Os espécimes de jatobá utilizados para a extração de casca e resina para fins medicinais devem ser aqueles bem conservados, ausentes de lixos nas proximidades, produtos tóxicos, esgotos ou qualquer fator que venha prejudicar o sistema fisiológico da planta. A coleta da casca é feita com cortes longitudinais no caule, usando faca, facão ou foice, sem comprometer seu sistema condutor; seca à sombra com ventilação e armazenada em vidros, pacotes de papel ou plásticos. Quanto à resina, sua coleta deverá ser feita na parte da manhã.
5. PRINCIPAIS CONSTITUINTES QUÍMICOS
O jatobá é composto por óleos essenciais, taninos, substâncias amargas, matérias resinosas e pécticas, amido e açúcares (Panizza, 1997; Pinto et al., 2000). As folhas e a casca possuem compostos terpênicos e fenólicos agindo como anti-microbianos, anti-fúngicos, anti-bacterianos, moluscicidas, comprovados em vários estudos, o que valida sua longa história de uso contra vários males (Stubblebine e Langenheim, 1980; Lorenzi e Matos, 2002). Os óleos essenciais são misturas complexas que podem conter 100 ou mais compostos orgânicos; seus constituintes podem pertencer às mais diversas classes de compostos, porém os terpenos e os fenilpropenos são as classes de compostos mais comumente encontradas; e os terpenos encontrados com maior freqüência nos óleos essenciais são os monoterpenos e sesquiterpenos, bem como os diterpenos, constituintes minoritários dos óleos essenciais (Castro et al., 2004). Acrescentam Bertolucci et al. (2001) que os óleos essenciais apresentam atividade farmacológica muito diversa, às vezes, polivalente, devendo referir-se a cada um deles de maneira individual e às vezes, a cada componente, de maneira isolada. Segundo Martins et al. (1998), os fenóis estão entre os mais importantes constituintes vegetais que dão origem a outros produtos como os taninos, que são substâncias químicas complexas, polifenólicas, ligadas a outros compostos aromáticos, que estão distribuídos em todas as partes da planta para protegê-la contra herbívoros, inibir a germinação de sementes e a ação de bactérias fixadoras de nitrogênio; os taninos contribuem para formar uma camada protetora sobre a pele e as mucosas, atuando em infecções no olho, cérvix, reto, na vagina e boca; provocam a contração de vasos capilares, colaborando nos casos de hemorragias. O ácido salicílico, encontrado em diversas plantas e de ação antisséptica, analgésica e antiinflamatória, é utilizado na medicina alopática, sob a forma de ácido acetil salicílico.
6. OBTENÇÃO DE SEMENTES, GERMINAÇÃO E PLANTIO
A colheita dos frutos é feita diretamente da árvore, quando inicia sua queda espontânea ou recolhidos no chão após a queda, em torno de setembro. Em ambos os casos, deve-se levá-los ao terreiro para secagem, quebrando-os em seguida para a liberação das sementes; estas encontram-se envolvidas pelo material farináceo existente dentro do fruto, que deve ser removido superficialmente (Lorenzi, 2000). Segundo Souza et al. (1996), a semente do jatobá pode ser armazenada por até 12 meses, permanecendo viável para o plantio. A formação do sistema radicular e da parte aérea das plantas está associada à boa capacidade de aeração, drenagem, retenção de água e disponibilidade balanceada dos substratos utilizados na germinação. Carvalho Filho et al. (2003) demonstraram em experimento que o melhor substrato para a germinação das sementes de jatobá foi aquele composto por solo, areia e esterco de boi na proporção de 1:2:1, utilizando sacos de polietileno de 15X20cm, semeados em pleno sol. Lorenzi (2000) afirma que apesar de as sementes serem duras, germinam rapidamente entre 12 a 18 dias. Para isso devem ser semeadas em canteiros contendo substrato argiloso e cobertas com mais ou menos 1 cm de terra. Como se trata de sementes grandes, podem ser semeadas diretamente em recipientes individuais, como saco de polietileno ou formas alternativas. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para serem plantadas no campo em menos de 6 meses. Souza et al. (1996) acrescentam que as árvores podem alcançar a altura de 8 metros em cinco anos.
7. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESPÉCIE
7.1. Importância econômica
Segundo Rizzini (1971), as espécies pertencentes a este gênero fornecem boa madeira, frutos comestíveis e cascas taníferas. Muitas espécies do gênero Hymenaea (H. courbaril) produzem resinas úteis para a fabricação de vernizes. A resina é extraída por meio do processo de “sangria” do tronco ou por escavação do solo onde se acumulam certas quantidades provenientes da árvore. A resina produzida pelo gênero pode converter-se em âmbar, após uma série de processos químicos sofridos ao longo dos anos. A sua madeira (H. courbaril) é usada em obras hidráulicas, carroçarias, postes, tonéis, dormentes, construções variadas, móveis, laminados, esteios, tacos, entre outras formas (Loureiro et al. apud Campos e Uchida, 2002). Sua madeira também é utilizada como mourão e estaca de cerca, principalmente em locais em que se encontra a espécie com abundância. Lisboa et al. (1991) e Alvino et al. (2005) comentam que o jatobá é uma das madeiras amazônicas mais importantes, utilizadas para fazer pontes, esteio de casa, estaca de cerca, mourão, postes; e na construção civil como vigas, caibros, ripas, tábuas e forros. Segundo Medina (2004), no passado, compradores negociavam com marreteiros da Amazônia a compra de resina da árvore de jatobá, conhecida também como jutaicica (H. coubaril) e, até hoje, é possível vender estes produtos com relativa facilidade, porém, como no passado, quando as vendas acontecem, a quantidade negociada dos produtos é pequena. A madeira, por outro lado, tinha a vantagem de ter um valor de troca considerado alto e uma demanda constante de um comércio dificilmente saturável.
7.2. Etnobotânica
Os conceitos disponíveis de etnobotânica, como o estudo das sociedades humanas, passadas e presentes e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas facilitam a determinação de práticas apropriadas ao manejo da vegetação com finalidade utilitária, pois empregam os conhecimentos de populações tradicionais obtidos para solucionar problemas comunitários ou para fins de conservação(Fonseca-Kruel e Peixoto, 2004). Também podem subsidiar trabalhos sobre o uso sustentável da biodiversidade através da valorização e do aproveitamento do conhecimento empírico das sociedades humanas, a partir da definição dos sistemas de manejo, incentivando a geração de conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para o uso sustentável dos recursos naturais (Fonseca-Kruel e Peixoto, 2004). Segundo Medeiros et al. (2004), as plantas são a identidade de um conjunto de pessoas, refletem o que são, o que pensam e suas relações com a natureza que as cerca; esta sábia natureza lhes oferece alimentação, remédios, sustento rentável e desfrute da alma. Desta forma, o estudo etnobotânico é o primeiro passo para um trabalho multidisciplinar envolvendo botânicos, engenheiros florestais, engenheiros agrônomos, antropólogos, médicos, químicos, entre outros, para estabelecer quais são as espécies vegetais promissoras para pesquisas diversas, justificando assim seu uso e sua conservação (Rodrigues e Carvalho, 2001). Segundo Albuquerque (1997), tradicionalmente, os etnobotânicos têm se ocupado em registrar plantas, seus usos e formas terapêuticas (no caso de plantas medicinais) por populações humanas, e esse tipo de pesquisa ofereceu grandes progressos nos estudos básicos e aplicados, fitoquímicos e farmacológicos, uma vez que os etnobotânicos forneceram a matéria-prima aos pesquisadores de áreas afins, e o conjunto de dados necessários para as análises pretendidas. Assim, a espécie em estudo está citada em vários trabalhos de etnobotânica realizados no Brasil. Amorozo e Gély (1988), em pesquisa realizada em duas vilas vizinhas do município de Barcarena, estado do Pará, situadas às margens da baia de Marajó, verificaram que o jatobá (H. courbaril L.) foi uma das espécies medicinais mais citadas no estudo, utilizada no tratamento de gripe e dor no peito, utilizando a casca da árvore na forma de xarope. Albuquerque e Andrade (2002) citam que está sendo utilizado como alimento e medicamento entre a população do município de Alagoinha, estado de Pernambuco. Guarim Neto e Morais (2003) fizeram uma revisão bibliográfica sobre as plantas medicinais do Cerrado de Mato Grosso, tendo sido a espécie H. Courbaril, uma das mais citada em trabalhos etnobotânicos, etnoecológicos, taxonômicos e florísticos. De acordo com Pinto e Maduro (2003), em trabalho realizado com raizeiros da cidade de Boa Vista, estado de Roraima, o jatobá está entre os produtos de origem vegetal mais procurados para fins medicinais, sendo a casca e a resina indicadas como antianêmicos, para próstata e inflamações. Outros trabalhos retratam o uso medicinal do jatobá (H. courbaril ): Amorozo (2002), no município de Santo Antonio do Leverger, Mato Grosso e Alcântara et al. (2005) município de Itaberaba, Bahia.
6. CONCLUSÕES
- Ficou evidente que o jatobá (H. courbaril L.) pode ser empregado no tratamento de vários problemas de saúde, citados tanto por pesquisadores da área médica, como em trabalhos que relatam o saber popular; - Possui vários compostos químicos com funções diferenciadas, cujo uso deverá ser acompanhado por especialistas; - Partindo-se do grande potencial econômico do jatobá, seus recursos madeireiros e não madeireiros poderão ser utilizados de forma sustentável pelas populações, como são apresentados em vários trabalhos de etnobotânica; e - Pesquisa de plantas medicinais deve contemplar a interdisciplinaridade e buscar formas de compensar as comunidades detentoras do conhecimento tradicional dos usos das espécies, bem como a conservação desses recursos genéticos da flora brasileira.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, U. P. de. Etnobotânica: uma aproximação teórica e epistemológica. Revista brasileira de farmácia, Rio de Janeiro, v.78, n.3, 1997, p.60-64.
ALBUQUERQUE, U. P. de & ANDRADE, L. de H. C. Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de Caatinga no Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta botanica brasilica, São Paulo, v.16, n.3, 2002, p.273-285.
ALCÂNTARA, J. P. J.; OSUNA, J. T. A.; QUEIROZ, S. R. O. Q. & RIAS, A. P. Levantamento etnobotânico e etnofarmacológico de plantas medicinais do município de Itaberaba – BA, para cultivo e preservação. Sitientibus, série Ciências Biológicas, Feira de Santana, v.5, n.1, 2005, p.39-44.
ALVINO, P. de O.; SILVA, M. F. F. da & RAYOL, B. P. Potencial de uso das espécies arbóreas de uma floresta secundária, na Zona Bragantina, Pará, Brasil. Acta amazonica, Manaus, v.35, n.4, 2005, p.413 – 420.
AMOROZO, M. C. de M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antonio do Leverger, MT. Acta botanica brasilica, São Paulo, v.16, n.2, 2002, p.189-203.
AMOROZO, M. C. de M. & GÉLY, A. Uso de plantas medicinais por caboclos do baixo Amazonas. Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série botânica, Belém, v.4, n.1, 1988, p.47-131.
BERTOLUCCI, S. K. V.; CAPPELLE, E. R.; PINHEIRO, R. C. Manipulação de fitoterápicos. Lavras, MG: UFLA/FAEPE, 2001. 206p.
BONTEMPO, M. Medicina natural. São Paulo – SP: Nova Cultural, 2000. 584p.
CAMPOS, M. A. A & UCHIDA, T. Influência do sombreamento no crescimento de mudas de três espécies amazônicas. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v.37, n.3, 2002, p.281-288.
CARVALHO FILHO, J. L. S. de; ARRIGONI-BLANK, M. de F.; BLANK, A. F. & RANGEL, M. S. A. Produção de mudas de jatobá (Hymenaea courbaril L.) em diferentes ambientes, recipientes e composições de substratos. Cerne, Lavras, v.23, n.1, 2003. p.109-118.
CASTELLEN, M. da S. Avaliação do estado de conservação de populações naturais de jatobá (Hymenaea courbaril L.) por meio de análises de estrutura genética e autocorrelação espacial. Tese de Doutorado. 2005. 104 f. Pós-graduação em Ecologia e Agroecossistemas. Universidade de São Paulo.
CASTRO, H. G. de; OLIVEIRA, L. O. de; BARBOSA, L. C. de A.; FERREIRA, F. A.; SILVA, D. J. H. da & MOSQUIM, P. R. Nascimento, E. A. Teor e composição do óleo essencial de cinco acessos de mentrasto. Química nova, São Paulo, v.27, n.1, 2004, p.55-57.
CHAU MING, L.; HIDALGO, A. de F. & SILVA, S. M. P da. A etnobotânica e a conservação dos recursos genéticos. In: Albuquerque, U. P. De (org.). Atualidades em etnobiologia e etnoecologia. Recife: SBEE. 2002. p.147-151.
FONSECA-KRUEL, V. S. da & PEIXOTO, A. L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Acta botanica brasilica, São Paulo, v.18, n.1, 2004, p.177-190.
GORCHOV, D. L.; PALMEIRIM, J. M.; JARAMILLO, M. & ASCORRA, C. F. Dispersal of seeds of Hymenaea courbaril (Fabaceae) in a logged rain forest in the Peruvian Amazonian. Acta amazonica, Manaus, v.34, n.2, 2004, p.251-259.
GUARIM NETO, G. A importância da flora amazônica para uso medicinal. Horticultura brasileira, Brasília, suplemento, v.15, 1997, p.159-161.
GUARIM NETO, G. & MORAIS, R. G. de. Recursos medicinais de espécies do Cerrado de Mato Grosso: um estudo Bibliográfico. Acta botanica brasilica, São Paulo, v.17, n.4, 2003, p.561-584.
LEE, Y. T. & LANGENHEIN, J. H. Systematics of the genus Hymenaea L. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Detarieae). Berkeley: University of California Press, 1975. 105p.
LEONARDI, C. R. Etnofitoterapia regional utilizada pela população de Paranaíta, MT. 2002. 43f. Monografia de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta, Alta Floresta, MT.
LISBOA, P. L. B.; TEREZO, E. F. de M & SILVA, J. C. A. da. Madeiras amazônicas: considerações sobre exploração, extinção de espécies e conservação. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série botânica, Belém, v.7 n.2, 1991, p.521-542.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa - SP: Plantarum, v.1. 2000. 352p.
LORENZI, H. & MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. 512p.
MARTINS, J. E. C. Plantas medicinais de uso na Amazônia. 2. ed., Belém – Pará: Cultural CEJUP, 1989. 107p.
MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M de; CASTELLANI, D. C. & DIAS, J. E. Plantas medicinais. Viçosa, MG: UFV, 1998. 220p.
MEDEIROS, M. F. T.; FONSECA-KRUEL, V. S. da & ANDREATA, R. H. P. Plantas medicinais e seus usos pelos sitiantes da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Acta botanica brasilica, São Paulo, v.18, n.2, 2004, p.391-399.
MEDINA, G. Ocupação cabocla e extrativismo madeireiro no alto capim: uma estratégia de reprodução camponesa. Acta amazonica, Manaus, v.34, n.2, 2004, p.309-318.
PANIZZA, S. Plantas que curam (cheiro de mato). 15. ed. São Paulo: IBRASA, 1998. 279p.
PINTO, A. da C. & MADURO, C. B. Produtos e subprodutos da medicina popular comercializados na cidade de Boa Vista, Roraima. Acta amazonica, Manaus, v.33, n.2, 2003, p.281-290.
PINTO, J. E. B. P.; SANTIAGO, E. J. A. & LAMEIRA, O. A. Compêndio de plantas medicinais. Lavras, MG: UFLA/FAEPE, 2000. 208p.
PRANCE, G.T. & SILVA, M.F. Árvores de Manaus. Manaus: CNPq/INPA. 1975. 312p.
RIZZINI, C.T. Plantas do Brasil - árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de dendrologia brasileira. São Paulo: Edgard Blücher, 1971. 296p.
RODRIGUES, V. E. G. & CARVALHO, D. A. de. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domínio do Cerrado na Região do Alto Rio Grande –Minas Gerais. Ciênc. agrotec., Lavras, v.25, n.1, 2001, p.102-123.
SOUZA, A. das G. C. de; SOUZA, N. R.; SILVA, S. E. L. da; NUNES, C. E. L. da; CANTO, A. do C. & CRUZ, L. A. de A. Fruteiras da Amazônia. Brasília, DF: Embrapa, 1996. 204p.
STUBBLEBINE, W.H. & LANGENHEIM, J.H. Estudos comparativos da variabilidade na composicão da resina da folha entre árvore parental e progênie de espécies selecionadas de Hymenaea: comparacão de populacões Amazônicas com uma população do sudeste brasileiro. Acta amazonica, Manaus, v.10, n.2, 1980, p.293-309.
VEIGA JUNIOR, V. F.; PINTO, A. C. & MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura segura? Química nova, São Paulo, v.28, n.3, 2005, p.519-528. |