Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Podcast(1)
Dicas e Curiosidades(5)
Reflexão(6)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(11)
Dúvidas(1)
Entrevistas(2)
Divulgação de Eventos(1)
Sugestões bibliográficas(3)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(2)
Soluções e Inovações(3)
Educação e temas emergentes(6)
Ações e projetos inspiradores(24)
Cidadania Ambiental(1)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Relatos de Experiências(1)
Notícias(26)
| Números
|
Artigos
A difícil relação homem
x natureza: o caminho da sustentabilidade para um desenvolvimento sustentável. Carlos André Siqueira
Britto da Silva¹ Leônio José Alves da Silva 2 RESUMO Este artigo tem como objetivo principal,
abordar a evolução temporal do pensamento humano de domínio total, irrestrito e
mecanicista sobre o meio natural, até a atualidade, onde novos modelos mais
holísticos surgiram, como foi o caso do paradigma do desenvolvimento
sustentável, que propõe, apesar de não ser isento de críticas e de possuir
muitas limitações, uma melhoria na qualidade de vida social, econômica e
ambiental, respeitando os limites de capacidade dos ecossistemas. O método
utilizado neste trabalho foi o da pesquisa bibliográfica, tratado à luz da
Língua Portuguesa. O resultado obtido foi um retrato amplo do posicionamento
dos campos pesquisados, propiciando uma reflexão extensiva de causas e
consequências. Palavras-chave: desenvolvimento sustentável, problemática ambiental, visão
holística, paradigma mecanicista. Carlos
André Siqueira Britto da Silva1 e Leônio José Alves da Silva 2.
1. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da
Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: carlosandrebritto@yahoo.com.br. 2.
Orientador e professor do Departamento de Teoria Geral do Direito e Direito
Privado/UFPE. E-mail: leonioalves@bol.com.br A
relação que o ser humano tem tido com a natureza, é, muitas vezes, ambígua. São
muitas as correntes filosóficas pregando a figura de um “homem natural”, holístico,
integrante da natureza, no entanto, o que historicamente parece ter predominado
no mundo é uma figura de dominação e desrespeito sobre o meio ambiente. Para
THOMAS (1996), no século XV, quando os Tudor, umas dinastias de monarcas
reinavam na Inglaterra, as linhas teológicas e filosóficas predominantes
afirmavam que o mundo havia sido criado para as necessidades da humanidade e as
demais seres vivos deviam se submeter aos seus caprichos. Este pensamento fundamentava
as ações da sociedade da época que habitualmente não refletia a respeito de
questões desta natureza, e, caso os pensadores sentissem necessidade de fazer
uma justificativa para este viés de pensamento, podiam fartamente citar vários
filósofos clássicos, além da Bíblia. Por meio de Aristóteles, a filosofia
clássica afirmava que a natureza teria um propósito. Para o filósofo, as plantas
teriam sido criadas para o bem dos animais e esses para o bem dos homens, onde
os domésticos existiam para o trabalho e os selvagens para serem caçados. A
doutrina filosófica pregada pelos estóicos também ensinavam esta mesma visão: a
de que a natureza estava a serviço do homem. Aristóteles
afirmava, na obra “A Política”, que o homem é um animal cívico, superior aos
demais e favorecido pela própria natureza, pois apenas ele possui o dom da palavra.
A mesma idéia de dominação observa-se quando o filósofo afirma, em relação aos
animais, que o governo dos homens ser-lhes-ia bom. ARISTÓTELES (1998). Segundo
Passmore (1995), a visão utilitarista das coisas, no diagnóstico ecológico,
está explicito. A natureza passou a ser vista não mais como algo a ser
respeitado, mas sim como algo a ser usado, deixando de ser sagrada para os
homens, não havendo risco de sacrilégio em derrubar uma árvore, ou matar um
animal. Na filosofia naturalista, a natureza permanece sendo encarada como uma
estranha, pois a humanidade não se vê como estando em uma comunidade holística,
geradora de direitos, deveres e obrigações; e na qual todos, homens, plantas e
animais, são envolvidos numa rede de responsabilidades ou concessões mútuas onde
cada um depende dos outros para continuar a existir. Passmore (1995) traz
ainda a questão da depreciação da beleza natural como conflito homem x
natureza. A beleza natural muitas vezes é retratada como sendo algo inferior a
das obras de arte: o sentimento encontrado na literatura clássica e ainda
formulado por Hegel, segundo o qual a natureza deixa de ser “estranha” e passa
a merecer destaque quando foi transformada, ou melhor, manipulada antropicamente
como numa fazenda ou jardim perdendo a sua aparência selvagem. Frequentemente a visão
cristã do mundo, era que ele fora criado como um local perfeito; a natureza,
como se apresenta agora, com suas paisagens naturais seria uma decadente ruína
melancólica, uma lembrança triste do pecado original. Um grande filósofo
Francês do século XVII, Nicolas Malebranche, afirmava, de um ponto de vista
comum nesta época, que lamentava o fato da natureza conter formas diferentes
das dos sólidos regulares, esforçando-se ao máximo para promover a
transformação da natureza em tais formas, com árvores piramidais e sebes
cúbicas. Os seguidores de Hegel, apesar de menos fixados na geometria, também possuíam
a certeza de que o homem deveria transformar a natureza selvagem em paisagens
domesticadas. Herbert Spencer, filósofo inglês do século XIX, via como trabalho
humano, a conversão do mundo num grande jardim (PASSMORE,
1995). Levando-se em conta o
pensamento ocidental moderno, têm-se duas tradições principais ou que mais se
sobressaíram: primeiramente, a de inspiração cartesiana, prega a passividade da
matéria, que se apresenta inerte e a relação do homem com ela é de dominação
irrestrita, transformando-a, alterando sua forma; não tendo a matéria em si,
nenhum poder de resistência ou tipo de ação. A segunda tradição, inspirada por
Hegel, faz a defesa de uma natureza que só existe potencialmente, para ser
efetivada e transformada em algo humano por meio da arte, ciência, filosofia ou
tecnologia, para que o homem possa sentir-se completamente à vontade, não lhe
sendo algo, numa visão antropocêntrica, estranho, mas sim um espelho no qual
ele possa ver refletida a sua própria imagem. O homem, segundo este segundo
ponto de vista, completaria o universo, não só pelo fato de estar nele, como
sugere a tradição judaico-cristã, mas realmente ao contribuir para fazê-lo. (PASSMORE, 1995). Na Idade
Moderna, o movimento intelectual, cultural e filosófico de caráter burguês,
conhecido como Iluminismo, ocorrido no século XVIII, possuía, no seu eixo
central um racionalismo extremado, além de ter algumas linhas de pensamento que
estimulavam o individualismo, uma visão antropocêntrica do mundo e utilitarista
da natureza, acentuando, nesta época, as diferenças entre o meio natural e o
meio humano, colocando-os em situação de oposição. Essas linhas de pensamento
recaem no paradigma mecanicista, muito combatida por Capra (1982) um dos
maiores divulgadores da visão holística, do grego “holos” significando o todo,
o que enxerga integralmente os fenômenos. Para ele a realidade é vista por meio
da inter-relação e interdependência dos fatores físicos, biológicos,
psicológicos, sociais e culturais. Infortunadamente, o paradigma que molda a nossa
sociedade ainda é o mecanicista que se apóia numa concepção antropocêntrica de
vida, no cartesianismo, no
reducionismo e em uma sociedade de competição pela existência. Descartes,
na opinião de Thomas (1996), numa atitude de segmentação, via aos animais como
seres sem alma, apenas possuidores de um mero impulso natural e seus seguidores
foram mais além. Declaravam que os animais não sentiriam a dor; o gemido de um
animal agredido, para os cartesianos, não provaria o sofrimento deste ser,
assim como o som de um instrumento não atestaria uma dor, quando tocado. Os
gemidos e contorções de um bicho seriam apenas reflexos externos, sem relação
alguma com qualquer sensação desagradável. Para os teólogos, os cartesianos,
estariam “absolvendo” Deus da acusação de ser o injusto causador de dor às
bestas inocentes, ao permitir que os seres humanos as maltratassem e, também,
justificava o predomínio do homem, liberando-o de qualquer suspeita de crime. Morin
(1999) afirma que a fragmentação está ainda ocorrendo na atualidade, por conta
de uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes
separados, compartimentados entre disciplinas, contrastando com realidades que
são cada vez são mais polidisciplinares, transversais, multidimensionais,
transnacionais, globais e planetários. Neste estado, as coisas acabam por
tornar os conjuntos complexos e as interações e retroações entre partes e todo
invisíveis. Na opinião de
Mészaros (2002), vivemos numa sociedade global, extremamente consumista, que
adota um sistema capitalista voltado para produção de mercadorias com reduzida
taxa de utilização, aumentando assim os resíduos que contaminam a terra e
aumentando a voracidade com que se utilizam os recursos do planeta.
Infelizmente esta é a lógica do capital, criticado desde a época de Marx, em
estado de colapso, lançando mão de artifícios cada vez mais destrutivos para
tentar se manter em funcionamento. A humanidade,
ocupando já 80% do planeta, vive um período consumo predatório dos recursos
naturais, numa proporção tamanha, que se exploram os ecossistemas a ponto da
terra já ter ultrapassado em cerca de 20% sua capacidade de suporte e
regeneração, fazendo do ser humano um refém do seu paradigma civilizatório,
depredador e consumista, adotado pela maioria dos países desenvolvidos do
primeiro mundo, demandando três planetas semelhantes ao nosso, explorando de
forma egoísta uma porção enorme dos recursos naturais (BOFF in TRIGUEIRO,
2003). Problemas
ambientais como os que vemos na atualidade surgem como pesadelo nos sonhos de
progresso imaginados pelos teóricos de algumas décadas. Na opinião de Furtado
(1996) os países desenvolvidos têm traçado diretrizes em cima de uma política
de desenvolvimento econômico, na qual se pretenda evitar o crescimento no
padrão de consumo mundial, pois a acessibilidade da grande massa dos chamados
países do terceiro mundo às mesmas condições dos países ricos, provocaria
escassez dos recursos da terra em um curto espaço de tempo. Essa idéia é fruto
de uma ideologia industrial burguesa possuidora dos estigmas do mito do
progresso. A realidade é
vista de modo economicamente distorcido, o que traz conseqüências graves, pois
a acumulação é colocada como prioridade, relegando o contexto social. As cidades
de grande porte possuem pessoas convivendo com doenças respiratórias causados
por um ar poluído, a criminalidade é algo ascendente por falta de oportunidades
de trabalho, existe a alta corrupção e a burocracia dos serviços públicos,
pessoas em idade produtiva perdidas na sua função social e muitos impactos ambientais,
causados pelas gerações de bastantes resíduos industriais, a grande maioria sem
o mínimo tratamento, a exemplo dos lançamentos de toneladas de emissões e
efluentes em meios impróprios, trazendo grandes degradações à natureza.
(FURTADO, 1996). Ainda
conforme opina Furtado (1996), o planeta tem sido, de modo sistemático, agredido
e degradado em várias ocasiões de forma irremediável. Este é, talvez, um dos
problemas mais urgentes que o ser humano tem para tentar solucionar, o do caráter
predatório sempre presente nas civilizações, pois o poder econômico tem sido o
grande vilão do planeta. Quantas formas de vida, contendo um material genético
indispensável para nos conhecermos melhor e até mesmo fonte de produtos ainda
nem conhecidos pelo homem, não desapareceram neste processo predatório? Assim,
deste cenário mostrado, acredita-se que podem ser retiradas várias lições
possíveis de análises, servindo de experiências para um planejamento de um melhor
e mais justo sistema econômico mundial. A
sustentabilidade possui um contexto amplo, integrando vários campos, como os da
conservação, manutenção do meio ambiental, dinâmica populacional, ciclos
reprodutivos e suportabilidade, exigindo para isso esforços para se pensar nos
limite das explorações. Pensar no manejo dos recursos renováveis implica
observar de forma holística a interação entre as diferentes formas de vida que
ali estão para manter a capacidade vital dos biomas terrestres. Na obra “El
Concepto de La Naturaleza em Marx”, Schmidt (1983) acredita que Marx numa fase
mais madura, tornou-se mais cético em relação à humanidade conseguir
emancipar-se definitivamente do meio natural. Na medida em que ocorre o
desenvolvimento humano, aumentam-se as necessidades naturais, pois também se
ampliam suas próprias necessidades, expandido-se ao mesmo tempo as forças
produtivas que a satisfazem. Por conta disto, haveria a necessidade de um natural
intercâmbio orgânico entre a humanidade e a natureza. Isto pode ser tido como
um reconhecimento da existência de leis naturais onde o ser humano não possa exercer
uma subjugação do meio natural. Nas últimas
décadas, do século XX, observou-se um crescente amadurecimento, das sociedades
e governos mundiais em elação as questões ambientais. Entre as principais
conferências mundiais, que mostraram um norte e serviram para sensibilização,
abrindo os olhos do mundo para a dimensão dos problemas enfrentados pelo meio
ambiente, a de Estocolmo, em 1972, teve um importante papel. Ela é considerada
um marco histórico e político por ter sido a primeira conferência global focada
em questões ambientais. A Conferência
de Estocolmo trouxe a tona discussões que acabaram por originar a Comissão
Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou Comissão Brundtland, nome pela
qual ficou conhecida. Criada pelas Nações Unidas em 1983, esta Comissão foi
constituída objetivando avaliar os resultados de Estocolmo e acabou tendo como
produto final, em 1987, o Relatório Nosso Futuro Comum. Segundo Patrícia
Mousinho (in TRIGUEIRO, 2003), a partir daí, em nível internacional, ficou
consagrada a definição de desenvolvimento sustentável como sendo aquele que
atende às necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras. Na opinião da
autora, trata-se de um novo paradigma desenvolvimentista, ainda em processo de
construção, que aparece em fins do século XX, como resposta ao esgotamento de
um modelo que a Rio-92 descreveu como sendo ecologicamente predatório
socialmente perverso e politicamente injusto. Na Eco-92 ou
Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, reconhecidamente uma das maiores
conferências do planeta, promovida pela ONU - Organização das Nações Unidas, foi
elaborada a Agenda 21, guia primordial para se conseguir o desenvolvimento
sustentável em abrangência mundial, objetiva manter os processos ecológicos
necessários à sobrevivência do ser humano, preservar a biodiversidade, o
aproveitamento sustentável das espécies necessárias a base da vida humana. Assegurar
as necessidades das futuras gerações, respeitando os limites da
sustentabilidade dos ecossistemas explorados, é ponto crucial do documento, que
busca e estimula novas tecnologias voltadas à proteção do meio ambiente, e o
uso dos recursos naturais de forma mais segura e mais eficientes que as atuais.
Outros pontos importantes são: a substituição dos recursos não renováveis pelos
renováveis, eliminação de substâncias tóxicas, redução da poluição e produção
mais limpa, contribuindo assim para ampliar a sustentabilidade dos sistemas
naturais, pois se houver cuidados desde o princípio do processo industrial até
a fase de acabamento, minimiza-se os efeitos desagradáveis dos resíduos
industriais(BARBIERE, 2001). Acredita-se
que o paradigma do desenvolvimento sustentável, conforme foi pensado pela
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, apesar das várias
críticas ao seu modelo, possa conseguir uma melhoria na qualidade de vida nos
aspectos sociais, econômicos e ambientais, buscando respeitar os limites de
capacidade dos ecossistemas e sendo voltado para uma economia conservacionista
dos recursos. No
entanto, não se pode dizer que é um modelo isento de problemas e críticas, pois
como explicita Diegues (1992), ele não leva em conta somente a técnica, mas,
sobretudo a política, com dimensões não claramente explicitadas no Relatório
Brundtland, e diz respeito às visões de vários grupos sociais, com interesses
distintos a respeito do acesso e uso dos recursos ambientais. Além disso, o
Relatório não leva em conta as várias contradições internas ocorridas nos
países em desenvolvimento, que os impedem de atingir o desenvolvimento
sustentável. O modelo do
desenvolvimento sustentável pode ser entendido como um esforço do sistema
capitalista para tentar evitar seu colapso. Os paradigmas de desenvolvimento,
na maioria das vezes se mostraram catastróficos para os recursos naturais e o
termo “desenvolvimento sustentável” aparentemente promove algo contraditório.
No entanto, é uma proposta que parece possuir seu mérito, pois, até o momento é
uma das que aparentemente mais incentivou medidas mitigadoras, estimulando o
uso eficiente das fontes energéticas, minimizando perdas, moderando o consumo e
promovendo a reciclagem de materiais. Apesar do
desenvolvimento sustentável ser definido, muitas vezes, de acordo com direcionamentos
e interesses ocasionais, e com todas as suas controvérsias conforme explicita
Barbiere (2001), não se pode negar seu papel em fazer as sociedades repensarem
a sustentabilidade, sensibilizando as pessoas para que mudem seus modos de
vida. Numa visão
mais capitalista, conforme opina Bredorial (1998), o ambiente seria apenas
fruto da organização do processo de transformação dos recursos naturais com o
objetivo de gerar qualidade de vida para o ser humano além de lucros, daí a
dificuldade em conseguir uma relação adequada entre o ser humano e a natureza
numa sociedade onde o Capital impera. Portanto, a
relação homem x natureza é algo complexo e só passível de ser harmônica, se a
humanidade mudar radicalmente a sua forma de lidar com o meio que o cerca. O desenvolvimento
sustentável pode, se utilizado de fato sob uma ótica holística, vir então a se
definir como um processo criativo de transformação do meio ambiente,
direcionando as técnicas ecologicamente prudentes pensadas para as potencialidades
deste meio, mitigando o desperdício dos recursos. Promover o desenvolvimento
sustentável seria, na essência do seu conceito, ajudar as populações envolvidas
a se organizarem, a se educarem, para que repensem seus problemas, identifiquem
suas necessidades e os recursos potenciais para receber e realizar um futuro
digno a ser vivido conforme os postulados de justiça social e prudência
ecológica. (BREDORIAL, 1998). Referências ARISTÓTELES, A Política. Trad. CHAVES, Nestor Silveira. Rio de Janeiro: Ed
Ediouro, 1998. BARBIERI,
Carlos, J. Desenvolvimento e meio
ambiente. Petrópolis: Vozes, 2001. BREDORIAL,
Celso; VIEIRA, Liszt. Cidadania e
política ambiental. Rio de Janeiro: Record; 1998. CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. A ciência, a sociedade
e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 1982. DIEGUES,
Antonio Carlos Sant'ana . Desenvolvimento
sustentavel ou sociedades sustentaveis. Cadernos FUNDAP, v. 6, p. 22-30,
1992. THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural.
São Paulo: Companhia das Letras, 1996. FURTADO, Celso.
O mito do desenvolvimento econômico.
Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1996. MÉSZÁROS,
István. Para além do capital. Trad.
Lessa, Sérgio e Castanheira, Paulo César. Rio de Janeiro: Boitempo, 2002. MORIN, Edgar.
A cabeça bem-feita:
repensar a reforma, reformar
o pensamento; trad.
Jacobina, Eloá. Rio de Janeiro: Bertrand, 2003. PASSMORE, John. Atitudes frente à natureza. Revista de
Geografia. Recife: UFPE/DCG, v.11, n.2, jul./dez. 1995. SCHMIDT, Alfred. El concepto de
naturaleza en Marx. Trad. Pietro, Eduardo e Pietro, Julia. Madrid: Siglo
Veintiuno de España, SA, 1977. TRIGUEIRO, André.Org. Meio ambiente no século 21. Rio de
Janeiro: Sextante, 2003.
|