Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(3)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6)
Dúvidas(4)
Entrevistas(4)
Saber do Fazer(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(1)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(1)
Ações e projetos inspiradores(25)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Notícias(21)
| Números
|
Relatos de Experiências
ESTUDO DE ARTRÓPODES: ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ARTHROPODS STUDY: STRATEGIES FOR BASIC EDUCATION
Êmila Silveira de Oliveira Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas – Unipampa emila-silveira@hotmail.com
RESUMO: Momentos de prática científica e situações educativas de contato direto com modelos didáticos e jogos, proporcionados principalmente através de metodologias diversificadas contribuem significativamente com o processo de construção do conhecimento. Com base nisso, este trabalho relata estratégias de ensino desenvolvidas ao longo de um estágio na disciplina de ciências. Através de diferentes metodologias, como uso de recursos audiovisuais, jogos e exemplares animais, foi trabalhado com uma turma de 7º ano o conteúdo de ciências sobre os Artrópodes. Durante esse estágio foi procuradofugir da limitada leitura e trabalhos com o livro didático e foi buscado a cada aula levar uma atividade diferente e materiais que os alunos pudessem visualizar o que estava sendo explicado, afim de que esses alunos tivessem vontade de participarem das aulas e tivessem motivação e interesse em aprender o conteúdo proposto. O acesso a metodologias distintas tornam a caminhada entre o ensino e a aprendizagem, mais fácil e divertida. A visualização do conteúdo a ser estudado, transforma positivamente a capacidade de compreensão do aluno. Através de um melhor conhecimento e compreensão do que os cerca, há a possibilidade desses alunos se constituírem agentes transformadores e protetores do seu meio. Pois, afinal, cuidamos daquilo que conhecemos.
Palavras-chave:Artrópodes; Ciências; Lúdico.
Abstract: Scientific practice times and direct contact of educational situations with didactic models and games, provided mainly through diverse methodologies contribute significantly to the knowledge construction process. Based on this, this paper describes teaching strategies developed over a stage in the discipline of science. Through different methods, such as use of visual aids, games and animal specimens, it was working with a 7th grade class the science content of the Arthropods. During this stage it was sought escape from the limited reading and work with the textbook and was sought each class take a different activity and materials that students could see what was being explained, so that these students had wanted to participate in classes and had motivation and interest in learning the proposed content. Access to different methodologies make the walk between teaching and learning easier and more fun. The display of the contents to be studied positively transforms the ability of student understanding. Through better knowledge and understanding of the fence, there is the possibility of such students constitute transforming agents and protectors of their environment. For, after all, we take care of what we know.
Keywords:Arthropods; Science; Playful.
1 INTRODUÇÃO Momentos de prática científicae situações educativas de contato direto com modelos didáticos e jogos, proporcionados principalmente através de metodologias diversificadas contribuem significativamente com o processo de construção do conhecimento. Para Vygotsky (1992), “A construção do conhecimento acontece à medidaque os novos significados se incorporam ao pensamento do aprendiz e lhe possibilitamrever, redefinir, e reorganizar os conhecimentos antigos em novos agrupamentos.” A partir do contato com novos conhecimentose novas práticas de ensino, essas novas experiências possibilitam uma visão diferenciada do processo educativo normalmente oferecido pelas escolas e induz o aluno a inteirar-se e integrar-se do conteúdo. Durante as atividades desenvolvidas em um estágio que serão relatadas nesse trabalho,foi procurado fugir da limitada leitura e trabalhos com o livro didático. Foi buscado a cada aula levar uma atividade diferente e materiais que os alunos pudessem visualizar o que estava sendo explicado, afim de que esses alunostivessem vontade de participarem das aulas e tivessem motivação e interesse em aprender o conteúdo proposto. Libâneo diz que,
A ação didática se refere à relação entre o aluno e a matéria, com o objetivo de apropriar-se dela com a mediação do professor. Entre a matéria, o professor e o aluno ocorrem situações recíprocas. O professor tem propósitos definidos no sentido de assegurar o encontro direto do aluno com a matéria, mas essa atuação depende das condições internas dos alunos alterando o modo de lidar com a matéria (1994, p. 55).
Para assegurar a aprendizagem, metodologias diversificadas tornam-se necessárias durante esse processo. Além do conteúdo teórico escrito e exercícios, foram utilizados durante o desenvolver das aulas jogos didáticos, vídeose o contato com exemplares dos animais que estavam sendo estudados. Estas metodologias didáticas serão descritas aqui neste trabalho, como sugestão de ensino, para que possam auxiliar o planejamento de outros professores e tornar as aulas de outros alunos mais diferenciadas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Características básicas dos Artrópodes Para iniciar o conteúdo foi previamente distribuído em cada classe da sala, uma imagem de diversos artrópodes. A seguir, foi questionado aos alunos o nome do animal da imagem, se eles conheciam e qual a relação que existia entre os animais das figuras. Após as respostas se as eventuais discussões, foipedido para cada aluno colasse a sua figura em um papel pardo que estava colado no quadro, contendo o nome da Classe. Dando continuidade, após as discussões, os alunos listaram abaixo das imagens coladas, as principais características do grupo a ser estudado (Figura 1).
Figura 1: Cartaz sobre as características principais dos Artrópodes. Fonte: Do autor (2014).
2.2 Morfologia dos Artrópodes Para que os alunos pudessem observar melhor as caraterísticas morfológicas destes animais, foi levado para a sala de aula, distintos exemplares deste Filo. Com esses exemplares, os alunos puderam manusear e observar suas estruturas mais detalhadamente com o auxílio de lupa e do microscópio. Após a observação, foi sugerido que cada aluno tentasse representar a estrutura corporal de um artrópode com massa de modelar e a seguir, os alunos observaram o modelo feito pelos demais e dividiram esses modelos em cartazes contando os grupos em que são divididos os artrópodes: Insetos, Crustáceos, Aracnídeos, Quilópodes e Diplópodes (Figura 2-A; 2-B; 2-C). Através desta atividade, os alunos compreenderam melhor as diferenças estruturais entre esses cinco grupos e as semelhanças que os agrupam.
Figura 2-A;2-B;2C: Representação com massa de modelar da morfologia dos artrópodes. Fonte: Do autor (2014).
2.3 Insetos Para o estudos dos Insetos, os alunos assistiram a um documentário “Mundo dos Insetos” (http://www.youtube.com/watch?v=KaZ4-tEno6k) mostrando situações, características e peculiaridades deste grupo, difíceis de serem observadas a olho nu (Figura 3). No estudo deste grupo, os alunos também observaram um insetário contendo várias espécies de insetos, podendo através destes exemplares, serem observadas com o auxílio da lupa, suas estruturas, mais detalhadamente (Figura 4).
2.4 Crustáceos Neste grupo, os alunos também manusearam exemplares de crustáceos, observando mais detalhadamente suas estruturas (Figura 5). Também, foi construído uma trilha a ser jogada em grupos, contendo perguntas referente aos crustáceos, onde os alunos para poder avançar as casas, deveriam saber responde-las (Figura 6).
2.5 Aracnídeos No estudos dos aracnídeos, os alunos construíram um cartaz para separar os animais dentro do grupo. Os alunos receberam fragmentos de textos e imagens e através da leitura e discussão com os demais colegas organizaram essas características e informações em um cartão, diferenciando as características de aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos, todos pertencentes ao grupo dos aracnídeos (Figura 7). Foi realizado novamente a observação com lupa de exemplares destes animais e desafiado aos alunos que realizassem um desenho científico constando as características do exemplar observado (Figura 8).
2.6 Quilópodes e Diplópodes A atividade didática relacionada ao estudo destes dois grupos, foi a também observação dos exemplares deste grupo. Foram observadas e discutidas as diferenças e semelhanças entre essas suas espécies.Os alunos observaram através de lupa, as características corporais de centopeias e de “piolhos de cobra” (Figura 9).
Figura 9: Alunos observando exemplares de quilópodes e diplópodes. Fonte: Do autor (2014).
3 CONSIDERAÇÔES FINAIS A exploração ao aspecto lúdico em sala de aula deve ser cada vez mais estimulada.Jogos e recursos didáticos necessitam estarem presentesna maioria das situações de ensino, como um instrumento de apoio do professor, para facilitar a explicação do conteúdo e o entendimento deste, por parte dos alunos. O acesso a metodologias distintas tornam a caminhada entre o ensino e a aprendizagem, mais fácil e divertida. A visualização do conteúdo a ser estudado, transforma positivamente a capacidade de compreensão do aluno. Através de um melhor conhecimento e compreensão do que os cerca, há a possibilidade desses alunos se constituírem agentes transformadores e protetores do seu meio. Pois, afinal, cuidamos daquilo que conhecemos.
BARROS, Carlos; WILSON, Paulino. Os seres vivos. 7º ano. Editora Ática. 5ª ed. São Paulo-SP. 2013. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo-SP; Editora Cortez, 30ª reimpressão. 1994. VYGOTSKI, Lev. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António (Org.). Os Professores E Sua Formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992. |