Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) ARBORIZAÇÃO NAS ESCOLAS DO BAIRRO PARQUE ALVORADA EM TIMON – MA: ANALISE QUANLI-QUANTITATIVO
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ARBORIZAÇÃO NAS ESCOLAS DO BAIRRO PARQUE ALVORADA EM TIMON – MA: ANALISE QUANLI-QUANTITATIVO

 

Lorran André Moraes[1]

Kelly Polyana Pereira dos Santos[2]

Roselis Ribeiro Barbosa Machado ³

Maria de Fátima Veras Araújo4

Simone Mousinho Freire5

RESUMO

 

Arborização escolar é uma temática pouco estudada, mais entende-se atualmente que seja extremamente importante, pois áreas arborizadas desempenham importantes funções ligadas aos aspectos econômicos, sociais, culturais e ecológicos, no paisagismo, valorizando a estética local e a beleza cênica. O objetivo geral dessa pesquisa foi identificar quali-quantitativamente as espécies vegetais arbóreas-arbustivas presentes no ambiente escolar do bairro Parque Alvorada em Timon – MA. Foi realizada através de coleta de dados em levantamento de campo. Este estudo foi desenvolvido no período de dezembro de 2015 a junho 2016 em quatro escolas do bairro Parque Alvorada em Timon - MA. Contatou-se que a vegetação arbórea-arbustiva amostrada nas escolas e representada por 72 indivíduos. As espécies identificadas ficaram distribuídas em 22 espécies, 21 gêneros e 12 famílias. Em relação ao porte (27) apresentaram porte médio, (25) pequeno porte e (20) grande porte. Em relação ao estado fitossanitário das árvores, 30,6% apresentam-se muito doente ou atacada, 33,3% apresentando sintomas de doenças e 36,1% estão sadias. 50% das árvores apresentam sintomas devido a podas fracos e recuperáveis, 25% com danos inexistentes e 25% para danos fortes e irrecuperáveis. A escola melhor arborizada foi a arborizada foi a Unidade Escolar Pedro Falcão Lopes. Diante dos dados observa-se que há a necessidade de um melhor planejamento e monitoramento arbóreo das escolas.

 

Palavras-Chave: Arborização Escolar. Paisagismo. Espécies arbóreas-arbustivas.

 

 

 

 

AFFORESTATION IN PARK NEIGHBORHOOD SCHOOLS IN DAWN TIMON - MA: ANALYSIS QUANLI-QUANTITATIVE

 

ABSTRACT

 

Afforestation is a school subject little studied, more means now that is extremely important because wooded areas play important functions related to economic, social, cultural and ecological, landscaping, enhancing the local aesthetic and scenic beauty. The overall objective of this research was to identify qualitative and quantitatively the tree and shrub species present in the school environment Alvorada Park neighborhood Timon - MA. It was performed through collection of field survey data. This study was conducted from December 2015 to June 2016 in four schools Alvorada Park neighborhood Timon - MA. It was contacted that the arboreal-shrub vegetation sampled in schools and represented by 72 individuals. The identified species were distributed in 22 species, 21 genera and 12 families. In terms of size (27) were medium-sized (25) and small (20) large. In relation to the plant health of the trees, 30.6% have become very sick or attacked, 33.3% showing symptoms of disease and 36.1% are healthy. 50% of the trees show symptoms due to weak and retrievable prunings, 25% with non-existent damage and 25% for strong and irretrievable damage. The best school was lined leafy was the School Unit Pedro Lopes Falcão. Before the data is observed that there is a need for better planning and monitoring of arboreal schools.

 

Keywords: Afforestation School .Landscaping .Arboreal-Shrubby Species .
 

 

INTRODUÇÃO

 

Entender de que maneira se processa a origem de uma cidade perpassa pela compreensão de diversas dimensões ou aspectos que a constituem, dentre eles: o político, o econômico, o histórico, o morfológico e o social (COSTA, et al., 2006). As grandes cidades brasileiras apresentam na atualidade processos de desenvolvimento urbano e econômico quase sempre semelhantes e, apesar das diferenças, expansões além dos limites administrativos territoriais. Nesse contexto, deve haver um controle da expansão urbana, a fim de minimizar ao máximo possível os impactos que possam ocorrer devido a ocupação desordenada. Por essa razão, também, a evolução da cidade deve estar inserida dentro do plano de politicas públicas expansionistas, em prol de uma manutenção do tecido urbano que são continuamente sendo deteriorados e substituídos (COSTA, 2006).

A função das cidades, historicamente, é ser lugar de trocas, convergências, concentração e confrontos. Sua configuração espacial está sob constante ação dos mais diversos agentes e sua materialidade é dimensão ativa que influencia nossas ações. Pode-se definir como urbanidade a qualidade do urbano que propicia a co-presença entre diferentes na experiência do urbano. Nesse cenário, é necessário considerar relevar a importância de estudos que buscam compreender a forma urbana da cidade, com as lógicas e dinâmicas de seus espaços de uso público, possibilitando contribuições para a sua qualificação de modo a potencializar a esfera de vida pública (RUPF; QUEIROGA, 2015).

Os lugares públicos estão em constante mudança enquanto práticas espaciais e usos, pois são fontes de intensas e sucessivas alterações na configuração da forma urbana. A observação de suas dinâmicas e complexidades deve buscar compreendê-los a fim de contribuir para a sua qualificação.  Desse modo, pode-se fornecer subsídios para projetos, planos e políticas públicas em consonância com suas demandas, em busca de lugares democráticos, acessíveis e reprogramáveis, que favoreçam a inclusão e o encontro público (RUPF; QUEIROGA, 2015).

Nesse contexto do espaço público estão inseridas as escolas. Assim, a arborização em escolas é de fundamental importância tanto para proporcionar melhorias no ambiente de estudo, quanto para conscientizar os alunos da importância da preservação ambiental.

A escola por estar inserida, geralmente, em áreas onde vários casos pode ter composição vegetal é propicia a ser considerada como uma área verde urbana. A floresta urbana é fundamental para a qualidade de vida nas cidades devido os seus inúmeros benefícios ecológicos, estéticos e sociais. Sendo que contribui para um conforto microclimático que é diretamente influenciado pelo tipo de vegetação, características da espécie, bem como o porte e densidade de copa, número de indivíduos, área do terreno, dentre outros fatores (MARTINI, et al.,2015).

As diferentes tipologias de floresta urbana (remanescente florestal, área verde com paisagismo e arborização de ruas) apresentam microclima distintos. As tipologias que possuem quantidade de vegetação mais expressiva apresentaram menores valores de temperatura e maiores de umidade relativa. A diferença entre essas áreas varia conforme a estação do ano, sendo mais acentuada no verão, principalmente para a variável temperatura (MARTINI, et al.,2015).

Diversos países vêm pesquisando os efeitos positivos da utilização das áreas verdes, pois essas são primordiais no contexto urbano e estão associadas à melhoria da qualidade de vida da população, podem diminuir extremos de temperatura, atenuar ruído, reter poeira, aumentar a área permeável urbana, oferecer um espaço agradável para prática de atividade física e o convívio social, entre outros inúmeros benefícios. Existem,ainda,os benefícios ambientais oferecidos pelas áreas verdes, relacionados diretamente como promotor da saúde da população urbana (MARQUES, et al,. 2014). Segundo Martini, et al., (2015) os benefícios da arborização urbana estão condicionados à qualidade de seu planejamento e manejo, visto que o negligenciamento destes resultam em conflitos com os equipamentos urbanos, como por exemplo de infraestrutura.

A arborização urbana desempenha funções muito importantes nas cidades, desde o sombreamento até o melhoramento da qualidade do ar. Por exemplo, as copas das árvores têm um papel importante na atenuação da radiação e, consequentemente, redução da amplitude térmica em áreas adjacentes. Os resultados dessa pesquisa mostraram melhores desempenhos térmicos nas áreas com sombreamento arbóreo. Cabe ressaltar a importância da arborização nas cidades para proporcionar melhor conforto térmico aos usuários. Ao utilizar-se da arborização urbana, as contribuições e benefícios são estratégias de resfriamento evaporativo, umidificação, melhoramento do microclima, queresulta em um ambiente externo mais atrativo e adequado ao uso (RIBEIRO, at al., 2015).

Diversos fatores estão associados ao uso das áreas verdes, como: idade, escolaridade, nível social, saúde, distância da residência, ter filhos pequenos, entre outros. É necessário compreender como a população percebe o ambiente a sua volta, e quais valores são conferidos às áreas verdes, para entender melhor a motivação que leva a população a utilizar tais espaços (MARQUES, et al,. 2014).

Segundo Marques, et al,. (2014) diversas metodologias de pesquisa para avaliação das características socioeconômicas da população vem sendo desenvolvidas, pois estas tratam-se de um recurso relevante, que pode ser reproduzido com o fim de estimular a frequência de uso de áreas verdes, por auxiliar no planejamento de áreas mais adequadas ao perfil da população do seu entorno. Estudos com este enfoque vêm sendo realizados em diversos países, fornecendo subsídios para políticas públicas. Por fim, uma perspectiva de planejamento urbano, que considere as especificidades da população local e o efeito das áreas verdes no seu bem-estar, poderia ser uma estratégia de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida.

O objetivo geral dessa pesquisa foi identificar quali-quantitativamente as espécies vegetais arbóreas-arbustivas presentes no ambiente escolar do bairro Parque Alvorada em Timon –MA.E como objetivos específicos: Identificar as principais espécies presentes na arborização escolar e agrupando-as em gêneros e famílias botânicas; Comparar a diversidade vegetal encontrada na arborização das escolas; Identificar possíveis espécies que apresentam estado de fitossanidade baixo devido a podas ou outros agentes.

.

 

MATERIAL E MÉTODOS

 

Área de estudo

 

O município de Timon - MA, localiza-se entre as coordenadas geográficas 05° 05’ de latitude sul e 42° 50’ de longitude Oeste, estando a 69m acima do nível do mar e, dista da capital, São Luís, 426 km. Apresenta uma área de 1.743,246 km² com uma população de 155.460 habitantes, e densidade demográfica de 89,18 hab/km². O município está situado na microrregião geográfica de Caxias, Mesorregião do Leste Maranhense e Região de Planejamento do Médio Parnaíba, à margem esquerda do rio Parnaíba, limitando-se ao leste com Teresina, capital do Piauí, onde faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina (Região Metropolitana de Teresina), ao norte e ao oeste com o município de Caxias, e ao sul com o município de Matões. O município encontra-se inserido no bioma cerrado e apresenta um clima Tropical seco (IBGE, 2012).

O relevo na região é formado pela depressão do planalto oriental, que constitui um conjunto de morfo-esculturas ao Leste, prolongando-se para o Nordeste do Maranhão. Apresenta formas tabulares com morros testemunhos que decaem para vales mais amplos em colinas (FEITOSA, 2006).

 

População, Amostra e período da Pesquisa

 

Este estudo foi desenvolvido em quatro escolas do bairro Parque Alvorada em Timon- MA, sendo três delas municipais e uma estadual, sendo elas respectivamente: Unidade Escolar João Fonseca Maranhão, Unidade Escolar José Waquim, Unidade Escolar Pedro falcão Lopes e U. E Maria Conceição Teófilo Silva. A escolha das mesmas se deu primeiramente pelo fato de estarem situadas no maior bairro do município, e também por serem as únicas do bairro que ministram o ensino fundamental e médio. Neste estudo não há necessidade do critério de exclusão ou inclusão, haja vista que já foram escolhidas as escolas devido a sua facilidade de deslocamento e conhecimento da estrutura física e localização.

O levantamento de campo foi realizado no período de Dezembro de 2015 a junho 2016. Os dados foram coletados em formulário específico (planilha de levantamento de campo) cada escola visitada teve seu nome e localização anotados e suas árvores listadas, registrando-se a espécie (comum e científico), e as características biológicas que expressem seu estado atual (com vitalidade – a; e sem vitalidade, danos físicos).

 

Instrumentos e procedimentos de coleta de dados

 

Nessa pesquisa as espécies foram identificadas, e para todos os espécimes foram apreciados os seguintes aspectos: nome popular; nome científico; família botânica; ocorrência natural (nativa ou exótica); circunferência à altura do peito (1,30 m do solo), utilizando fita métrica comum; o porte dos indivíduos, medindo-se a altura com trena, considerando para os indivíduos de pequeno porte a altura até 1,30m, porte médio a altura entre 1,30 até 6 metros e grande porte acima de 6m, foram ainda estimadas as árvores de grande porte; a frequência (%) foi calculada através da razão entre número de indivíduos da espécie e o número total de indivíduos. Os dados coletados foram tabulados no software Microsoft Office Excel 2007.

As condições da sanidade das árvores foram analisadas conforme Rodolfo-Júnior, et al. (2008) para as seguintes categorias: 0 – árvore morta, quando apresenta danos irreversíveis de pragas, doenças ou graves danos físicos; 1 – árvore muito doente, apresentando estado geral de declínio que podem ser severos danos de pragas, doenças ou defeitos físicos e, não aparentando morte iminente, podendo requerer muito trabalho e tempo para a recuperação; 2– árvore que apresenta sinais de pragas doenças ou danos físicos, necessitando de poda corretiva, reparo de danos físicos ou controle sanitário; 3 – árvore sã e que não apresenta sinais de pragas doenças ou injurias mecânicas. Com relação aos danos devido a podas, os indivíduos foram alocados em três categorias conforme Rodolfo–Júnioret al., (2008), foram elas: 0 – inexistente; 1 – fracos e recuperáveis; 2 – fortes e recuperáveis.

De acordo com o diâmetro da projeção da copa, levaram-se em considerações os seguintes aspectos: P – copa de pequeno porte, até 3m; M – copa de médio porte, de 3m até 7m; G – copa de grande porte, acima de 7m.

A identificação e classificação das espécies botânicas serão realizadas através de estruturas vegetativas e reprodutivas, quando necessária será acompanhada a fenologia do indivíduo. Os exemplares coletados foram identificados através de literatura específica (BACKES; IRGANG, 2004; CARVALHO, 2003; LEITMAN et al., 2010; LORENZI, 1998; LORENZI, 1999; LORENZI, 2002; LORENZI et al., 2004; SOUSA et al., 2008; SOUZA; LORENZI, 2008) e o sistema de taxonomia botânica utilizado para as famílias foi o APG II (SOUSA; LORENZI, 2008).

 

Processamento e Análise dos dados

 

Os dados foram processados através da estatística básica, e posteriormente organizados na forma de tabela, contendo a relação das espécies arbóreo-arbustivos amostrados segundo nome popular e científico, família, ocorrência (N - nativa; E - exótica) e valores de frequência absoluta (FA) e relativa (FR) da arborização por escolas amostrados no bairro,foram elaborados, também, gráficos e pranchas para melhor facilitar a exposição dos resultados obtidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A vegetação arbórea-arbustiva amostrados nas escolas do bairro Parque Alvorada no município de Timon-MA são representadas por 72 indivíduos, como mostrado na (Tabela 1). As espécies identificadas ficaram distribuídas em 22 espécies, 21 gêneros e 12 famílias.

 

 

 


Tabela 1. Relação das espécies arbóreo-arbustivos amostrados nas escolas do bairro Parque Alvorada no município de Timon-MA/Brasil, segundo nome popular e científico, família, ocorrência (N - nativa; E - exótica) e valores de frequência absoluta (FA) e relativa (FR) e presença nas escolas: 1. U. E João Fonseca Maranhão; 2. U. E. José Waquim; 3. U. E Pedro falcão Lopes e 4. U. E. Maria Conceição Teófilo Silva, 2016.

 

 

 

 

NOME VULGAR

 

NOME CIENTÍFICO

 

FAMÍLIA

 

Ocorrência

 

FA

 

FR (%)

Escola

1

Acerola

Malpighia sp.L.

Malpighiaceae

Exótica

01

1,4

1

2

Amêndoa

Terminalia catappa L.

Combretaceae

Exótica

06

8,3

1,4

3

Alamanda

Allamanda cathartica Linn

Apocynaceae

Exótica

01

1,4

3

4

Angico-branco

Anadenanthera peregrina (L.) Speg.

Fabaceae

Nativa

04

5,6

2

5

Bambum

Bambusa sp.Mutisex Caldas

Poaceae

Exótica

01

1,4

1

6

Cajá

Spondias mombim L.

Anacardiaceae

Nativa

01

1,4

2

7

Cajú

Anacardium ocidentale L.

Anacardiaceae

Exótica

01

1,4

2

8

Chapéu-de-napoleão

Theventia nereifolia Juss.

Apocynaceae

Nativa

01

1,4

2

9

Faveira-de-bolota

Parkia platycephala Benth.

Fabaceae

Nativa

01

1,4

3

10

Flamboyant

Delonix regia (Boy.) Raf.

Fabaceae

Exótica

10

13,9

1,3 e 4

11

Figueira

Ficus benjamina L.

Moraceae

Exótica

06

8,3

2

12

Goiabeira

Psidium guajava L.

Mirtaceae

Nativa

01

1,4

2

13

Ipê-amarelo

Handroanthus sp. Mattos

Bignoniaceae

Nativa

03

4,2

1,3

14

Ipê-roxo

Handroanthus impetiginosa (Mart. ex DC.) Mattos

Bignoniaceae

Nativa

01

1,4

3

15

Ipezinho

Tecoma stans(L.) H.B.& k.

Bignoniaceae

Nativa

01

1,4

3

16

Mamurana

Pachira aquática Aubl.

Bombacaceae

Nativa

07

9,7

4

17

Mangueira

Mangifera indica L.

Anacardiaceae

Exótica

08

11,1

2,4

18

Nim

Azadirachta indica A. Juss.

Meliaceae

Exótica

05

6,9

3,4

19

Oiti

Licania tomentosa (Benth.) Fristsh

Chrysobalana

ceae

Nativa

05

6,9

3,4

20

Olho-de-pombo

Adenanthera pavonina L.

Fabaceae

Exótica

04

5,6

3,4

21

Sombreiro

Clitoria fairchildiana Howard

Fabaceae

Nativa

04

5,6

3

22

Surucucu

Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth.

Fabaceae

Nativa

01

1,4

1

 

TOTAL

72

100%

-

 

 

Fonte. Autores, 2016.

 

 

 


De acordo com os resultados exposto na tabela 1, pode-se afirmar que as famílias botânicas mais abundantes/frequentes identificadas foram a Fabaceae (24 indivíduos, 5 espécies e 5 gêneros), seguida da Anacardiaceae com (10 indivíduos, 3 espécies e 3 gêneros), Bignoniaceae (5 indivíduos, 3 espécies e 2 gêneros) e a Apocynaceae (5 indivíduos, 2 espécies e 2 gêneros). As demais famílias estão representadas apenas por uma espécie botânica, um gênero e apresentaram entre um e seis indivíduos.

As 2 espécies mais representativas foram Delonix regia (Boy.) Raf. (Flamboyante, n = 10 ou 13,9%), Mangifera indica L. (Mangueira, n = 8 ou 11,1%). Das 22 espécies identificadas na arborização das escolas em estudo em relação à vegetação nativa, foram identificadas 10 espécies (n= 43 indivíduos ou 59.7%), enquanto que na de origem exótica amostrou-se 12 espécies (n= 29 indivíduos ou 40.3%).

De acordo com os dados da tabela, em relação a arborização dos espaços escolares foram amostradas o maior número de indivíduos na U. E Pedro Falcão Lopes com 25 indivíduos, 10 espécies e 9 gêneros, seguido da U. E. João Fonseca Maranhão (21 indivíduos arbóreos, 10 espécies e 10 gêneros), U.E. José Waquim (17 indivíduos, distribuídos em 6 espécies, 6 gêneros) e a U. E. Maria Conceição Teófilo Silva (9 indivíduos, 4 espécies e 4 gêneros).

Em estudo semelhante realizado por Rodrigues; Copatti, (2009) em 3 escolas da zona urbana de São Vicente do Sul –RS para analisar a riqueza e a diversidade arbórea escolar, amostraram 91 organismos de 28 espécies arbóreas diferentes, sendo 22 espécies exóticas e 6 nativas. Os autores argumentam que a maior dificuldade de uma melhor arborização escolar é devido principalmente a falta da participação da comunidade escolar, outro fato é da consciência da importância da arborização urbana para a sociedade, e isso está relacionado frequentemente com os fracassos dos plantios em área urbanas.

Em outro estudo realizado por Menegaeset al., (2016) sobre prática de paisagismo e ajardinamento em espaços de convivência social buscando transmitir e desenvolver técnicas de paisagismo, desenvolveram oficinas temáticas e buscaram permitir aos participantes a integração e a educação socioambiental, cultural e de preservação da vegetação dos espaços estudados. Os autores diagnosticaram nessa abordagem que a educação socioambiental aliada às técnicas de paisagismo tem sido utilizada para melhorar a estética de ambientes proporcionando inúmeros benefícios à sociedade, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida dos usuários de tais espaços. As técnicas de ajardinamento utilizadas para a remodelação ou revitalização da paisagem são fundamentais para tornar o ambiente prazeroso e propício ao convívio social.

Segundo Costa (2006), os planos urbanísticos têm provocado diversas consequências no espaço urbano, principalmente a implantação de vetores e eixos que levam a ocupação de novas áreas livres. Muito embora, as politicas de planejamento urbano e controle da expansão urbana provaram-se pouco eficazes na formação de cidades legais e o crescimento extensivo praticamente, ocorre sem controle.

O espaço público é uma parte da cidade, é uma categoria de classificação dos espaços urbanos, pressupõe ser comum ou de livre acesso, sendo um valor normativo aquilo que é acessível a todos, mais que não confere um estatuto de público ou privado. Este espaço é regido por regras, e resulta da relação dialética entre política e território, e é usufruído por uma sociedade, podendo este está sujeito a normas e regras de conduta e convivência (COSTA, et al., 2006).

Ainda segundo os autores, outro dado importante é que a análise de um espaço público quando analisada através de uma dinâmica de território política pode possibilitar alcançar uma compreensão aprofunda das metamorfoses do espaço, desde sua origem até os dias atuais.

Atualmente, percebe-se que nas cidades brasileiras, há uma distribuição irregular na arborização de exemplares arbóreos ao longo das vias, enquanto algumas ruas se encontram bem arborizadas e com boa diversidade de espécies, outras vias não apresentam nenhum indivíduo arbóreo, isso é resultado de uma arborização implantada sem qualquer planejamento e conduzida sem manejo adequado. Como forma de solucionar esse impasse é necessário o adensamento arbóreo, desde de que essas intervenções na arborização atual sejam feitas de forma planejada e com manejo adequado para que a vegetação seja capaz de cumprir com sua função ambiental na área (BIZ, et. al., 2015).

Ainda segundo BIZ, et. al., (2015) quando ocorrem estas situações com ausência de um planejamento inicial é necessário que ações de replanejamento e manejo sejam realizados, para garantir a qualidade da vegetação urbana e, consequentemente o desempenho das funções dessa vegetação. O passo inicial para o desenvolvimento de um bom plano de manejo é a realização de um inventário, pois, o diagnóstico da arborização servirá de base para o planejamento da arborização, assim como para definição das práticas de manejo e monitoramento mais adequadas. O inventário irá fornecer informações quali-quantitativas de espécies encontradas na arborização viária e suas condições.

Observou-se que dos 72 indivíduos presentes na vegetação das escolas do bairro amostrado no Município de Timon - MA, 27 apresentaram porte médio, seguido por 25 que apresentam pequeno porte e 20 que são de grande porte (Tabela 2).

 

Tabela 2. Porte arbóreo-arbustivo da vegetação amostrado das escolas do bairro Parque Alvorada no Município de Timon - MA, 2016.

 

 

ESCOLAS

PORTE

P-pequeno

M-médio

G- grande

TOTAL

 

U.E João Fonseca Maranhão

11

9

1

21

 

U.E José Waquim

3

6

8

17

 

U.E Pedro Falcão Lopes

8

10

7

25

 

U.E Maria Conceição Teófilo Silva

3

2

4

9

 

 

TOTAL

 

25

 

27

 

20

 

 

72

 

 

 

Fonte. Autores, 2016.

 

Outros dados levantados nessa pesquisa foram em relação ao estado fitossanitário das árvores, onde 30,6% apresentam-se muito doente ou atacada, 33,3% apresentando sintomas de doenças e 36,1% estão sádias. 50% das árvores apresentam sintomas devido a podas fracas e recuperáveis, 25% com danos inexistentes e 25% para danos fortes e irrecuperáveis. Sobre o valor visual 51,4% apresentam um bom aspecto estético, 33,3% um valor excepcional para todas as características das árvores, 12,5% regular e apenas 2,8% não apresentam nem valor visual (tabela 3).


Tabela 3. Análise do estado fitossanitário arbóreo-arbustivo da vegetação amostrada das escolas do bairro Parque Alvorada no Município de Timon-MA, 2016.

 

 

ESCOLA        

EF

DP

VV

0

1

2

3

Total

0

1

2

total

0

1

2

3

total

U. E. João Fonseca Maranhão

 

-

 

2

 

2

 

17

 

21

 

13

 

7

 

1

 

21

 

-

 

-

 

7

 

14

 

21

U. E. José Waquim

 

-

 

9

 

6

 

2

 

17

 

1

 

10

 

6

 

17

 

1

 

6

 

6

 

4

 

17

U. E Pedro Falcão Lopes

 

-

 

9

 

11

 

5

 

25

 

2

 

14

 

9

 

25

 

1

 

3

 

17

 

 

4

 

 

25

U. E Maria Conceição Teófilo Silva

 

-

 

2

 

5

 

2

 

9

 

2

 

5

 

2

 

9

 

-

 

-

 

7

 

2

 

9

 

TOTAIS

 

-

22 ou 30,6 %

24 ou 33,3 %

26 ou 36,1%

 

72

18 ou 25%

36 ou 50%

18 ou 25%

 

72

2 ou 2,8%

9 ou 12,5%

37 51, 4%

24 ou 33,3%

 

72

 

 

Legenda. EF (Estado fitossanitário) onde o 0 = árvore morta; 1= árvore muito doente ou atacada; 2= árvore apresentando sintomas de doenças ou ataque leve de insetos; 3=árvore sadia. DP (Danos devido a podas) onde 0= inexistentes; 1 = fracos e recuperáveis; 2 =fortes e irrecuperáveis. VV (valor visual das árvores), onde 0= inexistente; 1= regular; 2 = bom e 3 = excepcional.

Fonte. Autores, 2016.

 

 

 


 


Perfil da arborização das escolas

 

1.    Unidade Escolar João Fonseca Maranhão: Características físicas, estrutural e da Arborização

 

A U. E João Fonseca Maranhão (municipal) foi criada em 28 de agosto de 1982. Está localizada na Rua Carlos Manoel s/n. Quanto a sua estrutura física a escola possui: 1 pátio, 1 sala da direção (secretaria e coordenação pedagógica da escola), 1 sala para professores, 15 salas de aula e 01 sala para o Programa Mais Educação, 4 banheiros (alunos), 01 biblioteca, 01 sala de informática, 01 depósito,01 refeitório, 01 quadra de esportes (Figura 1A).

Em 2015 a escola passou por uma reforma, nas estruturas físicas, estrutural e pedagógica, recebendo climatização das salas de aula e sistema de monitoramento.

A escola atende um total de 1014 alunos nos 3 turnos, sendo, pela manha (273) no ensino fundamental do 2º ao 5º ano, tarde (547) E.F de 6º ao 9º e a noite (194) com EJA. O quadro docente e composto por 46 profissionais nos 3 turnos de ensino.

Em relação a arborização do espaço escolar foram amostradas 21 indivíduos arbóreos, 10 espécies e 10 gêneros. Sendo 7 indivíduos da Pachira aquática Aubl. (Mamurana), 4 spp. De Licania tomentosa (Benth.) Fristsh (oitizeiro), 2 spp. daHandroanthussp. Mattos (Ipê-amarelo), 2 spp. daTerminaliacatappaL. (amendoeira), as demais foram representadas por apenas um individuo, tais como a:MalpighiaspL.(acerola); Allamanda cathartica Linn (Alamanda);Bambusa sp. Mutisex Caldas (bambum); Delonix regia (Boy.) Raf. (Flamboyant); Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. (Surucucu); Adenanthera pavonina L.(Olho-de-pombo).

 

 

2.    Unidade Escolar José Waquim: Características físicas, estrutural e da Arborização

 

A U.E Escolar José Waquim (Administração Municipal) foi fundada em 2 de março de 1996, já passou por 2 reformas, sendo a última para implantação do sistema de monitoramento e climatização.  Está situada na Av. Benedito Ferreira Campos s\n. Apresenta na estrutura física: 7 salas de aula, uma sala da secretaria, uma sala da diretória, uma sala para o laboratório de informática, uma sala dos professores, uma cantina, uma biblioteca, uma sala para o Programa Mais Educação. Atende uma demanda de 476 alunos, 25 docentes, com funcionamento apenas do turno da manha e tarde (Figura 1B).

Foram amostrados na área da escola 17 indivíduos, distribuídos em 6 espécies, 6 gêneros,  sendo 7 indivíduos da Mangifera indica L. (mangueira), 6 spp. Ficus benjamina L. (figueira), as demais apresentando um individuo, entre elas: Anadenanthera peregrina (L.) Speg.(angico-preto), Spondias mombim L. (cajazeira), Anacardium ocidentale L. (cajueiro), Psidium guajava L. (goiabeira). A arborização da escola é satisfatória, pois as árvores estão distribuídas de acordo como tamanho da área.

 

 

 

3.    Unidade Escolar Pedro Falcão Lopes: Características físicas, estrutural e da Arborização.

 

A Unidade Escolar Pedro Falcão Lopes, é uma escola pública Municipal, situada na Rua Neusa Assunção s\n. Foi fundada em 1999, tendo sua 1º ampliação e reforma em setembro de 2005 e a 2º reforma com ampliação, climatização e monitoramento, com a criação da creche em 2014. Atualmente, oferece o ensino de Educação Infantil (Pré-escola), Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (Supletivo). Apresenta no quadro de servidores 85 funcionários, sendo 43 docentes, 962 alunos nos 3 turnos de ensino (Figura 51).

Na estrutura física a escola conta com 15 salas de aulas, sendo 4 para educação infantil, Sala de diretoria, Laboratório de informática, Quadra de esportes coberta, Cozinha (Alimentação escolar para os alunos, servidores), Biblioteca, Banheiros dentro do prédio, Banheiro adequado à educação infantil, Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, Dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, Sala de secretaria, Despensa, Almoxarifado, Pátio coberto.A escola oferece aos alunos várias atividades complementares como, apoio Escolar Em Letramento E Alfabetização, apoio Escolar Em Matemática, aula de dança, uma Rádio Escolar, aulas de Futebol E Futsal, aula de Xadrez.

A escola apresenta uma área verde bem representativa, com 25 indivíduos, 10 espécies e 9 gêneros. Entre as espécies a com maior número foi a Delonix regia (Boy.) Raf. (Flamboyant) com 8 spp, em seguida com 4 spp ficaram a, Azadirachta indica A. Juss. (nim) e a Clitoria fairchildiana Howard (sombreiro), com 3 ssp. A Adenanthera pavonina L. (olho-de-pombro) e com apenas um representante a Allamand acathartica Linn (alamanda), Parkia platycephala Benth. (olho-de-pombo), Handroanthus sp. Mattos (Ipê-amarelo), Handroanthus impetiginosa (Mart. ex DC.) Mattos (ipê-roxo), Tecoma stans(L.) H.B.& k. (ipêzinho).

 

 

4.    Unidade Escolar Maria Conceição Teófilo Silva: Características físicas, estrutural e da Arborização

 

A escola C. E. Maria da Conceição Teófilo Silva (Escola Estadual), conhecida até 2015 como C. E. Marechal Arthur da Costa e Silva, mudança feita pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e publicada no diário oficial, onde dez escolas em nove municípios maranhenses que possuíam nomesde ex-presidentes do Brasil, que governaram sob o regime militar,em homenagem a tais personalidades (ditadores) que constam no Relatório Final da Comissão da Verdade como responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial tiveram modificadas suas nomenclaturas.

A escola fica localizada na Rua Filomena Rios da Cunha, contém 11 salas de aula, sala da diretoria, sala da secretaria, sala de professores, laboratório de informática, cozinha, biblioteca, banheiros, pátio coberto (Figura 1D).

Na escola foram diagnosticados 9 indivíduos, 4 espécies e 4 gêneros, sendo a Terminalia catappa L. (amendoeira) com 4 spp, seguinda de 3 spp. da Azadirachta indica A. Juss.(nim), e com uma spp. A Delonix regia (Boy.) Raf. (Flamboyant) e a Mangifera indica L. (mangueira). A área da escola apresenta uma presença do verde considerável, haja vista que á área total é pequena.

Figura 1. Fachada das escolas amostradas: A- Unidade Escolar João Fonseca Maranhão; B - Unidade Escolar José Waquim; C - Unidade Escolar Pedro Falcão Lopes e D - Unidade Escolar Maria Conceição Teófilo Silva.

 

 

 

Fonte. Autores, 2016.

 

Observou-se que nas escolas o acesso a área verde, é restrita ao público do espaço, sendo aberta sem interferência de divisão, e livre para contemplação, ou seja, as árvores estão em uma quantidade expressiva,podendo ser considerada um jardim de área verde.

Arborização escolar atualmente como fonte de pesquisa ainda é um campo pouco explorado, com baixo número de publicação no Brasil. Nesse sentido, devemos entender toda a configuração dessa área de atuação da botânica aplicada (arborização) e o que a vislumbra.

Nas cidades os espaços arborizados com áreas apresentando um bom sombreamento arbóreo são importantes porque apresentam melhores desempenhos térmicos, proporcionando conforto térmico aos usuários, bem como contribuições e benefícios como as estratégias de resfriamento evaporativo, umidificação, melhoramento do microclima, que resultará em um ambiente externo mais atrativo e adequado ao uso (RIBEIRO, et al., 2015).

O microclima proporcionado pela vegetação é influenciado diretamente por suas características e composição. As diferentes tipologias de floresta urbana com quantidade de vegetação mais expressiva (remanescente florestal, área verde com paisagismo e arborização de ruas) apresentam microclima distintos com menores valores de temperatura e maiores de umidade relativa (MARTINI, et al., 2015).

Tais espaços são lugares impares e configuram-senuma escala espacial como material ou imaterial, o primeiro representa o estado físico, já o segundo um patrimônio imaterial, pois nele estão implícitos os laços sociais, como uma sobreposição de ideias, crenças, valores e sentimentos. É importante porque guardamos em nossas lembranças e emoções, podemos identificá-los com afetos e experiências de vida, o que faz com que os lugares compareçam na formação complexa das personalidades humanas (NÓR, 2013).

De acordo com os autores o lugar é um espaço diferenciado (dos outros) pela combinação especifica de variáveis, representada por seu meio ecológico, pelas possibilidades técnicas disponíveis e desenvolvidas, pelas relações sociais estabelecidas e pelos padrões culturais próprios. Em lugares e paisagens, a materialidade e a imaterialidade são indissolúveis (NÓR, 2013).

Nesse entendimento e diante do exposto o sentido de lugar é para compreender os grupos sociais e suas interações, Já a paisagem, na qual está implícita a possibilidade de visualização, está mais identificada com o sistema de objetos, que é especializado de acordo com o processo histórico (NÓR, 2013).

A paisagem possibilita uma leitura do lugar e uma interpretação cultural, enquanto o lugar permite compreender a geografização de relações sociais específicas e diferenciadas, materializadas na paisagem.

Neste aspecto a escola se insere no mesmo contexto. É extremamente importante ter uma escola ou um espaço arborizado na cidade, pois sabe-se que a arborização desempenha importantes funções, interferindo fortemente nas condições do conforto ambiental.

 

CONCLUSÃO

 

Com essa pesquisa foi possível identificar as principais espécies arbóreas-arbustivas presentes nas escolas.  A escola com melhor arborização foi a Unidade Escolar Pedro Falcão Lopes, com 25 indivíduos, 10 espécies e 9 gêneros, apresentando uma área verde significativa, seguida da Unidade Escolar João Fonseca Maranhão com 21 indivíduos arbóreos, 10 espécies e 10 gêneros. A Unidade Escolar José Waquim e composta por 17 indivíduos, distribuídos em 6 espécies, 6 gêneros. A escola com menor número de árvores foi a Unidade Escolar Maria Conceição Teófilo Silva com 9 indivíduos, 4 espécies e 4 gêneros

Devido o número pequeno de espécies amostradas em cada escola, faz-se indispensável à implantação de um projeto de arborização que possa contemplar as áreas livre e melhorar o aspecto arbóreo local. Uma medida educativa importante a ser adotada em cada uma seria por meio de campanhas de conscientização Ambiental, bem como, perspectivas de realização de medidas interventivas de divulgação, como palestras com o objetivo de capacitar os adolescentes para adotar decisões conscientes e responsáveis.

 

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[1]Biólogo.Bi-graduado em Ciências Biológicas – UFPI e UESPI, Pós- graduado em Gestão e Educação Ambiental- UESPI, Pós- graduado em Biodiversidade e Conservação – UESPI, Pós- graduando em Gestão e Supervisão Escolar com docência do Ensino Superior – FAEME. Professor tutor do Curso de Pós-graduação em Gestão e Educação Ambiental do NEAD-UESPI. Email: lorranbio@hotmail.com

 

[2]Bióloga, Doutoranda em Desenvolvimento e meio ambiente (UFPI), Professora Tutora do curso de especialização em Biodiversidade e Conservação (UESPI). Email: kellypolyana@hotmai.com

³Bióloga, Doutora em Geografia/UFPE. Professora Adjunta III do Centro de Ciências da Natureza – CCN – UESPI. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Paisagismo e Meio Ambiente - NUPEMAP / UESPI.

 

4Bióloga, Doutora em Geografia –UFPE. Professora Adjunta IV do Centro de Ciências da Natureza, CCN – UESPI.Colaboradora do grupo de Pesquisa em Paisagismo e Meio Ambiente –NUPEMAP –UESPI.

5Bióloga, Doutora em Ciência Animal, Prof. do Curso de Ciências Biológicas (UESPI). Email: simoneuespi@gmail.com

 

Ilustrações: Silvana Santos