Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) PERCEPÇÃO AMBIENTAL & AS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS: UM ESTUDO DE CASO COM A MODALIDADE DA EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS (EJA)
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PERCEPÇÃO AMBIENTAL & AS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS: UM ESTUDO DE CASO COM A MODALIDADE DA EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS (EJA)

Edilma Nunes de Jesus

Graduada em Ciências Biológicas/ UNEB, Mestre em Agroecossistemas-UFS, Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFS. Email: edilmanunes@hotmail.com

Flavia Regina Sobral Feitosa

Graduada em odontologia/ UFS. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente- PRODEMA/UFS. Email: flaviareginasf@gmail.com 

Ivana Silva Sobral

Bacharelado e Licenciatura em Biologia/UFS. Mestre em Ciências biológicas/UFS. Doutora em Geografia – UFS. Email: ivanasobral@hotmail.com

Haiane Pessoa da Silva

Graduada em geografia/UFS, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente- PRODEMA.

Email: haianepessoa@yahoo.com.br   

Andréia Reis Fontes

Graduada em geografia/UFS, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente- PRODEMA.

Email: andreia.fontes@hotmail.com

Fernanda Flores Silva dos Santos

Graduada em geografia/UFS, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente- PRODEMA.

Email: nandaflores-20@hotmail.com

 

RESUMO

 

A análise da percepção ambiental se configura como um indicador de saberes ambientais, que apontam como os indivíduos percebem e agem sobre o ambiente, de forma que, é possível diagnosticar o nível de práticas (in) sustentáveis. Neste sentido, o objetivo deste estudo consistiu em diagnosticar como se configuram as práticas voltadas à sustentabilidade no ambiente escolar, além de analisar as concepções dos discentes sobre as temáticas voltadas às questões socioambientais. Para tanto, foram aplicados questionários e uma oficina de DRP conhecida como árvore de problemas, aos 27 estudantes do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos- EJA, que fazem parte da Escola Estadual Jorge Amado, no município de Nossa senhora do socorro-SE. Os resultados obtidos demonstraram que, os alunos percebem a necessidade da incorporação de atitudes mais sustentáveis por meio da mudança de comportamento e a incorporação de valores éticos para a promoção de um ambiente escolar mais equilibrado socioambientalmente.

 

Palavras-chave: sustentabilidade; educação ambiental; concepções.

 

INTRODUÇÃO

 

A crise ambiental traz à tona as forças contraditórias determinadas pela racionalidade econômica e tecnológica dominantes, onde embora existam avanços, mantêm-se verdadeiros retrocessos, a exemplo dos efeitos da acumulação do capital e maximização do lucro que esgotam os componentes naturais, degradam e comprometem os ecossistemas naturais. Logo, questiona-se de que forma os paradigmas do conhecimento irão apresentar respostas práticas capazes de reconstruir o saber, de forma a possibilitar uma análise integrada da realidade (LEFF, 2007).

Para Gadotti (2008), os chamados paradigmas clássicos, baseados numa perspectiva predatória e antropocêntrica são limitados e não dão conta de explicar o presente, tampouco de apresentar respostas às necessidades futuras, daí, faz-se necessária a construção de saberes voltado à sustentabilidade, que se concretizem em ações efetivas.

Dessa forma, a escola é o espaço onde os saberes sustentáveis são estruturados de forma a estimular novas posturas. Assim, educar para a sustentabilidade representa mobilização, socialização e sistematização do conhecimento como ferramenta crítica e emancipatória (BARROS; SILVA, 2009; SORRENTINO et al., 2005). A ideia de educação para a sustentabilidade é um desafio instituído pelas Nações Unidas desde 2002, que visa agregar esforços sinergeticamente para a difusão desta temática nas práticas e currículos escolares (RODRIGUEZ; SILVA, 2009).

Nesse sentido, os princípios de sustentabilidade trabalhados nas escolas conseqüentemente transformam atitudes, justamente pelo fato dos espaços escolares serem referências que estimulam alunos e comunidade. Assim, as ações participativas desenvolvidas nas escolas podem resultar no envolvimento e participação social com a finalidade de melhoria do seu ambiente e entorno (BORGES, 2011; SORRENTINO et al., 2005).

No entanto, embora o discurso da preocupação com as questões ambientais tenha se universalizado, as práticas nesse intuito em contrapartida, se concretizam num ritmo lento. Logo, é necessário que as escolas desenvolvam projetos e práticas voltados à sustentabilidade de forma espontânea e contínua (PROCHNOW et al., 2014; SORRENTINO et al., 2005). E, um dos pontos de partida para que se comece a instituir a sustentabilidade como princípio norteador das escolas, seria investigar os principais problemas socioambientais presentes, para a partir disso traçar metas de acordo com a realidade local.

Assim, estudos que abordam a percepção ambiental de discentes são válidos indicadores de como os saberes ambientais estão sendo aplicados nas escolas, além de apontarem como se percebe o ambiente vivido, bem como, quais as estratégias que poderão ser planejadas (MALAFAIA; RODRIGUES, 2009; SOUZA; TRUGILLO, 2012). Nesse contexto, o presente trabalho teve o objetivo de diagnosticar, por meio da percepção de estudantes da EJA (Educação de Jovens e Adultos), como se configuram as práticas voltadas à sustentabilidade inseridas no ambiente escolar, além de analisar as concepções destes discentes sobre as temáticas voltadas às questões socioambientais.

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

Educação Ambiental & Sustentabilidade

 

A Educação Ambiental (EA) é uma ferramenta capaz de fomentar a aquisição de conhecimentos, valores e habilidades voltados à atuação na resolução dos problemas ambientais, ajudando a formar comportamentos ambientalmente mais adequados coletivamente (PELICIONI, 1998).  

Assim, busca-se pela EA a concretização da sustentabilidade socioambiental, entendida não como o mecanismo de desenvolvimento econômico, mas como elemento propulsor de equidade, em que se articulam princípios de ecologia e de justiça social em prol da construção de uma sociedade ambientalmente mais sustentável, que respeite os limites potenciais dos ecossistemas, resguardando-os para as futuras gerações (LEFF, 2010).

A EA baseada nos princípios da sustentabilidade extrapola o que é determinado pelo desenvolvimento sustentável, principalmente, com respeito aos valores éticos e a ideia de justiça social que apresenta potencial de mitigar os efeitos predatórios do modelo de crescimento econômico imposto pelo capitalismo. Nesse sentido, os esteios do desenvolvimento sustentável estão ancorados fundamentalmente em uma base ecológica, e justamente por esse fato contempla algumas limitações, pois, um modelo de consumo exorbitante da sociedade atual é insustentável a médios e longos prazos e o critério de qualidade de vida de cada nação deve ser pautado não pelos países desenvolvidos, mas pelo grau de satisfação e valores culturais de cada sociedade (DIEGUES, 2008).

Esta nova racionalidade ambiental deve ser pautada na ética ambiental, que:

 

[...] vincula a conservação da diversidade biológica do planeta ao respeito à heterogeneidade ética e cultural da espécie humana. [...] entrelaçando, o direito humano a conservar a própria cultura e tradições, o direito de forjar seu destino a partir de seus próprios valores e formas de significação do mundo com os princípios da gestão participativa para o manejo de seus recursos de onde as comunidades derivam suas formas culturais de bem-estar e a satisfação de suas necessidades (LEFF, 2001, p.94).

 

Percebe-se então que, a sustentabilidade extrapola a definição de desenvolvimento sustentável, possuindo uma lógica circular e inclusiva, pois busca o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas, a cooperação e a qualidade de vida das pessoas (BOFF, 2012). Assim, é imperioso que cada comunidade se estruture em termos de sustentabilidades próprias, na medida em que este aspecto possibilita a cada uma delas definir seus padrões de produção, consumo e de bem-estar, a partir de sua cultura, de seu desenvolvimento histórico e de seu ambiente natural.

Dessa forma, a sustentabilidade é um processo e não estado final, devendo ser analisada tanto na dimensão ecológica quanto socioeconômica, cultural e política, não contemplando propostas ou sugestões estáticas, mas que tenham a capacidade de renovação contínua, a partir das necessidades locais.

Além disso, a sustentabilidade sinaliza para evidenciar que as questões ligadas ao ambiente são simultaneamente problemas da sociedade, eis que o homem integra esse espaço e a agressão do mesmo têm impactos na saúde e qualidade de vida de todos (REIS et al., 2012). De maneira que, é necessário que o homem compreenda que não vive sozinho, os recursos naturais são finitos e a racionalidade na utilização dos mesmos é condição necessária para sua sobrevivência (ROOS; BECKER, 2012).

Nesse contexto, a UNESCO (1975), logo após a Conferência de Belgrado, apontou a Educação Ambiental (EA) como um mecanismo para formação de uma população, consciente, crítica e com habilidades e competências para trabalhar individual e coletivamente para prevenir que os problemas ambientais aconteçam, ou se estes já ocorrerem que sejam remediados seus impactos, evitando–se a repetição desses agravos.

Desta forma, a EA tem por objetivo “induzir dinâmicas sociais, de início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais” (SAUVÉ, 2005, p. 317). Assim, uma EA transformadora possibilita a implantação de políticas públicas integradas que incorpore as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas em prol de respostas mais participativas e contextualizadas para resolução dos problemas ambientais (PELICIONI, 1998).  

Portanto, entende-se a EA como um processo político, de educação para a cidadania, instrumento de mudanças de práticas destinadas a construção de racionalidade instrumental que fomente a participação, à emancipação, à diversidade e à solidariedade. É um movimento para construção de uma cidadania ativa, pautada na co-responsabilização, por meio da ação coletiva e organizada, para se alcançar  a superação dos problemas ambientais (SORRENTINO; TRAIBER; FERRARO JÚNIOR, 2005).

 

Importância das Práticas de Sustentabilidade no Ambiente Escolar

A Educação Ambiental deve ser levada ao ambiente escolar, enquanto proposta que auxilie na elaboração de ações pedagógicas pautadas na sustentabilidade, na troca de conhecimentos, em prol da construção de novos saberes que possibilitem a apreensão dos processos sociais complexos e dos riscos ambientais vividos na sociedade atual (JACOBI, 2004).

Educar para a sustentabilidade requer também a mudança de práticas e a incorporação de valores éticos de todo o corpo escolar, tendo inclusive os docentes que refletirem sobre as implicações de suas ações na formação dos alunos, devendo estes respeitarem a diversidade cultural e incentivarem a adoção de medidas sustentáveis no ambiente escolar (FREIRE, 2007).

Logo, o grande desafio dos docentes é formar para a cidadania, é capacitar pessoas para enfrentem a lógica de exclusão e desigualdade imposta pelo mundo contemporâneo, sendo aptos a gerirem os riscos socioambientais e a atuar como agentes mobilizadores que entendem a necessidade de garantir o acesso à informação para construir canais abertos de efetiva participação social.

Além disso, a criação de escolas sustentáveis perpassa também pela necessidade de reestruturação dos conteúdos dos currículos escolares, em função da “dinâmica da sua própria complexidade e da complexidade ambiental, em todas as suas manifestações sociais, econômicas, políticas e culturais” (JACOBI, 2004, p. 28).

Outro desafio a ser buscado com a implantação de escolas sustentáveis é formar espaços onde as questões ambientais sejam trabalhadas junto ao resgate e desenvolvimento de valores e comportamentos mais éticos, ou estimulando uma visão global e crítica das temáticas ligadas ao ambiente, dando um enfoque interdisciplinar que possibilite a construção de saberes pautados numa nova racionalidade ambiental (SORRENTINO, 1998).

Sorrentino, Portugal (2015, p. 8) destacam que “as escolas e comunidades podem ser referências concretas de sustentabilidade socioambiental se conseguirem estabelecer elos entre o seu currículo, gestão e os espaços físicos, com apoio e participação da comunidade”.

Esses autores propõem ainda o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Educação para que a Política Municipal de Educação seja constantemente discutida e avaliada, possibilitando a construção de um projeto político territorial que fomente a construção de círculos de aprendizagem participativa e de desenvolvimento local.

Para Luck (2002), a participação no ambiente escolar pressupõe o envolvimento dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da escola. De maneira que, essa participação pode ocorrer em dois sentidos:

“a de caráter mais interno, como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, dos alunos, constituindo prática formativa, isto é, elemento pedagógico, curricular, organizacional; b) a de caráter mais externo, em que os profissionais da escola, alunos e pais compartilham, institucionalmente, certos processos de tomada de decisão” (LUCK, 2002, p. 66).

 

Nesse sentido, Libâneo (2002) assevera que a participação comunitária é o principal mecanismo para implantar uma gestão democrática, que garantirá um processo de tomada de decisão mais idôneo, contextualizado e focado na qualidade de vida dos indivíduos envolvidos.

Isto posto, uma Educação Ambiental voltada para a mudança das práticas deve ser ancorada na relação (dialética/dialógica) entre indivíduo e a vida social, tornando os sujeitos aptos a refletirem a realidade em que vivem e a buscarem intencional e coletivamente conhecimentos que os capacitem para atuar como agentes transformadores da sociedade (GUIMARÃES, 2007).

Essa nova proposta de EA vai além da implantação hortas e separação de lixo nas escolas, ela visa refletir sobre as atitudes locais e iniciativas como “a construção participativa do projeto político pedagógico da escola; a constituição de grêmios estudantis; associações de pais e mestres; conselhos escolares/comunidade; implantação de agendas 21 escolares e comunitárias” que são boas oportunidades para se pensar coletivamente modelos mais contextualizados de discussão acerca da sustentabilidade (GUIMARÃES, 2007, p.91).

Assim, é importante realizar estudos sobre percepção ambiental para compreender a relação da sociedade com seu ambiente, pois a organização e interpretação das sensações de cada comunidade são traduzidas e guiadas pela lente da cultura e da educação vivenciada por cada povo (RODRIGUES et al., 2012).

Freire; Abílio (2012) entendem a percepção ambiental como toda a vida social e arcabouço cultural do ser humano, de modo que a identificação dessas variáveis pode auxiliar no planejamento das atividades escolares e nos temas a serem abordados nas ações de Educação Ambiental, pois reconhecer as potencialidades que precisam ser realçadas ajuda a desenvolver a criticidade dos alunos frente à problemática ambiental.

Desta forma, analisar a percepção ambiental dos educandos permite delinear um diagnóstico mais fidedigno das práticas realizadas na escola, auxiliando os discentes a desenvolverem atitudes ambientalmente mais sustentáveis, já que compreendem o ambiente vivido, sua dinâmica e o contexto social em que estão inseridos (FERNANDES et al, 2003).

 

MATERIAIS E MÉTODOS

 

A pesquisa ocorreu na cidade de Nossa Senhora do Socorro-SE, localizada na micro-região do Vale do Cotinguiba e no Nordeste do Brasil. Possui 155.334 mil habitantes e apresenta 157,2 Km2 de extensão territorial, o que corresponde a 0,7% de toda a área do estado de Sergipe e 7,4% da região da Grande Aracaju. O município limita-se com as cidades de Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas, sendo composto por diversos conjuntos habitacionais e entre os maiores estão: Marcos Freire I, II e III, João Alves, Piabeta, Fernando Collor, Conjunto Jardim, Parque dos Faróis e Taiçoca (IBGE, 2010).

A área estudada é a Escola Estadual Jorge Amado, localizada na Avenida A, s/n, Conjunto João Alves Filho no município de Nossa Senhora do Socorro. A estrutura física desse espaço é precária, com 15 salas pouco arejadas e com cadeiras e paredes mal conservadas, não possui sala de informática, atendendo a 312 alunos nos três turnos. O público-alvo dessa pesquisa foram 27 estudantes das duas turmas da quarta etapa do Ensino Médio noturno da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A escolha do público-alvo justifica-se no fato de que os jovens e adultos apresentam um contexto de vida diversificado, onde o mundo do trabalho já está inserido na maioria das vezes na rotina dessas pessoas, influenciando sua formação política e outras questões culturais, que vão além do meio escolar (MALAFAIA; RODRIGUES, 2009).

O presente estudo é descritivo e de natureza qualitativa, onde a coleta de dados se deu através de pesquisa bibliográfica e de campo. Na etapa de campo foram aplicados questionários e realizou-se uma atividade em grupo nas turmas da quarta etapa do ensino médio da EJA.

Assim, inicialmente fez-se a apresentação da proposta de trabalho e aplicou-se um questionário para auferir a percepção ambiental dos discentes acerca da existência de práticas sustentáveis no ambiente escolar e suas concepções socioambientais. O termo de livre consentimento foi entregue juntamente com esse instrumento para que todos fossem informados acerca do objetivo da pesquisa e para que a divulgação posterior dos dados estivesse autorizada. Na sequência, as pesquisadoras realizaram uma exposição oral sobre como se dá a “Criação de Espaços Sustentáveis” trazendo ainda experiências exitosas de implantação dessa iniciativa. 

Logo após, foi aplicada a dinâmica em grupo da “Árvore de Problemas” que é uma técnica de pesquisa que visa analisar aos problemas socioambientais presentes no ambiente escolar e a partir deles coletivamente pensarem estratégias de melhoria da realidade (VERDEJO, 2006). 

Deste modo, os alunos foram orientados a desenhar uma árvore e escrever nas suas raízes as principais causas dos problemas socioambientais.  O tronco representou à problemática, que a existência de escolas sustentáveis. E, a copa da árvore expressou o que alunos esperam que a escola possua para ser uma escola sustentável (Figura 1). Ao final, os resultados foram discutidos e os discentes propuseram estratégias para dar resolutividade às questões apontadas. 

 

Figura 1. Esquema representando a dinâmica “Árvore de Problemas”. Fonte: Adaptada de:      https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-árvore+de+problemas&oq=árvore+de+problemas&gs_l=img.3

 

Para a análise dos dados coletados, tabularam-se as informações quantitativas no programa Excel (2007) e as questões abertas (dissertativas) foram agrupadas em categorizadas de respostas, analisadas e discutidas no texto em forma de tabelas, gráficos e exposição das falas apresentadas pelos estudantes.

A categorização dos dados relacionou-se a análise e discussão das principais questões da pesquisa: - Perfil dos entrevistados; - Concepções dos alunos sobre meio ambiente e causas da crise ambiental; - As principais práticas relacionadas à sustentabilidade desenvolvidas na escola e os Problemas ambientais e prováveis soluções apontadas pela turma.

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

  1. Perfil dos Entrevistados

 

Participaram da pesquisa um total de 27 alunos, sendo 13 do sexo masculino e 14 do feminino, indicando uma homogeneidade de gênero.  A faixa etária variou entre 20 a 35 anos, ou seja, tem-se um público-alvo relativamente jovem onde 60% deles ainda não ingressaram no mercado de trabalho e 40% desenvolvem atividades remuneradas (Figura 2).

 


Figura 2. Faixa etária dos alunos entrevistados da Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Nesse contexto, estudos apontam que o mercado de trabalho é precário para estudantes da modalidade jovens e adultos, pois, a ausência de níveis educacionais adequados influencia negativamente o acesso desses jovens às oportunidades de trabalho (IPEA, 2003).

 

  1. Concepções sobre: meio ambiente X crise ambiental   

 

Ao serem questionados sobre relação às suas concepções de meio ambiente, 55% dos alunos possuem uma visão naturalista, onde somente os fatores abióticos se destacam, priorizando a visão física do meio (SAUVÉ, 2005).

Em seguida, destaca-se a dimensão biótica (24%) refletindo ainda uma preferência pela visão naturalista. Apenas 12% demonstraram uma visão mais integradora das informações, o que reflete uma percepção simplista do meio (Figura 3).

 

Figura 3. Fatores que compõem o meio ambiente de acordo com os entrevistados. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Para Fonseca e Oliveira, (2011), a concepção naturalista, apega-se principalmente aos elementos da natureza, enquanto objeto de contemplação ou paisagem, excluindo-se o homem. E essa tendência na prática, relaciona-se às atividades voltadas geralmente para as ações de cunho tecnicista, voltados para a conservação da natureza, sem incluir as dimensões culturais, sociais, econômicas e políticas presentes.

Estudos como o de Guarim (2002) e Pozza (2007) reafirmam ser bastante comum a associação da natureza a um objeto intocado, só preservado, longe do contato humano, e justamente por isso as representações de ambiente trazidas pelos alunos colocam o homem de maneira deslocada desse espaço.

Corroborando com os aspectos acima citados, foi possível notar nas falas dos estudantes um enfoque predominante de aspectos físicos, inclusive nas definições que apresentaram sobre desenvolvimento sustentável, como por exemplo:

“É economia de água, reciclagem de lixo e instalação de filtros para caminhões, ônibus e tratores” (Aluno 1).

“É a reutilização de matérias descartáveis” (Aluno 2).

“É economizar água, reduzir e reciclar o lixo” (Aluno 3).

 

Por fim, as falas dos discentes demonstraram a limitação dos mesmos em compreender o meio ambiente enquanto agrupamento de elementos físicoquímicos, ecossistemas naturais e sociais em que o homem se insere, individual e socialmente, a fim de desenvolver suas atividades cotidianas.

Entretanto, ao relacionar os fatores que promovem a crise ambiental, os estudantes conseguiram apresentar uma visão mais ampla, pois, “o somatório de todas às respostas” destacou-se entre as alternativas mais selecionadas. Além disso, a alternativa “desigualdades sociais” situou-se também entre as respostas mais frequentes, o que demonstra o reconhecimento por parte dos alunos de que os condicionantes socioeconômicos interferem no ambiente (Figura 4).

 

Figura 4. Causas que promovem a crise ambiental de acordo com os entrevistados da Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Dessa forma, a compreensão de que as questões/problemas ambientais não se restringem a fauna, flora, rio e mar, é um dos primeiros passos para que se amplie o olhar e se enxergue além dos fenômenos, mas percebendo-se as conexões que se relacionam com estes. Logo, é válido ressaltar que os problemas ambientais deverão ser percebidos de forma global, o que incita a uma postura crítica, renovada que supere a lógica antropocêntrica (GARRIDO; MEIRELLES, 2014; PENTEADO; FORTUNATO, 2010). Portanto, as ações que forem estimuladas no ambiente escolar contribuirão para formar novas visões/percepções do ambiente mais abrangente e factuais.

 

  1. Intervenções e práticas sustentáveis na escola

 

Assim, com relação às atividades desenvolvidas na escola que incentivem práticas voltadas à sustentabilidade, percebeu-se inicialmente que as temáticas ambientais não coadunam um posicionamento interdisciplinar, ao contrário as disciplinas de Ciências e Geografia são as duas áreas do saber que mais fazem este tipo de abordagem (Figura 5).  

Em trabalho semelhante Barros e Silva (2009), verificaram que a disciplina “Ciências” abordava em maioria os temas ambientais. Isso reforça o fato de que muitas vezes nas escolas apenas uma ou outra disciplina fica “encarregada” de tratar dos problemas ambientais, pelo simples fato de que em seu currículo já estão previstos conteúdos relacionados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 5. Questões ambientais abordadas nas disciplinas da Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

 

Essa realidade tem que ser modificada, pois a discussão das questões ambientais requer o aprofundamento de temas que dizem respeito a diversas áreas de estudo e saberes devendo, portanto, ser trabalhados de forma interligada e nas mais diversas disciplinas. Isso ocorre em virtude da temática ambiental englobar uma variedade de problemas, que penetram em todas as instâncias de análise, tornando o enfrentamento desta questão complexa (PELEGRINI; VLACH, 2011).

Outro fato observado é que os alunos não associam as discussões ambientais ocorridas nas disciplinas, a exemplo de Ciências e Geografia, como abordagens realizadas na escola de forma corriqueira, pois, mesmo afirmando que as disciplinas citadas trabalham temas ambientais, a frequência de debates ambientais no ambiente escolar declarada pela turma variou entre “raramente (44,4%) e não trabalha (37,04%)” e isso pode estar vinculado ao fato de que as atividades de EA realizadas ocorrem esporadicamente, como verificado na Figura 6.

 

 

Figura 6. Frequência das questões ambientais abordadas na Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Dentre os “temas ambientais de maior interesse da turma” foram apontados a questão do tratamento e disposição dos residuos sólidos (51,85%)  e a gestão e manejo de recursos hídricos (33,3%) como destacado na figura 7. Atribui-se a escolha dessas temáticas ao fato da escola está situada numa área de vulneralibilidade socioambiental e as questões inerentes ao saneamento básico serem práticas sustentáveis ainda não consolidadas nesses locais.  

 

Figura 7. Temas de interesse dos estudantes da Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Cribb (2010) em seus esudos sugerem que os alunos escolham os temas ambientais a serem discutidos a partir de uma lista prévia de temáticas sugeridas pelos professores. Iniciativas dessa natureza estimulam a curiosidade e facilitam o alcance de uma aprendizagem significativa.

 A respeito das práticas sustentáveis aplicadas na escola, a economia de energia obtida através do uso de lâmpadas mais econômicas (66,67%) e o uso racional da água (40,74%) foram as ações mais frequentemente adotadas (Figura 8).

Figura 8. Temas de interesse dos estudantes da Escola Estadual Jorge Amado – Nossa Senhora do Socorro- SE. Fonte: PESQUISA, 2016.

 

Essas medidas podem ser caracterizadas como ações mínimas, pois não existem mudanças relevantes de currículo e estrutura do funcionamento escolar, ainda havendo a necessidades de implantação de várias melhorias para que seja possível construir uma escola sustentável.

 

  1. Problemas socioambientais percebidos pela turma

 

Com a construção da “Árvore de problemas” em grupo, foi possível identificar quais seriam os problemas socioambientais e as prováveis soluções, de acordo com a visão dos alunos. Todos os estudantes participaram da atividade proposta e isso contribuiu para que o objetivo almejado fosse alcançado. E, com relação aos dados coletados, verificou-se que as principais causas dos problemas socioambientais da escola são respectivamente (Tabela 1):

 

Tabela 1. Principais problemas socioambientais de acordo com o público-alvo da atividade.

Problemas

N° de vezes em que foi citado

  1. Acúmulo de lixo

5

  1. Alimentação irregular

5

  1. Desperdício de água

1

  1. Estrutura física precária

4

  1. Falta de acesso para cadeirantes

3

  1. Falta de bicicletário

2

  1. Falta de horta escolar

1

  1. Higienização irregular do espaço físico

2

  1. Presença de insetos na escola

1

  1. Ventilação ruim

2

 

O acúmulo de resíduos sólidos aparece como um dos principais problemas, de acordo com as respostas dos estudantes. Nesse sentido, a destinação inadequada desses dejetos é um fator comum a várias escolas brasileiras e, a Educação Ambiental se destaca como ferramenta de incentivo para novos hábitos e posturas aplicados na própria escola (SOUZA et  al., 2013).

Outro problema apontado foi à alimentação irregular e, estudos relatam que a inconstância da alimentação escolar contribui para o baixo rendimento dos estudantes, sendo este, portanto, um direito de todos os discentes, incluindo o público que freqüenta o período noturno (SANTOS et  al., 2007).

A estrutura física precária também foi indicada pelos discentes como problema socioambiental presente. Esta é uma realidade presente nas instituições públicas, que prejudica o trabalho dos professores, bem como, a aprendizagem dos alunos. Entretanto, existe nesses espaços uma verdadeira disparidade entre a liberação de recursos e a efetivação de projetos que realmente transformem o ambiente das escolas públicas em um local acolhedor e que ofereça metodologias diversificadas para as aulas (CARVALHO; BORGES, 2010).                                                                                                             

De maneira geral, é válido ressaltar que os principais problemas socioambientais da escola apresentados pelas turmas foram voltados, em maioria para os elementos físicos, pois, não houve relato, por exemplo, da necessidade de resgate de valores (compreensão, amizade, respeito, etc.) ou da participação dos pais e comunidade como questões relevantes. Esse fato revela uma maior dificuldade em relacionar outros fatores presentes, além dos elementos físicos, o que é justificado pelo fato da percepção do ambiente estar vinculada a reflexão de base interdisciplinar do sujeito, e isso envolve uma grande diversidade de fatores, que vão além das condições físicas de um local (MIRANDA, 2007).

Com relação às soluções apontadas, estas foram extremamente relacionadas aos problemas apresentados anteriormente, baseando-se em maioria nas melhorias de estrutura física (Tabela 2).

 

Tabela 2. Soluções apresentadas pelos discentes com relação aos problemas sociambientais da escola.

Soluções

N° de vezes em que foi citado

  1. Alimentação saudável

2

  1. Coleta seletiva

4

  1. Conscientização dos alunos para melhorar a higienização dos banheiros

2

  1. Criar uma horta orgânica

3

  1. Dedetização

2

  1. Incentivar e praticar a economia de água

1

  1. Melhoria da gestão da verba escolar

1

  1. Rampa sinalizada para cadeirantes

1

  1. Reforma  da instalação elétrica, quadra, sala e banheiros

4

  1. Uso de papel reciclado

1

 

A noção de ambiente como algo fragmentado, compartimentado pelas disciplinas escolares é uma das graves deficiências na produção do saber. E, esse fato impede que se reflitam os problemas de forma contextualizada. Dessa forma, pode-se inferir que a percepção da problemática socioambiental requer uma maior compreensão da realidade, que permita uma análise integrada, e isso é possibilitado juntamente com uma nova forma de construir o conhecimento, que por sua vez, é contrária ao processo descontextualizado de mera “transmissão de informações” (LEFF, 2007; MORIN, 2004). Nesse sentido pode-se inferir que embora todos os estudantes tenham se posicionado criticamente para apresentar suas concepções sobre a problemática socioambiental da escola, ainda é necessário que sejam desenvolvidas em sala de aula outras atividades que trabalhem numa perspectiva mais interdisciplinar e reflexiva.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O trabalho proposto contribuiu para perceber que fomentar atividades lúdicas e participativas no ambiente escolar auxilia a desenvolver o senso crítico dos alunos, os sensibilizando para as temáticas ambientais. Eis que é necessário desenvolver hábitos sustentáveis desde o processo inicial da formação discente, a fim de que a educação formal seja um locus gerador de cidadãos mais conscientes do ponto de vista ambiental.

O diagnóstico socioambiental realizado pelos alunos revelou ainda que os mesmos só percebem a necessidade da incorporação de atitudes mais sustentáveis quanto aos aspectos físicos desse espaço, não entendendo as mudanças comportamentais e a incorporação de valores éticos como essenciais à construção de um novo modo de se estabelecer a relação entre o homem e o ambiente.

Portanto, vislumbra-se a necessidade da escola trabalhar valores pautados na sustentabilidade de modo interdisciplinar, com a socialização deste saber entre as disciplinas e a comunidade escolar, pois, propostas mais viáveis e inclusivas de melhoria do ambiente escolar e do entorno, só lograrão êxito se a participação desses atores se fizer presente em todas as etapas, desde o planejamento até a execução dessas propostas.

 

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Ilustrações: Silvana Santos