Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Dinâmicas e Recursos Pedagógicos
27/11/2016 (Nº 58) DINÂMICA PARA SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHADA EM GRUPO, EM SILÊNCIO
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DINÂMICA PARA SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHADA EM GRUPO, EM SILÊNCIO

 

Berenice Gehlen Adams

 

A dinâmica pretende despertar a atenção de educadores, educadoras para a importância de trabalharmos o silêncio para ampliar os outros sentidos e aquietar a mente, além de sensibilizar. Trabalhar o silêncio com os alunos - sejam eles de qualquer idade - é um grande desafio, mas traz muitos benefícios como os relatados nesta prática. A caminhada em silêncio é uma atividade que pode ser replicada em diferentes momentos das práticas pedagógicas, nos mais variados tipos de ambiente: dentro da sala de aula, pelos corredores da escola, pelo pátio, em praças, parques... O silêncio desenvolve, de forma mais aguçada, as capacidades perceptivas.

 

 

CAMINHADA EM GRUPO, EM SILÊNCIO

 

Objetivo: Andar em silêncio na mata, prestando atenção em tudo.

 

Desenvolvimento: Caminhar por alguns minutos com o grupo, em silêncio, durante o maior tempo possível, podendo chegar a meia hora, no máximo.

 

Fechamento: Fazer um grande círculo e solicitar que os alunos coloquem suas impressões sobre a caminhada em silêncio.

 

Impressões da atividade: Foi possível perceber, durante a caminhada do silêncio, o quanto os alunos ficaram surpresos com esta proposta tão simples, e ao mesmo tempo enriquecedora, pelo fato de estarmos em grupo e não conversarmos, revelando ser um momento raro, portanto, muito significativo.

No início, fui à frente para comandar, silenciosamente, a caminhada. Enquanto caminhava, ora eu tocava em troncos – para incentivar o tato –, ora ia bem próximo a alguma planta para ver de perto algum detalhe – para incentivar a visão. Em certos momentos, eu parava para ficar escutando o ruído da mata, o que eles faziam também – para incentivar a audição.

No meio da caminhada, chegamos a uma represa. Fizemos uma parada e nos acomodamos para apreciar o local. Como percebi que os alunos ainda não haviam estado ali, convidei o professor Matheus, que nos acompanhava, para contar um pouco da história daquela represa. Mas, antes, disse que quebraríamos o silêncio apenas para escutar o professor e que, em seguida, retomaríamos a caminhada em silêncio, para concluir a atividade.

No retorno, fiquei atrás do grupo para observar, e todos demonstraram estar mais integrados ao ambiente, prestando atenção a tudo ao redor. Alguns pegavam objetos do chão, cheiravam flores e folhas, passavam a mão em plumas, penas, galhos. Outros paravam, olhavam para cima e ao redor.

De volta ao ponto de partida, fizemos um grande círculo e cada aluno pode expor o que sentiu e percebeu na atividade. As diversas impressões foram muito enriquecedoras, sendo possível perceber coisas que, sem o compartilhamento das sensações, não teríamos percebido.

Houve, ainda, o convite de alguns para realizarem atividades dinâmicas como a proposta de cantar uma canção fazendo gestos, assim como, outro aluno declamou um poema de sua autoria. Assim, a atividade foi encerrada.(ADAMS, 2015, p. 93)

 

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Fotos: Valdir Lamim-Guedes

 

 

Referência: Adams, Berenice Gehlen. Pela trilha da sensibilidade. Novo Hamburgo : Apoema Cultura Ambiental, 2015.

 

Ilustrações: Silvana Santos