Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Plantas medicinais
27/11/2016 (Nº 58) 12 PLANTAS MEDICINAIS PARA CULTIVAR NO JARDIM
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12 PLANTAS MEDICINAIS PARA CULTIVAR NO JARDIM

 

O uso de plantas medicinais para curar e prevenir doenças é uma prática milenar, provavelmente utilizada pelo homem desde a Idade da Pedra

Um dos primeiros registros históricos dessa prática é um texto chamado “Matéria Médica”, escrito no século 1 pelo médico grego Dioscórides.

Durante a Antiguidade era comum a crença de que sinais externos poderiam indicar as propriedades medicinais das plantas. Um exemplo era a convicção de que plantas com folhas em forma de coração (cordiformes) fossem úteis no tratamento de doenças cardiovasculares.

Outro método utilizado pelos antigos era a observação do comportamento dos animais após a ingestão de certas plantas. De acordo com a reação do animal, eles concluíam se aquela espécie vegetal poderia ou não ser utilizada de forma terapêutica.

Embora o uso medicinal das plantas seja tão antigo, foi somente no século 17 que os químicos descobriram que a ação terapêutica dos vegetais devia-se a uma mistura de certos elementos presentes em suas folhas, caules ou raízes. Essa mistura é chamada de princípio ativo. Cada um dos elementos constituintes do princípio ativo é chamado de fármaco.

No século 19 os cientistas conseguiram isolar o primeiro fármaco obtido a partir de uma planta. Mas foi só em meados do século 20, com o avanço da química orgânica e das técnicas de extração, que o conhecimento sobre as plantas medicinais se consolidou, servindo como base para a elaboração de diversos medicamentos hoje em dia produzidos pelos grandes laboratórios farmacêuticos.

Atualmente, cerca de 90 espécies vegetais são reconhecidas cientificamente por suas propriedades medicinais. Dessas espécies são extraídos cerca de 120 fármacos, que são utilizados na produção de medicamentos. Algumas dessas plantas são nativas do Brasil como, por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus jaborandi), do qual se extrai um fármaco usado no tratamento do glaucoma, a estévia (Stevia rebaudiana), que contém uma substância utilizada como adoçante dietético, e a pariparoba (Pothomorphe umbellata), que possui um composto, descoberto recentemente, eficaz na proteção contra a ação nociva da radiação ultravioleta.

Outra prática bastante difundida é a fitoterapia, ou seja, o uso de partes vegetais (frutos, flores, folhas, caules ou raízes) para a produção de infusões, cápsulas e pomadas terapêuticas. A eficácia da maioria dos remédios fitoterápicos ainda não foi comprovada cientificamente.

Também é comum o uso de plantas medicinais na produção de bebidas como, por exemplo, o café e o chá preto. O café contém cafeína e o chá preto, uma substância chamada teína, e ambas possuem propriedades estimulantes do sistema nervoso central.

Veja o que plantar

 

Erva-cidreira. Também chamada de melissa, essa planta é útil no tratamento de problemas digestivos, problemas de sono, ansiedade, nervosismo, herpes labial, etc. Além disso, a melissa pode ser usada em sucos, chás e doces, dando um aroma e sabor refrescantes.

Manjericão. O manjericão é uma planta muito aromática amplamente usada na cozinha, em saladas, molhos, pizzas, sopas e até sucos. Além do seu delicioso sabor, essa erva ajuda nos problemas gastrintestinais, como dispepsia, flatulência, mau hálito e até na tosse. Seus efeitos ainda são benéficos nos casos de bronquite e aftas.

Orégano. Outra planta amplamente usada em molhos, pizzas, carnes e saladas, o orégano tem efeitos antissépticos, digestivos e expectorantes, sendo útil no tratamento de resfriados, tosses, bronquites e problemas digestivos como a dispepsia.

Tomilho. Essa erva aromática vai muito bem com molhos, frango, na pizza e até em chás. Ele também é um excelente fluidificante e expectorante, sendo útil no tratamento da tosse, bronquite, congestão nasal, sinusite e resfriados.

Alecrim. O alecrim também é muito usado na culinária em molhos, sopas, caldos e carnes. Seu óleo essencial é rico em antioxidantes que também têm propriedades anti-reumáticas, depurativas e diuréticas. Externamente, o óleo essencial de alecrim pode ser usado para artrites, artroses e reumatismos. Internamente, o alecrim é usado contra tosse, dor de cabeça, cistite, úlceras e até contra o Alzheimer.

Hortelã. Outra planta aromática, a hortelã é usada em chás, sucos, doces, pratos salgados, molhos para salada, molhos quentes e assados. O óleo essencial rico em mentol possui propriedades digestivas e espasmolíticas, sendo útil nas cólicas abdominais, flatulência, colite, mau hálito e síndrome do intestino irritável.

Aloe. Também conhecida como aloe-vera e babosa, essa planta é rica em mucilagens, vitamina E e C que são excelentes aliadas na saúde da pele. Sua seiva interna é usada para aliviar queimaduras, promover cicatrização, hidratar a pele, acalmar irritações e psoríase. Suas propriedades antissépticas são empregadas para limpar cortes e ferimentos abertos, aftas e inflamações. Além disso, o uso interno da aloe é laxativo.

Boldo-do-chile. Esse arbusto de pequeno-médio porto é muito empregado por suas propriedades digestivas, sendo uma das plantas medicinais mais usadas para para dor de barriga, problemas de digestão, flatulência, espasmos e úlceras. O uso mais comum do boldo-do-chile é na forma de chá (infusão), mas também há comprimidos, cápsulas e gotas da planta.

Arruda. Essa planta é largamente conhecida no Brasil. Seu uso é externo (na forma de banho de arruda) e age na melhoria de varizes melhorando a circulação vascular. O uso interno é contraindicado devido à toxicidade hepática da arruda.

Capim-limão. Também chamado de capim-cidreira, capim-santo e citronela, o capim-limão pode ser usado em sucos e chás e dá um leve sabor refrescante às preparações. Como uso interno, essa planta é excelente aliada na melhora do nervosismo e estresse. Externamente, o seu olho essencial é usado como repelente de mosquitos.

Salsa. Popularmente conhecida como salsinha, essa erva aromática é largamente usada na culinária, em pratos salgados, molhos, assados, etc. O que muita gente não sabe é que a salsinha é uma planta medicinal com ações contra cistite, reumatismo, flatulência e na melhora do mau hálito. O uso excessivo de salsa, no entanto, é prejudicial.

Sálvia. Também usada na culinária em molhos e pratos salgados, a sálvia é antisséptica e anti-inflamatória. Ela pode ser usada em casos de tosse, bronquite, rouquidão, dor de garganta e nas aftas.

Use a abuse do uso de plantas medicinais que também podem ser usadas na cozinha e cultivadas em pequenos vasos. Além de deixar sua comida mais saborosa, sua vida terá mais saúde.

 

(Fonte: Alice Dantas Brites/criasaude.com)

Disponível em: http://ineam.com.br/12-plantas-medicinas-para-plantar-no-jardim/

Ilustrações: Silvana Santos