É dentro do coração do homem que o espetáculo da natureza existe; para vê-lo, é preciso senti-lo. Jean-Jacques Rousseau
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 89 · Dezembro-Fevereiro 2024/2025
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Podcast(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(6)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(15)
Entrevistas(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(3)
Educação(1)
Você sabia que...(4)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(11)
Ações e projetos inspiradores(28)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
Notícias(41)
Dúvidas(4)
| Números
|
O que fazer para melhorar o meio ambiente
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR NO COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS?
Temos visto nos noticiários, a ocorrência de inúmeros incêndios florestais na Amazônia, no Pantanal e, também, no Estado de São Paulo. No período de estiagem, o risco de incêndios florestais se intensifica drasticamente, pois o fogo pode alastrar-se rapidamente por extensas áreas vegetadas, em um curto período de tempo. Além disso, as mudanças climáticas e seus eventos extremos têm afetado severamente o estado de São Paulo e o Brasil nos últimos anos. Esses incêndios, além de provocarem um grave impacto ambiental e prejuízos irreparáveis para os ecossistemas e a biodiversidade, com a destruição de grandes áreas florestais e de inúmeras espécies de árvores; a redução da fertilidade do solo; o assoreamento de rios, a redução de nascentes e da quantidade e qualidade da água; e a morte de inúmeras espécies de animais silvestres; podem provocar, também, ou agravar danos na saúde humana, como problemas respiratórios e cardíacos, em especial na saúde de idosos, crianças, gestantes e pessoas com problemas respiratórios, devido ao aumento da poluição do ar; podem causar perdas humanas ou graves queimaduras; podem desabrigar inúmeras famílias; interromper o fornecimento de energia elétrica; interromper as aulas nas cidades atingidas; e agravar as mudanças climáticas globais, devido à emissão de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Os incêndios podem atingir florestas, Unidades de Conservação da Natureza, parques, matas ciliares, nascentes, reservas indígenas, alcançar residências e grandes ou pequenas propriedades rurais. Além disso, os incêndios podem ameaçar as cidades e colocar em risco motoristas nas estradas e rodovias; cobrir o país com uma densa camada de fumaça na atmosfera e espalhar fuligem e partículas da queima, o que compromete seriamente a qualidade do ar e prejudica o funcionamento dos aeroportos do país. Os incêndios ainda causam danos materiais e prejuízos econômicos, como perda de patrimônio e dispêndio de recursos públicos na prevenção e combate, além das despesas dos serviços de saúde, relativos ao aumento de atendimentos médico-hospitalares. “O incêndio florestal é caracterizado pelo fogo sem controle que avança sobre qualquer forma de vegetação, podendo ser iniciado pelo homem (intencional ou acidental) ou por fonte natural (raio)” (IBAMA). De acordo com a Lei nº 14.944, de 31 de julho de 2024, que “Institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo e altera as Leis n° 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 12.651, de 25 de maio de 2012 (Código Florestal), e 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) I – incêndio florestal: qualquer fogo não controlado e não planejado que incida sobre florestas e demais formas de vegetação, nativa ou plantada, em áreas rurais e que, independentemente da fonte de ignição, exija resposta. Principais causas dos incêndios florestais: Ações humanas (ações antrópicas), estão entre as principais razões das ocorrências de incêndios florestais como: propagação de fagulhas de fogueiras feitas de forma imprudente, próximas ou dentro de áreas de mata; Bitucas de cigarro ou fósforos jogados de forma negligente nas rodovias ou em áreas de mata; Uso do fogo para “limpeza” de terrenos e eliminação de vegetação rasteira e para queimar lixo; Soltura de balões, que é prática criminosa; Incêndios provocados por vândalos e incendiários criminosos; Uso irregular do fogo em atividades agropecuárias. Os incêndios florestais também podem ter causas naturais, como raios. A ocorrência de incêndios florestais, em São Paulo, é maior entre os meses de junho e outubro, sendo agosto e setembro os meses mais críticos, com maior número de eventos. O ar seco e a vegetação ressecada aumentam a probabilidade de aumento de focos de incêndio e a fumaça e a fuligem prejudicam a saúde e a qualidade de vida das pessoas. O problema das queimadas é tão grave, que a fumaça de incêndios florestais na Amazônia ou no Pantanal, por exemplo, pode afetar a qualidade do ar em São Paulo. O Estado de São Paulo possui o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, criado pela Lei estadual nº 10.547, de 02 de maio de 2000 e regulamentado pelo Decreto estadual nº 56.571, 22 de dezembro de 2010. O Sistema é denominado Operação São Paulo Sem Fogo. A Operação São Paulo Sem Fogo é formada por diversos órgãos estaduais, como as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta, também, com ações do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Fundação Florestal (FF) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Saiba mais: Sistema
Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios
Florestais (Operação São Paulo Sem
Fogo) Disponível
em: https://semil.sp.gov.br/sma/sp-sem-fogo/
|