Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo. José Ortega y Gasset
ISSN 1678-0701 · Volume XXIII, Número 92 · Setembro-Novembro/2025
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12/09/2025 (Nº 92) LIVRO COM AUTORIA INDÍGENA SOBRE AVES DO ALTO RIO NEGRO CONQUISTA JABUTI ACADÊMICO 2025
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LIVRO COM AUTORIA INDÍGENA SOBRE AVES DO ALTO RIO NEGRO CONQUISTA JABUTI ACADÊMICO 2025

Escrito em Baniwa, Nheengatu e português, obra editada pelo INPA alia o conhecimento tradicional dos Baniwa à pesquisa científica

Capa do livro "Espécies de Aves da Região do Rio Cubate: Terra Indígena do Alto Rio Negro"

Espécies de Aves do Rio Cubate: Terra Indígena do Alto Rio Negro venceu nesta terça-feira (05/08), em São Paulo, o Prêmio Jabuti Acadêmico 2025 no eixo Ciências Biológicas, Biodiversidade e Biotecnologia. 

Publicado pela Editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o livro é resultado de uma parceria entre pesquisadores do instituto e autores da comunidade Baniwa da aldeia de Nazaré, e contou com a colaboração do Instituto Socioambiental (ISA) e da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) no município de São Gabriel da Cachoeira (AM).

O conteúdo reúne registros de 310 espécies de aves observadas na região do Rio Cubate, com informações detalhadas sobre nomes tradicionais, habitats, alimentação e comportamentos.

Autores indígenas receberam o reconhecimento pela obra no palco do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, em São Paulo, Renata Alves/ISA

Escrito em Baniwa, Nheengatu e português, o livro alia o conhecimento tradicional dos Baniwa à pesquisa científica, e foi concebido desde o início como ferramenta para fortalecer o ensino nas escolas indígenas e a autonomia cultural das comunidades locais.

Para Dzoodzo Baniwa, educador, pesquisador, liderança indígena e um dos organizadores da obra, o livro atende a uma demanda da própria comunidade de Nazaré, que vislumbra o potencial do levantamento das aves para futuras iniciativas de ecoturismo.

Dzoodzo também destaca a importância do reconhecimento como um convite à comunidade científica a rever a forma histórica de produção de conhecimento, propondo a atualização de metodologias participativas e colaborativas que incluam as comunidades indígenas e/ou locais e seus saberes. “Receber o Prêmio Jabuti Acadêmico é reconhecer a importância da construção colaborativa do conhecimento científico intercultural baseado na valorização de saberes locais e conhecimentos científicos. Isso é o que o nosso livro traz”. 

Gracilene Florentino Bittencourt, tradutora da obra para o Nhengatu e Dzoodzo Baniwa, um dos autores - Renata Alves/ISA

O projeto foi conduzido por meio de oficinas, expedições e deliberações comunitárias, com todas as decisões editoriais sendo aprovadas em assembleia na aldeia de Nazaré. 

O livro não apenas registra a biodiversidade do Alto Rio Negro, mas também afirma a potência dos saberes indígenas como base legítima para a produção de conhecimento científico e a conservação ambiental.

A obra foi organizada por Dario Baniwa, Dzoodzo Baniwa, Damiel Legario Pedro, Estevão Fontes Olímpio, Gracilene Florentino Bittencourt, Camila Cherem Ribas, Fernando Mendonça d’Horta e Ramiro Dário Melinski.

Fonte: https://www.socioambiental.org/noticias-socioambientais/livro-com-autoria-indigena-sobre-aves-do-alto-rio-negro-conquista-jabuti?utm_source=isa&utm_medium=&utm_campaign=&fbclid=IwY2xjawMnz4VleHRuA2FlbQIxMQABHs8nrMluqw9xMeDCANJA4f9KDbwJpD5sjnFJA42kBJ0QZ-auaW6XTJrrGnXh_aem_x-09rezG-jSKO7tk52Mrkw



Ilustrações: Silvana Santos