Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/03/2017 (Nº 59) COMUNIDADE DE PESCADORES COMO PROMOVEDORA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL
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COMUNIDADE DE PESCADORES COMO PROMOVEDORA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL

 

Dimítri de Araújo Costa1; Randolpho Sávio de Araújo Marinho2; Hyago Keslley de Lucena Soares3; Suellen da Silva Santos4; Gil Dutra Furtado5

 

1Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas/UFPB, Mestre em Ecologia e Monitoramento Ambiental/UFPB, Doutorando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB. Email: costa.researcher@yahoo.com.br

 

2Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas/UFPB, Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB. Email: rando28br@gmail.com

 

3Bacharel em Ciências Biológicas/UFPB; Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB. Email: mr.hyago@gmail.com

 

4Bacharela em Ciências Biológicas/UFPB; Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB. Email: suellen.gba@gmail.com

 

5Bacharel em Agronomia/UFPB, Especialista em Psicopedagogia/UNINTER,Mestre em Manejo de Solo e Água/UFPB, Doutor em Psicobiologia/UFRN, Pós-Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente/UFPB, Professor Colaborador do PRODEMA/UFPB. Email: gdfurtado@hotmail.com

 

 

RESUMO.Esta pesquisa objetivaanalisar o processo de ensino-aprendizagem entre os pescadores da Praia da Penha, município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. De acordo com os cognitivistas, o termo aprendizagem refere-se ao processo de organização do conhecimento e de integração do material à estrutura cognitiva do aprendiz.Nesse contexto, estão as comunidades tradicionais, que possibilitam em seu convívio ao longo das gerações o desenvolvimento e manutenção do conhecimento local. Essa forma de ensino-aprendizagem é bastante difundida por estes atores sociais e pode ocorrer de forma circular - os saberes são repassados entre a população local (amigos e vizinhos) e vertical - pais e avós repassam o seu saber para os filhos e netos.Foram realizadas entrevistas na Associação de Pescadores da Praia da Penha com 3 pescadores associados, incluindo o presidente.Foi verificado que a transmissão do conhecimento ocorre de forma vertical (pais para filhos) e horizontal (entre amigos e vizinhos). Os recursos da pesca desempenham um papel significativo na vida socioeconômica dos pescadores da Praia da Penha, uma vez que estes dependem diretamente dosrecursos para sua subsistência material e social.

 

Palavras-chave:Conhecimento tradicional; Pesca; Praia da Penha.

 

 

FISHING COMMUNITY AS FACILITATOR IN TEACHING AND LEARNING PROCESS IN PARAÍBA STATE, BRAZIL

 

ABSTRACT. This research aims to analyze the teaching-learning process among fishermenof the Penha Beach, municipality of João Pessoa, Paraíba, Brazil. According to cognitivists, the term learning refers to the process of organizing knowledge and integrating of the material to cognitive structure of the apprentice. In this context, the traditional communities enable the development and maintenance of local knowledge throughout their generations. This form of teaching and learning is very widespread by these social actors and can occur in a circular way - the knowledge is passed on to the local population (friends and neighbors) and vertical - parents and grandparents pass on their knowledge to their children and grandchildren. Interviews were conducted at the Associação de Pescadores da Praia da Penha with 3 associated fishermen, including the president. It was verified that knowledge transmission occurs vertically (parents to children) and horizontally (between friends and neighbors). The resources of fishing perform a significant role in the socioeconomic life of the fishermen of Penha Beach, since these depend directly on resources for their material and social subsistence.

 

Keywords: Traditional knowledge; Fishing; Penha Beach.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O termo aprendizagem segundo os cognitivistas trata-se do processo de organização das informações (conhecimentos) e de integração do material à estrutura cognitiva do aprendiz. Esta deve ser norteada através da motivação, considerando variáveis como: o ambiente, as forças internas ao indivíduo, como necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso, instinto e o objeto que o atrai por ser fonte de satisfação de fator interno que o mobiliza, em qualquer ambiente (MESOUDI, 2007).      

De maneira geral, todos os sistemas vivos apresentam em seus arcabouços, estruturas responsáveis por armazenar e processar informações, incorporando constantemente dados presentes no meio ambiente através da aprendizagem (SOLDATI, 2013).

O conceito de aprendizagem, segundo Heyes (1994), considera qualquer alteração no comportamento de um animal sob influência, de uma nova informação, experimentada em um tempo anterior e manifestada em um tempo posterior. Dessa forma, num mundo com relações, realidades e dinâmicas tão diferentes as formas de ensinar e de aprender não devem ser as mesmas, tendo em vista que o processo de ensinar busca conduzir a aprendizagem e assim se obter conhecimento, criticidade, reflexão, comportamentos que antes não se apresentava. 

Nesse contexto, estão as comunidades tradicionais, que possibilitam em seu convívio ao longo das gerações o desenvolvimento e manutenção do conhecimento local. Essa forma de ensino-aprendizagem é bastante difundida por estes atores sociais e pode ocorrer de forma circular - os saberes são repassados entre a população local (amigos e vizinhos) e vertical - pais e avós repassam o seu saber para os filhos e netos (CARVALHO et al., 2012; LUCENA et al., 2012).

Uma vez que grande parte do comportamento humano é determinado por um complexo sistema de informações adquirido ao longo da vida – através de experiências individuais e sociais – e transmitidos e/ou replicados por meio de processos como imitação, ensino e linguagem, apresentando diversas particularidades “culturais”, nesse sentido o termo cultura refere-se ao comportamento transmitido socialmente que não é geneticamente.   

Nesse sentido,esta pesquisa objetivaanalisar o processo de ensino-aprendizagem existente entre os pescadoresda Associação de Pescadores na Praia da Penha, município de João Pessoa, Paraíba, Brasil.

 

 

MATERIAL E MÉTODOS

 

Área de estudo e coleta de dados

 

 

Figura 1. Mapa de localização da Associação dos Pescadores da Praia da Penha, município de João Pessoa-PB.

 

 

O estudo foi desenvolvido na Associação de Pescadores da Praia da Penha, município de João Pessoa-PB, região Nordeste do Brasil (Figura 1).

Foram realizadas entrevistas informais com 3 pescadores, incluindo o presidente da associação, com o intuito de registrar e analisar como ocorre a dinâmica de ensino-aprendizagem da arte da pesca.

Estes foram indagados sobre a fauna ictiológica local. As entrevistas abordaram questões, como: finalidades e usos atribuídos às espécies, técnicas de captura e como ocorre a transmissão local do conhecimento.

Além disso, na perspectiva de tentar se entender como ocorre o ensino-aprendizagem nas espécies faunísticas, procurou-se discorrer sobre esse processo, através de levantamento bibliográfico.    

 

 

Identificação das espécies

 

Os nomes vernaculares das espécies foram citados pelos entrevistados, e posteriormente se realizou a identificação científica, através da seguinte metodologia: 1) análise dos espécimes ou partes destes doados pelos entrevistados; 2) análise de fotografias dos animais feitas durante as entrevistas.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

 

Processo ensino-aprendizagem com os pescadores

 

Foram realizadas entrevistas na Associação de Pescadores da Praia da Penha com 3 pescadores associados, com faixa etária entre 45 a 70 anos.

Quando questionados sobre o início de suas atividades pesqueiras, eles informaram que desde criança eles fazem essa atividade, ensinados pelos pais, caracterizando assim uma transmissão de conhecimento vertical.

Como afirma Ferri (1997), na produção e transmissão do conhecimento ocorre uma verdadeira “tradição visual”, e a produção do conhecimento sucede através dela, onde se aprende observando como os outros fazem, sobretudo os mais antigos e experientes da comunidade.

A transmissão desses conhecimentos é realizada de diferentes maneiras. Durante a pescaria em alto-mar, o pai pode mostrar aos seus filhos ou ao membro interessado de sua tripulação os sinais no continente que ele usa para fazer a sua rota (picos de morros, torres de igreja, entre outros). Frequentemente, o processo de aprendizado é informal e as instruções verbais são raras. Para Ferri (1997), os processos de transmissão do aprendizado muitas vezes são tão sutis, que os aprendizes não se dão conta do processo,sendo muito comum que, ao se indagar como alguém aprendeu tal habilidade, a resposta será: “Aprendi sozinho.

Segundo Hess e Petrovich(1978), tanto as mães como os pais são transmissores importantes de conhecimento tradicional,representando, assim, uma transmissão vertical das informações. No entanto,a transmissão do conhecimento pode ocorrersem a interação entre os componentes parentais. Desta forma, este estudo consolida-se na tentativa de registrar a transmissão vertical de informações entre os pescadores.

Para Soldati (2013) quando a transmissão de conhecimento ocorre de forma vertical – de pais para filhos – pode promover uma alta variação no conhecimento de um indivíduo dentro de grupos distintos, todavia tal processo de transmissão de conhecimento tende a dificultar a difusão do conhecimento compartilhado uma vez que o caráter conservador imposto pelo núcleo familiar filtra as informações a serem transmitidas. De maneira oposta, a transmissão horizontal – indivíduos não aparentados da mesma faixa etária – apresenta alta variação no conhecimento dos indivíduos e entre estes e consequentemente uma rápida evolução cultural (SOLDATI, 2013).

O papel do conhecimento tradicional dos pescadores tem recebido atenção especial de vários pesquisadores (e.g. RUDDLE, 2000; CORDELL, 2000). Segundo Ruddle (2000), esse conhecimento e as práticas associadas orientam e sustentam o funcionamento de sistemas de manejo comunitário,como também estão na base das decisões e estratégias de pesca dos pescadores tradicionais.

Nesse sentido, o aprendizado é empírico e prático, combinando informações sobre o comportamento dos peixes, taxonomias e classificações de espécies e habitats, assegurando capturas regulares, e muitas vezes, a sustentabilidade das atividades pesqueiras, a longo prazo. O conhecimento tradicional também fornece uma base de informação crucial para o manejo dos recursos pesqueiros locais, em particular nos países tropicais onde os dados biológicos raramente são disponíveis (FERRI, 1997).

            Com relação às artes de pesca, os pescadores mencionaram que aprenderam as técnicas básicas com os pais. No entanto, em relaçãoaos procedimentos mais apurados da pescaria, os atores sociais discorreram que aprenderam através das práticas diárias de navegação, “enfrentando o mar” sozinhos.

Existem várias técnicas de pesca, as quais são aplicadas diferentemente por cada grupo de pescadores, observando também cada tipo de espécie aquática (e.g. peixes, crustáceos, moluscos, entre outros) presente neste ambiente. Entretanto, estes métodos podem ser aplicados em uma mesma pescaria, principalmente com a utilização de redes, as quais apresentam diversos tipos de malhas. Outro método bastante comum é a pesca de linha e anzol, realizada no intervalo entre o lançamento e o recolhimento das redes.

 A rede de emalhe é a principal arte de pesca utilizada pelos pescadores da comunidade da Penha, a qual é a arte mais empregada na Paraíba, contribuindo com a metade da produção pesqueira do estado (IBAMA, 2005; LESSA; NÓBREGA, 2004).

De acordo com os pescadores, a utilização desse tipo de arte de pesca é mais satisfatória na captura da garajuba (Carangoidesbartholomaei),bem como, de espécies de peixes da familiaScombridae do gênero Scomberomorus, popularmente conhecidos como cavala e serra, além dos camurins (Centropomus spp.).

 

 

Pescarias com linha-anzol

 

Os pescadores da Praia da Penha também utilizam o anzol para capturar os peixes da região, onde eles mesmo informam que adquiriram este conhecimento com os pais, bem como com os próprios colegas de trabalho.

 A pescaria de linha-anzol tem pequena contribuição na produção pesqueira da Paraíba, correspondendo a aproximadamente 6,0% do total (IBAMA, 2006).

As linhas de anzol utilizadas pelos pescadores da Penha incluem diferentes tipos, como corso, espinhel e de chumbada. As modalidades de pesca, bem como o número de anzois, a espessura do nylon e o tipo das iscas utilizadas na pesca de linha são modificados, principalmente, de acordo com a espécie de peixe e a profundidade da pescaria.

Após a captura, o peixe é içado para dentro da embarcação e marcado com cortes específicos nas nadadeiras para identificar o responsável pela captura, ou o dono do peixe. No Ceará, a marcação semelhante é feita, porém os cortes seguem um padrão de acordo com a função exercida pelo pescador (SILVA; VERANI; IVO, 2004).

A profundidade da pesca de linha é muito variada, mas nas ocasiões em que é atividade exclusiva, a pescaria ocorre em profundidades próximas a 70 metros. Os principais peixes que são capturados por este tipo de arte de pesca são lutjanídeos como ariacós, ciobas e dentões (Lutjanus spp.) e serranídeos como a piraúna e a garoupa (Cephalopholis fulva e Epinephelus sp.).

 

 

CONCLUSÕES

 

Os recursos da pesca desempenham um papel significativo na vida socioeconômica dos pescadores da Praia da Penha, uma vez que estes dependem diretamente dosrecursos para sua subsistência material e social.

Tais recursos, contudo, vêm diminuindo drasticamente devido a problemas antrópicos, como pesca predatória, represamento e assoreamento dos rios, desmatamento das matas ciliares e introdução de espécies exóticas.

Os pescadores mostraram ter um conhecimento etnobiológico consistente sobre a ecologia, o comportamento e a taxonomia das espécies de peixes da região.

Todo esse contexto remete a observar a riqueza no ensino-aprendizagem existente entre esses atores sociais, uma vez que os mais novos aprendem sobre o conhecimento local não apenas através de exposição de conteúdos (conteúdo formal), mas também através da vivência de seus pais, avós, amigos, dentre outros, que ao conduzir o ensino se permite promover e também receber novas formas de aprendizagens (é necessário saber para se ensinar – vivências, histórias, individualidades, por exemplo).

Esse conjunto de informações teórico-práticas necessita ser melhor explorado para que pesquisas sobre manejo, conservação e uso sustentável desses recursos e seus afluentes possam ser efetivas e eficazmente implementadas. Em que pesem as considerações acima, o presente trabalho pretendeu contribuir com o paradigma do desenvolvimento sustentável ao tratar do seguinte fenômeno: a transmissão doconhecimento tradicional da comunidade de pescadores.

 

 

REFERÊNCIAS

 

CARVALHO, T. K. N.; SOUSA, R. F.; MENESES, S. S. S.; RIBEIRO, J. P. O.; FÉLIX, L. P.; LUCENA, R.F.P. Plantas usadas por uma comunidade rural na depressão sertaneja no Nordeste do Brasil. Biofar, Volume Especial, 2012.

 

CORDELL, J. C. Locally managed sea territories in Brazilian coastal fishing.Paper prepared for FAO Conference on Coastal Lagoon Fisheries. Rome, 1983.

 

FERRI, L. A Ilha Monte de Trigo: impressões de viagens. In:DIEGUES, A. (Org.).Ilhas e sociedades insulares. São Paulo: NUPAUB-USP, 1997. p. 137-153.

 

HESS, E. H.; PETROVICH, S. B. Benchmark papers in animal behavior, vol. 12. In: SCOTT, J. P. (Ed.). Critical periods. Stroudsburg: Dowden, Hutchinson & Ross, p. xv + 381, 1978.

 

HEYES, C.M. Social learning in animals: categories and mechanisms. BiologicalReview, v. 69, p. 207-231, 1994.

 

IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil – 2004. Tamandaré: Centro de Pesquisas e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste. 152 p., 2005.

 

IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Relatório da pesca do Brasil. Monitoramento da atividade pesqueira no litoral do Brasil. Brasília: Relatório técnico final. 328p., 2006.

 

LESSA, R. P.; NÓBREGA, M. F. Programa de amostragem do score – ne: Análise dos desembarques. In: LESSA, R. P.; NÓBREGA, M. F.; BEZERRA-JUNIOR. J. L. (Org.).Dinâmica das frotas pesqueiras da região Nordeste do Brasil: análise das principais pescarias. Recife: Programa de avaliação do potencial sustentável dos recursos vivos da Zona Econômica Exclusiva – REVIZEE, Sub-comitê regional Nordeste – SCORE - NE. v. 1, 139p., 2004.

 

LUCENA, C. M.; COSTA, G. M.; SOUSA, R. F.; CARVALHO, T. K. N.; MARREIROS, N. A.; ALVES, C. A. B.; PEREIRA, D. D.; LUCENA, R. F. P. Conhecimento local sobre cactáceas em comunidadesrurais na mesorregião do sertão da Paraíba (Nordeste, Brasil). Biotemas, v. 25, n. 3, p. 279-289, 2012.

 

MESOUDI, A. A Darwinian theory of cultural evolution can promote an evolutionary synthesis for the social sciences. Biological Theory, v. 2, p. 263-275, 2007.

 

RUDDLE, K. Systems of knowledge: dialogue, relationships and process.In:BEGOSSI, A; HENS, L.Environment, development and sustainability.Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, vol. 2, n. 3-4, 2000.

 

SILVA, S. M. M. C.; VERANI, J. R.; IVO, C. T. C. Aparelhos e técnicas de pesca utilizados em pescarias artesanais de peixes, na costa do Estado do Ceará – Brasil. Boletim Técnico-Científico do CEPENE, v.12, n.1, p.129-147, 2004.

 

SOLDATI, G.T. Produção, transmissão e estrutura do conhecimento tradicional sobre plantas medicinais em três grupos sociais distintos: uma abordagem evolutiva.132 f. Tese (Doutorado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2013.

Ilustrações: Silvana Santos