Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Artigos
30/05/2017 (Nº 60) PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL DA PALHA – ES SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Link permanente: http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=2753 
  

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL DA PALHA – ES SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PERCEPTION OF SCHOOL STUDENTS IN THE MUNICIPALITY OF SAN GABRIEL DA PALHA - ES ON ENVIRONMENTAL EDUCATION

 

WESLEY ALVES SILVA

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros - MG, mestre em Botânica pela UFV - MG. Atualmente professor da Faculdade de São Gabriel da Palha – ES/ FASG. Email: wesleyalvesbiologo@gmail.com

 

MÁRCIO CORRÊA DA SILVA

Graduado e Mestre em Química pela UFES - ES, atualmente professor da FAESA e do IFES, Campus Vitória. Email: mcsilva200@hotmail.com

 

SAIMO REBLLETH DE SOUZA

Graduado e Mestre emCiências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros – MG. Atualmente professor da escola técnica Soeducar, Janaúba/MG. Email: saimorebllethdesouza@gmail.com

 

KEILA CRISTINA BELO DA SILVA OLIVEIRA

Graduada em Pedagogia pela Faculdade Filosofia, Ciências e letras Madre Gertrudes de São José - ES, mestre em Educação pela UFES - ES. Atualmente Coordenadora Acadêmica e professora da Faculdade de São Gabriel da Palha – ES/ FASG. Email: coord.pedagogica@iesge.edu.br

 

 

Resumo

Em função da grande resistência em relação às análises ambientais e à falta de capacitação dos docentes, há necessidade de inserir a Educação Ambiental no ambiente escolar, de maneira que todos se mobilizem de forma efetiva para a melhoria da qualidade de vida.A metodologia baseou-se em questionários semiestruturados aos alunos, oferecendo aos estudantes a oportunidade de expressão com suas próprias palavras, além disto, levando ao aluno a refletir com questões provocativas. Verificou-se a maioria dos discentes tem consciência dos problemas ligados a questões ambientais. Portanto, através da educação ambiental o indivíduo constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.As escolas devem buscar apoio de instituições que possam contribuir com a implementação de projetos voltados a educação ambiental, para despertar entre os alunos, uma consciência ecológica e uma união entre os mesmos.

 

Palavras-chave:Educação Ambiental, Consciência, Escola, Meio Ambiente.

 

Abstract

Due to the great resistance to environmental analyzes and to the lack of trained teachers, there is a need to introduce Environmental Education into the school environment, in a way so that everyone can mobilize effectively to improve the quality of life. The methodology was based on semi-structured questionnaires to the students, offering them the opportunity to express themselves in their own words, in addition, leading them to reflect with provocative questions. It was found that most of the teachers are aware of problems related to environmental issues. Therefore, through environmental education, the individual builds social values, knowledge, skills, attitudes and skills aimed at the conservation of the environment, a resource for the common use of the people, essential to a healthy quality of life and to its sustainability. Schools should seek the support of institutions that can contribute to the implementation of projects aimed at environmental education, to awaken among their students an ecological awareness and a union among them.

 

Key words: Environmental Education, Consciousness, School, Environment.

 

1.  Introdução

 

A dimensão ambiental na escola deve ser manejada de maneira holística, ou seja, deve-se levar em conta aspectos sociais, políticos, econômicos além dos ambientais e ter em mente que o ser humano é natureza e não apenas faz parte da natureza. A prática da Educação Ambiental na escola deve possuir planejamento escolar participativo que utilize meios de possibilitar ao aluno unir a teoria com a prática. Para tanto, fica evidente a necessidade da integração da mesma no currículo disciplinar das escolas de Ensino Fundamental, abordada de forma transversal, implementando-a para as novas gerações em idade de formação de valores e atitudes.

Entretanto, a Educação Ambiental nas escolas envolve mais do que reciclagem, escassez de água potável e preservação da fauna e flora. Ela envolve mudança de comportamento, sensibilização, conscientização, ética e cidadania. Embora, a Educação Ambiental seja aplicada em todas as fases do ensino, este estudo ressalta a importância de se trabalhar a mesma com alunos do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, em função de a criança estar em pleno desenvolvimento tanto em suas relações sociais quanto intelectualmente, sendo que o raciocínio é notadamente maior a partir dos 6, 7 e 8 anos de idade. Nessa fase a criança passará a entender os acontecimentos externos de maneira muito mais adequada e irá adquirir a capacidade de pensar de maneira lógica. Portanto, as crianças em fase escolar estão muito mais propensas a aprender, desenvolver o raciocínio e assimilar assuntos externos, como por exemplo, a prática da Educação Ambiental para a conservação do meio ambiente. Sendo assim, é importante ressaltar que a Educação Ambiental não visa somente conscientizar as crianças sobre as questões ecológicas da fauna e flora ou sobre o excesso de lixo produzido pelo homem. A Educação Ambiental tem também a finalidade de desenvolver o espírito de ética e cidadania nas crianças que virão a fazer a diferença num futuro próximo.

              A Educação Ambiental visa à conservação dos recursos naturais para as gerações futuras, além da compreensão da importância da integração do homem com a natureza, de maneira que este sinta a necessidade de criar soluções para as problemáticas ambientais existentes. A integração da Educação Ambiental no programa escolar é importante, pois as crianças de hoje, responsáveis por levá-la aos pais, são as gerações futuras. Por isso é preciso conscientizá-las e prepará-las para respeitar o meio ambiente e criar mecanismos contra os problemas sociais que resultam dos problemas ambientais.

            A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, e tem como estratagema a intervenção social visando à transformação dos indivíduos no meio ambiente. A prática da Educação Ambiental nas escolas contribuirá para sanar os problemas ambientais enfrentados atualmente e futuramente, porém para que isso funcione, ela não deve ser tratada apenas na semana do meio ambiente, dando ênfase somente nos aspectos como a natureza e reciclagem de lixo, ela deve ser tratada no dia a dia da criança levando em conta a cultura e os problemas sociais do local. Assim, deve ser passada para os alunos em todas as fases do ensino, para que estes se sensibilizem com os problemas ambientais e busquem soluções para os mesmos, transformando, assim, a escola em um lugar onde se exerça a cidadania.

 

1.1 Educação Ambiental

 

O homem sempre promoveu relações com o ambiente. Entretanto o padrão de desenvolvimento capitalista predominante na atualidade gera uma apropriação indevida da natureza, onde se retira dela além do necessário ao sustento humano (SATO, 2002). O processo de degradação dos recursos naturais tem aumentado cada vez mais com o tempo, comprometendo a qualidade de vida da sociedade, como do funcionamento dos ecossistemas (TOWNSED, 2010). Desta maneira medidas urgentes de conscientização da sociedade se faz necessário, promovendo assim uma continua renovação de conceitos sobre a importância da preservação do meio ambiente no dia-dia.

A Educação Ambiental é um instrumento que contribui e contribuirá neste processo de conscientização (SEGURA, 2001; DIAS, 2004). Ela tem sido um componente importante para se repensar as teorias e práticas que fundamentam as ações educativas (Sila, 2005). Assim pode ser utilizado para soluções dos problemas de realidade local, adequando-os ao público alvo e a sua realidade (SEGURA, 2001; SATO, 2002). Uma vez que os problemas ambientais devem ser entendidos primeiro em seu contexto local, para depois ser entendidas em seu contexto global (DIAS, 2004).

Essa modalidade de educação virou lei (N° 9.795) em 27 de abril de 1999, denominada Lei da Educação Ambiental. O Art. 2° desta lei assegura: "A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. É importante salientar que o Brasil é o único país Sul Americano há possuir uma política específica para essa modalidade (MEDEIROS, 2011). Entretanto a relevância desta lei ainda não é bem aplicada em nosso país, visto o descaso e a falta de compromisso que sociedade brasileira apresenta em relação a preservação ambiental, mesmo em algumas das vezes o sujeito tendo consciência ambiental.

As questões ambientais vêm adquirindo divulgação e importância na nossa sociedade (MEDEIROS; RIBEIRO; FERREIRA, 2011, REIS, SEMÊDO; SEMÊDO; GOMES, 2012), mesmo com alguns empecilhos socioeconômicos enfrentados. Estudos abordando problemas ambientais e sua conscientização surge a partir de novos padrões, visando uma direção mais sistêmica e complexa da sociedade (SILVA, 2005). É nesse contexto que as discussões sobre a Educação Ambiental emergiram no ambiente escolar, em que as práticas pedagógicas necessitam promover a formação dos sujeitos de ação e de cidadãos conscientes de seu papel no mundo.

Com isso o presente trabalho tem como objetivo apresentar a percepção dos alunos em relação à Educação Ambiental, envolvendo fatores como importância, conhecimento do tema em questão.

 

2.  Material e métodos

 

Este trabalho foi realizado em uma escola municipal de ensino fundamental, localizada na cidade de São Gabriel da Palha, na região Noroeste do estado do Espirito Santo. A pesquisa foi realizada envolvendo um grupo de 40 alunos, cursando o6º ano Ensino Fundamental, no período matutino.

Para coleta de dados, foram feitas visitas entre os meses de julho e agosto de 2016. O método escolhido para a coleta dos dados foi através de questionários, na qual esta pesquisa enquadra-se na abordagem quantitativa. Para Amstel (2007) é utilizada, quando se utiliza questionários fechados estruturados e um número considerável de pessoas, sendo necessária análise dos dados. O questionário aborda questões provocativas levando ao aluno a refletir acerca de suas condições de vida, como produto de uma estrutura social contraditória.

As análises dos dados obtidos foram realizadas utilizando o programa Microsoft EXCEL 2010, usando estatística descritiva.

 

3.  Resultados e discussão

 

No questionamento sobre se você faz parte do meio ambiente, 37 alunos responderam que sim, mas houve3 respostas negativas.Como demonstrado na Tabela 1, apenas 13 pessoas respondeu que no seu dia-a-dia nãocausam algum dano ao meio ambiente, mas 27responderam que sim.  Na pergunta sobre se as pessoas precisam de educação ambiental no seu dia-a-dia 100%. Com base nesses resultados os alunos têm consciência da importância do meio ambiente, além disto, somos os únicos, capazes de mudar a situação ambiental atualmente.

 

Tabela 1: Frequência da questão sobre: Se você faz parte do meio ambiente; No seu dia-a-dia você acha que causa algum dano ao meio ambiente e se as pessoas precisam de educação ambiental no seu dia-a-dia.

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Você faz parte do meio ambiente?

37

3

No seu dia-a-dia você acha que causa algum dano ao meio ambiente?

27

13

As pessoas precisam de educação ambiental no seu dia-a-dia?

40

0

 

O Meio Ambiente tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável e a melhoria do bem-estar através do empoderamento das partes interessadas a níveis regional, nacional e mundial. Segundo Carvalho (2006), a Educação Ambiental é considerada inicialmente como uma preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização, que seja capaz de chamar a atenção para a má distribuição do acesso aos recursos naturais, assim como ao seu esgotamento, e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas.

Além disso, com o crescimento da população mundial, a cada dia pode aumentar também o número de poluidores caso estes não sejam devidamente orientados. Há ainda outro fator que contribui para a diminuição de nossa qualidade de vida, que é o grande número de indústrias que afetam o Meio Ambiente. Mais recentemente é possível observar uma melhora na conscientização dos empresários e também da população, há uma preocupação mais acentuada da fiscalização por parte dos órgãos públicos competentes para a diminuição de poluentes emitidos (YUS, 2002).

Como esperado, 87% dos alunos compreendem que o Meio Ambiente é tudo não somente árvores e animais como são muito difundido por aí, mas sim, objetos, estruturas, elementos da natureza e, principalmente, as pessoas. Este percentual é de certa forma muito relevante e significativo.

Para desenvolver atividades de Educação Ambiental nas escolas é necessário se analisar a percepção que os estudantes têm de Meio Ambiente, para isto os estudos de percepção ambiental são um importante instrumento de formação de educadores, na medida em que cada pessoa vê e percebe o mundo de forma diversa, determinando sua relação com o meio(CASTOLDI; BERNARDI; POLINARSKI, 2009).  

A pesquisa revela que os alunos recebem informação sobre os danos ambientais através da escola e internet com 33% ambas, ocorrendo um empate. Em seguida está o jornal (32%) e revista (2%) (Figura 1).

Sabemos que nessa construção do saber ambiental a utilização das linguagens e tecnologias de comunicação foi decisiva para formar a opinião pública e o nosso entendimento sobre o tema. A comunicação ambiental perpassa corporações, governos, organizações não-governamentais e universidades; está presente na televisão, no rádio, no jornal e nas redes ambientais que se formam pelo mundo todo por meio da internet. Sabemos que a escola é um lugar privilegiado para a construção da questão ambiental. Essa possibilidade se apresenta em duas vias: por um lado podemos discutir o saber científico e o saber popular; por outro podemos ter acesso ao que é de interesse de todo o planeta e ao que é específico da comunidade na qual estamos inseridos (LIMA; MELO, 2007).

 

Figura 1:Respostas dos alunos sobre as suas fontes de informações referentes aos danos ambientais.

 

A figura 2 revela quais disciplinas são mais relevantes à educação ambiental a campeã, é Ciências com 92%, que aborda o meio ambiente em sua totalidade e depois Geografia, com 8%.

Acredita-se que uma das formas que pode ser utilizada para o estudo dos problemas relacionados ao meio ambiente é através de uma disciplina específica a ser introduzida nos currículos das escolas, podendo assim alcançar a mudança de comportamento de um grande número de alunos, tornando-os influentes na defesa do meio ambiente para que se tornem ecologicamente equilibrados e saudáveis. Porém, a autora ressalta que estes projetos precisam ter uma proposta de aplicação, tratando de um tema específico de interesse dos alunos, e não longe da proposta pedagógica da escola (SANTOS, 2007).

Figura 2:Respostas dos alunos sobre em quais disciplinas você informado sobre o meio ambiente.

 

            Os alunos foram questionadoscom que frequência, na sala de aula, são tratados os assuntos ligados ao meio ambiente (figura3).  Dos entrevistados, 28 alunos afirmam que ás vezes, seguido de 11 sempre e apenas um aluno confirma que raramente.

Figura 3:Respostas dos alunos sobre com que frequência na sala de aula são tratados os assuntos ligados ao meio ambiente.

 

A escola é uma instituição social, local privilegiado onde conquista e transmite conhecimentos sistematizados e tem a responsabilidade na formação de cidadãos, possibilitando-lhes construções indispensáveis para sua inserção social (NUNES, 2007). Assim, acreditamos que o papel do professor em sala de aula é despertar nos seus alunos o interesse pelos assuntos que tenham proximidade com a realidade de cada um, associando a isso temas da atualidade. As agressões que o meio ambiente vem sofrendo devem ser enfatizadas não apenas por um professor, mas por todos que fazem o corpo docente da instituição de ensino.

Estimular a formação de um discurso próprio em cada uma das diferentes disciplinas a respeito da questão ambiental é importante, pois permite o exercício da interdisciplinaridade no confronto das diferentes formulações (OLIVEIRA, 2000). Quando toda a equipe está engajada no intuito de desenvolver uma consciência de cidadania por parte dos educandos, as mudanças ocorrem de forma natural e espontânea e isso pode ser observado no dia-a-dia escolar.

Ao serem perguntados sobre qual ação para proteger o meio ambiente você toma no dia-a-dia (Figura 4), 60% dos alunos participantes responderam que economiza água, seguido de uso de uso de papel reciclável (15%), planto árvores (13%), economizo energia elétrica (7%), converso com outras pessoas sobre práticas ambientais (5%) e nenhum respondeu que participa de eventos ou atividades ligadas à causa ambiental.   

 

Figura 4:Respostas dos alunos sobre qual das ações para proteger o meio ambiente você toma no dia-a-dia.

 

              Todos os alunos questionados, 62% responderam que o tema agua é mais trabalhado pelos professores, em sequência poluição 25%, 8% saúde humana e 5% aquecimento global. A água é um recurso natural muito importante para a manutenção da vida na Terra. Nos vegetais, a água absorvida pelas raízes participa da composição da seiva que é transportada até as folhas e estas, por sua vez, realizam a fotossíntese fornecendo oxigênio para a atmosfera. No homem, a água está presente no processo da digestão (sucos gástricos e bílis), na lubrificação dos olhos (lágrimas) e dos alimentos (saliva), na respiração, na excreção e na circulação (MARODIN; BARBA; MORAIS, 2004).

Figura 4: Respostas dos alunos sobre quais são dos temas relacionados ao Meio Ambiente trabalhados pelos professores.

                       

                        Os alunos foram questionados se nos últimos anos participaram de algum evento ou programa que fosse dirigido especificamente a questões ambientais.  Dos entrevistados 80% relataram que sim e 20% não.  A programação de eventos de conscientização é importante para o comprometimento dos alunos de buscarem sempre alternativas para a sustentabilidade ambiental do planeta.

              Para Mellows (1972) deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o Meio Ambiente, completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta. Para Minini (2000), a Educação Ambiental deve propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente. Esclarecer valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado. Dias (2003), acredita que Educação Ambiental seja um processo onde as pessoas apreendam como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade. Para Vasconcellos (1997), a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.

 

4.  Considerações finais

 

A Educação Ambiental, bem como o estudo do seu histórico proporciona uma visão ampla e atual das principais questões ambientais, colaborando para que se possa programar no ambiente escolar alternativa para sensibilizar alunos, professores e funcionários. Portanto é fundamental a intervenção do educador nesse processo, pois educar-se é a primeira tarefa. Vivemos em uma época de transformações rápidas, e nosso desempenho precisarem acompanhar a evolução dos tempos atuais, ou correremos o risco precoce das nossas ideias e da nossa prática.

As escolas devem buscar apoio de instituições que possam contribuir com a execução do projeto através de palestras, orientação em pesquisas e organização de eventos junto á comunidade; aprofundar a discussão sobre a importância da interdisciplinaridade para a implementação da Educação Ambiental;intensificar os estudos a respeito do Meio Ambiente eanalisar a possibilidade de oferecer Educação Ambiental na escola, implementando-a, através da metodologia, de modo que o aluno perceba sua responsabilidade para com a natureza, bem como, seu papel multiplicador de informações e ações na comunidade.

 

5.  Referências

 

AMSTE, F. Pós-graduado em Design de Interação. Como fazer uma pesquisa qualitativa. Acessado em 10/11/2016.

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental: Formação do Sujeito. Ecológico. 2ª ed. São Paulo Cortez, 2006.

CASTOLDI, Rafael; BERNARDI, Rosangela; POLINARSKI, Celso Aparecido. “Percepção dos problemas ambientais por alunos do ensino médio.” Revista Brasileira de Ciência, Tecnologia e Sociedade., São Carlos, v. 1, n. 1, p.56-80, 2009.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 8. ed. São Paulo: Gaia, 2003.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9a ed. São Paulo.  Gaia, 2004.

MELLOWS, C. Environmental Education and the Search for Objectives. Environmental Education: the Present and the Future Trends. Portsmouth, nº 6.1972.

MININI, N. A formação dos professores em Educação ambiental. In: Textos sobre capacitação em Educação Ambiental. Oficina Panorama da Educação Ambiental, MEC-SEF-DPEF- Coordenação de Educação Ambiental, Brasília, 2000.

LIMA, Gracia Lima; MELO, Teresa. Educomunicação e Meio Ambiente. In: In: MELLO, S.; TRAJBER, R. (Orgs.) Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental. Brasília: MEC/UNESCO, 2007. p. 167-168.

MARODIN, V. S.; BARBA, I. S.; MORAIS, G. A. Educação Ambiental com os Temas Geradores Lixo e Água e a Confecção de Papel Reciclável Artesanal. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte : Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS. 2004. p. 1-7. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2016.

MEDEIROS, Monalisa Cristina Silva; RIBEIRO, Maria da Conceição Marcolino; FERREIRA, Catyelle Maria de Arruda. Meio ambiente e educação ambiental nas escolas públicas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 92, set 2011.

 

NUNES, Denise Silva. Educação Ambiental na escola: Desafios e perspectivas. Monografia (Curso de Especialização em Gestão e Análise Ambiental). Campina Grande: UEPB, 2007.

OLIVEIRA, Elísio Márcio de. Educação Ambiental – Uma possível abordagem. 2 ed., Brasília: IBAMA, 2000.

REIS,  Luiz Carlos Lima dos; SEMÊDO, Luzia Teixeira de Azevedo Soares; GOMES, Rosana Canuto. Conscientização Ambiental: da Educação Formal a Não Formal. Revista Fluminense de Extensão Universitária, Vassouras, v. 2, n. 1, p. 47-60, jan/jun., 2012.

SANTOS, Elaine Teresinha Azevedo dos. Educação ambiental na escola: conscientização da necessidade de proteção da camada de ozônio. 2007. Monografia (Pós-Graduação em Educação Ambiental) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria-RS, 2007.

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: Rima, 2002.

SILVA, Marina. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras(es) Ambientais e Coletivos Educadores. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2005.

VASCONCELLOS, H. S. R. A pesquisa-ação em projetos de Educação Ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 1997.

YUS, Rafael. Educação integral: uma educação holística para o século XXI. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Ilustrações: Silvana Santos