1
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho refere-se à vivência e percepções dos professores, estudantes
e gestores da escola no Ensino Fundamental do 9º ano e do Ensino Médio, 3º
ano, em atividades e estudos relacionados à Educação Ambiental e ao campo do
currículo escolar. Para
Cavalcante (2005, p. 122), “o campo de estudo do currículo pode trazer
importantes reflexões para o campo de estudo da EA, pelas suas interfaces
políticas, culturais e pedagógicas”.
Nesse contexto, a Educação
Ambiental no ambiente escolar contribui para a transformação dos cidadãos com
mudanças de valores, visão de mundo, a relação ambiental com a dimensão
político-econômica, ação em prol do equilíbrio ambiental que, para isso, a interdisciplinaridade
é fundamental para romper com a concepção fragmentada do conhecimento e
aproximá-las.
De acordo com Lenoir, (1998,
p. 52) a Interdisciplinaridade escolar apresenta, como principal
finalidade, a “difusão do conhecimento [...] e a formação de atores sociais”. Para isso, é
preciso uma metodologia inovadora e prioridade na organização do trabalho
pedagógico.
A transversalidade é uma das recomendações da Política
Nacional de Educação Ambiental – PNEA em seu art. 8, parágrafo 3º. Para Gallo
(2001), os temas transversais são uma forma de se tentar viabilizar a
interdisciplinaridade. Dessa forma, ambas concepções tentam romper com a
compartimentação das áreas dos saberes. “mas se diferem uma da outra, uma vez
que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos
objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito
principalmente à dimensão da didática” (BRASIL, 1998c, p.30).
A
temática ambiental é inserida no ambiente escolar geralmente em disciplinas de
biologia, geografia e ciências ou em projetos pontuais desenvolvidos pelas
escolas, tais como: o Dia da Árvore, Mata Atlântica, Meio Ambiente, na maioria das vezes com caráter conservacionista e aspectos naturalistas,
considerando o homem fora do ambiente natural e concebendo a Educação Ambiental
como a solução de todos os problemas ambientais. Com isso, é provável que não se tenha uma transformação social
efetiva que venha ultrapassar os muros das escolas, assim é importante incluir
nos projetos institucionais a dimensão histórica da Educação Ambiental, questionamentos
e problematizações sobre os assuntos envolvendo conflitos socioeconômicos, pois temos “a capacidade de aprender,
não apenas para nos adaptar, mas, sobretudo para transformar a realidade, para
nela intervir, recriando-a” [...] (FREIRE, 1996, p. 28).
Apesar de muitas
discussões e pesquisadores que se debruçam sobre a temática, ainda há dificuldades em algumas escolas em inserir a dimensão interdisciplinar
e transversal da Educação Ambiental no ensino. As problemáticas que envolvem a
inserção do assunto estão basicamente centradas na organização do currículo escolar, falta de tempo e conhecimento sobre a temática pelos
professores e gestores das instituições. De acordo com Leff (2011, p. 226) “a interdisciplinaridade
proposta pelo saber ambiental implica a integração de processos naturais e
sociais de diferentes ordens de materialidade e esferas de racionalidade
[...]”. Seguindo esse pensamento, as ações ambientais passariam a ser elaboradas de forma critica e
participativa pelos sujeitos saindo do campo disciplinar configurado como conhecimento
compartimentalizado.
Segundo Silva (2013, p.
54), “[...] a escola e o currículo devem ser
locais onde os estudantes tenham a oportunidade de exercer as habilidades
democráticas da discussão e da participação, de questionamento dos pressupostos
do senso comum da vida real”. Sendo assim, o ambiente escolar é espaço de
trocas de saberes, é evidente que o currículo é um campo de poder e de
construção da identidade do estudante o que lhe contribui a ter um olhar
crítico da realidade vivente.
É fundamental que os
educadores abordem as problemáticas ambientais em âmbito global – local e que
levem os estudantes a refletirem sobre as ações antrópicas no meio ambiente e
suas consequências. Reigota (2009, p.18) salienta que:
Claro que a educação
ambiental por se só não resolverá os complexos problemas ambientais
planetários. No entanto, ela pode influir decisivamente para isso, quando forma
cidadãos e cidadãs conscientes dos seus direitos e deveres. Tendo consciência e
conhecimento da problemática global e atuando na sua comunidade e vice-versa
haverá uma mudança na vida cotidiana que, se não é de resultados imediatos,
visíveis, também não será sem efeitos concretos.
Conforme o
exposto acima é que surgiu o interesse do estudo com as seguintes problemáticas:
Como a Educação Ambiental é inserida no currículo escolar do ensino fundamental 9º ano
e ensino médio do 3º ano? Quais as concepções dos participantes da pesquisa
sobre a temática, bem como as dificuldades em inseri-la no sistema de ensino?
O objetivo
dessa pesquisa foi analisar as experiências da Educação Ambiental no currículo
das escolas municipal
do Ensino Fundamental 9º ano e estadual do Ensino
Médio 3º ano na Cidade de Cruz das Almas - BA. Para que esse objetivo fosse alcançado,
estabeleceram-se as seguintes metas: identificar as fontes de pesquisa utilizadas pelos professores
para as ações de Educação Ambiental; analisar as experiências da Educação Ambiental
nas escolas participantes do projeto e as dificuldades e
potencialidades presentes no currículo para a realização das ações de Educação
Ambiental.
Formação
Docente em Educação Ambiental
A LDB- Lei de
Diretrizes e Bases e os PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam que os
professores tenham diversas habilidades e práticas metodológicas. A abordagem
dos temas transversais a serem inseridas de forma interdisciplinar são citadas
nesses documentos, no entanto não apresenta de que maneira os educadores podem
introduzir em suas áreas de conhecimentos tais temáticas, por exemplo a
Educação Ambiental.
As práticas pedagógicas
no ambiente escolar sobre a temática ambiental estão centradas na reutilização,
nas datas comemorativas relacionadas ao meio ambiente sem ênfase na realidade
em que o educando estar inserido. De acordo com Tristão (2007, p.5).
[...] Assim, as
mudanças não ocorrerão de cima para baixo, mas com a participação dos/as
professores/as que estão diretamente ligados/as à realidade. As propostas
curriculares, as mudanças e transformações educativas dependem daqueles e
daquelas envolvidos/a com o seu cotidiano. O engajamento dos/as professores/as
nos processos políticos de decisão intervém no seu fazer pedagógico e pode ser
considerado como contexto valioso na formação, também como possibilidade de
construção de novas formas de compreender e viver a relação saberes e fazeres,
teoria e prática”.
Devido á dificuldades em inserir a Educação Ambiental no
ensino superior por exemplo, um currículo com componentes curriculares
estabelecidos e a falta de interesse em discuti a temática na formação inicial em alguns
cursos de formação de educadores, muitos professores não possuem base
teórica-metodológica para desenvolver suas práticas educativas voltadas para a
Educação Ambiental. Assim, o ambiente escolar desenvolve atividades ambientais
que não estimulam os estudantes a
participarem no desenvolvimento do trabalho, por não ser uma ação atrativa. No entanto, devido à carência de
formação dos professores foram criados os cursos de educação continuada, uma
ação importante que vem a contribuir no processo de formação dos educadores,
para Silva (2011, p.15):
[...] formação de
professores é um processo contínuo de desenvolvimento pessoal, profissional,
político e social que não se constrói em alguns anos de curso, nem mesmo pelo
acúmulo de cursos, técnicas e conhecimentos, mas pela reflexão coletiva do
trabalho, de sua direção, seus meios e fins, antes e durante a carreira
profissional.
Portanto, a formação é
um processo contínuo, pois o educador está em constante aprendizado, dentro da
sala de aula trocando experiências com os estudantes e principalmente
refletindo sobre sua prática educativa. De acordo com Medina (2002) a Educação Ambiental
concebe o professor como sujeito que aprende, ou seja, como o agente de sua
própria formação.
A
Educação Ambiental e as Implicações com o Campo Curricular
Ao longo da sua trajetória a Educação Ambiental recebeu
diversas adjetivações: Educação Ambiental
crítica, emancipatória, transformadora, política e dentre outras. Todas
essas denominações tem em comum a ação organizada dos agentes sociais
concomitantemente a transformação social. Segundo Neves (2005, p. 35) na
conferência de Tbilisi em 1977, a Educação Ambiental foi definida como uma
dimensão dada ao conteúdo e a prática da educação, orientada para a resolução
dos problemas concretos do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares
e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade.
Reigota (2009, p. 13) aponta aspectos importantes que contribuem para uma ação
efetiva de mudança social: união de todos os cidadãos em prol de mudanças de
atitudes como, por exemplo, a participação da associação do bairro, colocar o
lixo doméstico em local apropriado são algumas medidas que trazem harmonia entre
o indivíduo e a natureza.
Os conhecimentos selecionados, as abordagens sociais
dialogadas em sala de aula são escolhidas em quais posicionamentos políticos,
sociais e culturais? Como enfatiza Silva (2013, p.15) “[...] as
teorias do currículo, tendo decidido quais conhecimentos devem ser selecionados,
buscam justificar por que ‘esses conhecimentos’ e não ‘aqueles’ devem ser
selecionados” (grifos do autor). Yuong (1998, p. 33-34) enfatiza que “todo o
currículo envolve pressupostos de que alguns tipos e áreas de conhecimento são
mais ‘valiosos’ do que outros”, e que “a questão da ‘conectividade das áreas do
saber’ levanta questões básicas sobre como as áreas dos saberes são definidas e
acerca dos interesses envolvidos em mantê-las separadas” (grifos do autor).
Conectar as áreas dos saberes é um grande desafio para a escola, que requer um
planejamento minucioso, pois dificilmente os educadores trabalham em apenas uma
instituição escolar.
Nas palavras de Loureiro (2004, p. 16):
A educação ambiental que incorpora a perspectiva dos
sujeitos sociais permite estabelecer uma prática pedagógica contextualizada,
crítica, que explicita os problemas estruturais de nossa sociedade, as causas
do baixo padrão qualitativo da vida que levamos e da utilização do patrimônio
natural como uma mercadoria e uma externalidade em relação a nós. É por meio da
atuação coletiva e individual, intervindo no funcionamento excludente e
desigual das economias capitalistas, que os grupos sociais hoje vulneráveis
podem ampliar a democracia e a cidadania.
As informações socioculturais e políticas são veiculadas
rapidamente através da internet, a qual com o processo de globalização e
acesso facilitado da sociedade à tecnologia contribuem para o debate das
problemáticas no ambiente escolar e, para isso, é necessário que os educadores exerçam
a interdisciplinaridade o que possibilita aos alunos a construção de uma visão
globalizante. O compartilhamento das informações ambientais entre os educandos
aguça a busca por referenciais informativos da temática para ter o
posicionamento crítico e partir para ação-reflexão.
As ações ambientais devem ultrapassar os muros das
instituições escolares, propagar pela(s) comunidade(s) do entorno da escola as
atitudes de mudança para o bem estar de todos os cidadãos, favorecendo também
as relações interpessoais e o convívio com a natureza. Na linha temática
ambiental crítica, Guimarães (2004, p. 33) aborda que: “[...] Educação
Ambiental Crítica é a sociedade constituída por seus atores individuais e
coletivos, em todas as faixas etárias”.
É importante que todas as áreas dos saberes das
instituições de ensino estejam envolvidas nos projetos realizados pela escola,
isso, proporciona uma maior interação professor-aluno e vice-versa,
desenvolvimento de habilidades, integração de ideias, bem como ações entre escola,
família e comunidade.
É essencial a formação de professores sobre as questões
ambientais envolvendo as práticas pedagógicas, pois proporciona ao corpo
docente da instituição subsídios e base para dialogar com seus alunos, mas para
isso é necessário que esteja no planejamento da escola os cursos para a
formação de professores sobre as temáticas ambientais.
2
MATERIAL E MÉTODO
A pesquisa foi realizada no município de Cruz das Almas-BA
em duas instituições de ensino, sendo uma municipal e a outra estadual.
Optou-se por realizar este trabalho no ambiente escolar, pois este é um local
de discussão e reflexão dos temas polêmicos que vigoram na sociedade, sendo
assim um espaço enriquecedor para o estudo da Educação Ambiental e sua
implicação com o currículo escolar.
Os sujeitos participantes da pesquisa foram estudantes do
ensino fundamental do 9ª ano da instituição municipal e do 3º ano do ensino médio da
escola estadual e os professores que lecionam nas turmas selecionadas para
o estudo em questão.
Para a definição da amostra foi adotada a técnica não
probabilística, na qual Malhotra (2001, p. 306) relata que “essa
é uma técnica que procura obter uma amostra de
elementos convenientes, sendo sua seleção deixada a cargo do pesquisador”. Por conta
disso, após a
explicação da pesquisa, foi pedido para que 10 estudantes permanecessem em sala
para participar da pesquisa de forma voluntária. A escola
municipal no turno matutino tem 3 turmas do 9º ano e a instituição do estado no
turno vespertino tem 3 turmas do 3º ano, sendo assim totalizando 30 estudantes do
ensino fundamental e 30 do ensino médio e, em seguida, aplicação dos
questionários sem auxílio de troca de informações com o colega ou consulta a
internet. Todos os professores que lecionam no ensino fundamental do 9º ano e
do ensino médio 3º ano também foram apresentados a pesquisa, apenas 5
professores do ensino médio aceitaram participar do trabalho e 7 professores do
ensino fundamental.
A pesquisa se caracterizou como quali-quantitativa de
acordo com os eixos temáticos e suas implicações, pois o objeto de estudo
permite a integração de ambos. Segundo Figueiredo e Souza (2011 p. 96), “[...]
Esse tipo de procedimento favorece o cruzamento das informações e,
consequentemente, dá ao pesquisador maior confiabilidade em suas conclusões à
medida que amplia o horizonte do objeto de estudo.” Portanto, esse enfoque
abrange a ampliação da descrição e compreensão da pesquisa.
3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Atualmente
os professores e os gestores das instituições de ensino estão diante de uma
grande diversidade de fontes de pesquisas para embasar as suas ações
pedagógicas em sala de aula, tais como: a internet, livro, rádio,
jornais, televisão, revistas científicas e dentre outros veiculam dados sobre
diversas áreas das ciências exatas, biológicas e humanas. No tocante à Educação
Ambiental, a pesquisa realizada com os professores (Língua Portuguesa,
Matemática, Inglês, Ed. Artística, Geografia, Biologia, Educação Ambiental,
História, Química, etc.) do ensino fundamental e ensino médio possibilitou
analisar os dados referentes às fontes de pesquisas utilizadas por esses
professores, para subsidiar as suas ações de Educação Ambiental na instituição
de ensino.

Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Figura 1- Porcentagem dos professores sobre suas fontes de
pesquisas utilizadas para as ações de Educação Ambiental
Os
professores tanto do ensino médio como do ensino fundamental tem maior
frequência de fonte de pesquisa a internet, sendo que 86% para o ensino
fundamental e 100% ensino médio (Figura 1). A porcentagem dos livros utilizados
pelos professores do ensino médio como fonte de pesquisa foi de 100%, a
televisão e revistas científicas ambos com 60%. Os educadores do ensino
fundamental utilizaram os livros como fonte de pesquisa com 57% e televisão
43%.
O acesso
facilitado da internet propicia ao educador pesquisas rápidas e maiores
fontes de conhecimentos, bem como práticas pedagógicas voltadas para a temática
ambiental que auxiliam o seu fazer pedagógico, no entanto o professor terá que
analisar a realidade de sua escola antes de reproduzir atividades realizadas em
outras instituições, é importante rever se a escola tem condições de fazer as atividades
ou adaptá-las para que se aproxime da realidade de onde a escola estar
inserida.
Sobre
a temática ambiental, 29% dos professores do ensino fundamental pesquisados,
buscam as revistas científicas como fonte de informação para subsidiar as suas
ações (Figura 1). Os artigos científicos das revistas eletrônicas e impressos
se constituem uma excelente fonte de estudo, pois, trazem resultados de
projetos e relatos de experiências sobre a temática ambiente e com fontes
teóricas reflexivas que proporciona ao educador pensar em sua prática
pedagógica. Por tudo isso, os educadores deveriam fazer uso com maior
frequência dessa fonte de pesquisa.
Quando
perguntado aos professores, quais são suas experiências com a Educação
Ambiental? O educador ‘A’ do ensino médio salientou:
Trabalhei
no Projeto Mova Brasil que se preocupa com o Meio Ambiente e participação em
curso de alfabetização com o tema Meio Ambiente, que abrangeu todas as
disciplinas.
As questões ambientais estão difundidas em diversas esferas da nossa
sociedade, com isso o relato do professor demostra a busca por capacitação na
área, pois no momento em que o educador se envolve em atividades que se
preocupa com o meio, existe o comprometimento pela busca do conhecimento e com
isso a reflexão de sua prática cotidiana. A interdisciplinaridade salientada
pelo professor ‘A’ do ensino médio com a atividade que abrange todas as
disciplinas é um passo importante para a exceção da temática que conforme a
Política Nacional de Educação Ambiental que
salienta em seu Art. 2º “A educação ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada,
em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não
formal” (BRASIL,
Lei nº 9.795 de 27.04.1999).
O
professor ‘B’ do ensino médio relatou que:
Trabalhei
o tema Preservação Ambiental com os alunos realizando seminários e envolvendo a
comunidade vizinha da escola.
O modelo
de desenvolvimento socioeconômico atualmente visa o capitalismo acima de tudo
em detrimento de uma visão sustentável. No entanto, com as decorrentes pressões
internacionais que o Brasil vem sofrendo, as pequenas, médias e grandes
empresas estão modificando as suas ações e tentando equilibrar o progresso com
a preservação ambiental. Esse cenário inserido em sala de aula de forma crítica
incentiva os estudantes ao exercício da cidadania. Com isso, eles passarão a
perceber que a sala de aula também é um meio ambiente que precisa ser
preservada e limpa para o bem-estar de todos, tais atitudes passam a envolver a
coletividade e a família.
De acordo
com Almeida (2010, p.96) “[...] a vivência proporcionada pelo ambiente escolar
inicia a construção de valores que será tanto mais consolidado quanto houver,
por parte dos alunos, estudos, participação social, debates e intervenções na
realidade [...]”. Quando a comunidade ao redor da escola se envolve e participa
das ações que a instituição de ensino promove, a comunidade se sente
pertencente a esse espaço, ocorre à troca de saberes e principalmente a
transformação social.
Os
professores do ensino fundamental apresentaram suas experiências com a temática
ambiental, onde o educador ‘A’ relatou:
Realizei
Pós-Graduação em Educação Ambiental, em sala de aula já fiz experiências, discussões de textos e trabalhos em grupo.
O
professor é um eterno aprendiz, pois há necessidade de agregar novos
conhecimentos em decorrência da transformação do nosso cenário socioeconômico e
político. Os cursos realizados pelos educadores é um investimento pessoal e
construção de sua identidade profissional bem como a reflexão de sua prática
pedagógica.
A
formação continuada é destacada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, LDB n.º 9.394/96, conforme inciso III do artigo 63 – “programas de
educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis” e, também,
no inciso III do parágrafo 3º do artigo 87 – “realizar programas de capacitação
para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os
recursos da educação à distância”. Para tal, é necessário que a escola lhe dê
subsídios como material didático, licença de suas atividades docentes quando
necessário e dentre outras. De acordo com Valandro (2011. p.16) “[...] A
formação continuada visa ampliar e qualificar a aprendizagem dos estudantes por
meio do aperfeiçoamento da formação e prática pedagógica do professor [...].”
O
professor ‘E’ informou que:
Já
lecionei a disciplina, atuação em projetos, trabalhos com revista de Gibis,
etc.
A
abordagem interdisciplinar, presente na LEI Nº 9.795/99 é reforçado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental (2012, p.70):
Art. 8º
- A Educação Ambiental, respeitando a autonomia da dinâmica escolar e
acadêmica, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada e
interdisciplinar, contínua e permanente em todas as fases, etapas, níveis e
modalidades, não devendo, como regra, ser implantada como disciplina ou
componente curricular específico (grifo meu).
A lei é
clara, a Educação Ambiental tem que estar articulada no currículo escolar de
forma interdisciplinar e não como uma disciplina. A Educação Ambiental perpassa
por todo o conhecimento humano, ou seja, transversalmente elegendo-a como
disciplina torna esse conhecimento compartimentalizado. Para a transformação
social e ação cidadã coletiva faz-se pertinente à integração dos saberes, pois
o ambiente escolar é um espaço diversificado onde se debate os aspectos
sociais, econômicos e culturais.
O
educador tem que saber as disposições legais da educação para mostrar a
secretaria de educação de que forma os temas transversais são instituídos no
currículo escolar e rompe com a disciplinalização da Educação Ambiental onde os
saberes estão compartimentalizados sem relação com as outras áreas do
conhecimento.
Os
relatos dos estudantes do ensino médio do terceiro ano em relação as suas
experiências foram:
E1:
“Plantar árvores”;
E2:
“Limpar a escola para ter um ambiente apropriado”;
E3:
“Aprendi a cuidar do meio ambiente e passar minhas experiências para outras
pessoas para que possamos formar alta proteção ambiental”;
E4: “Passeata
sobre o meio ambiente”;
E5:
“Projetos e seminários”;
As
experiências dos estudantes com a Educação Ambiental demostra em algumas frases
a preocupação em preservar a natureza e na conscientização coletiva, ou seja,
compartilhar o conhecimento com seus pares. Segundo Leff (2011 p.235):
O saber
ambiental constitui novas identidades e interesses, onde surgem os atores
sociais que mobilizam a construção de uma racionalidade ambiental. Neste
sentido, o saber ambiental se produz numa relação entre teoria e práxis. O
conhecer não se fecha em sua relação objetiva com o mundo, mas se abre a
criação de sentidos civilizatórios [...].
Com a
finalização do ensino médio os educandos levarão consigo a bagagem de
informações que obtiveram durante a educação básica. Alguns irão para o ensino
superior, mercado de trabalho ou cursos profissionalizantes. A ação cidadã em
relação à Educação Ambiental será posta nesses espaços com o conhecimento
adquirido em sua trajetória em relação à temática.
As
experiências em relação à Educação Ambiental também foram salientadas pelos
estudantes do ensino fundamental:
E1:
“Participação de projetos e trabalhos na sala de aula”;
E2:
“Fazer desenho de como seria nossa vida na mata”;
E3:
“Visita na Mata do Cazuzinha”;
E4:
“Futuramente no colégio teatro sobre o individualismo”;
Conhecer
o entorno da escola é importante, pois caracteriza-se como um processo
educativo, principalmente quando o ambiente escolar fica próximo de parques, e
matas, onde o professor pode se apoderar desses ambientes para refletir com os
estudantes sobre os processos ambientais e intervi com ações de preservação. A
visita em uma mata quando planejada com roteiro de campo contendo os objetivos,
é uma atividade enriquecedora que pode despertar nos alunos o sentimento de
pertencimento da natureza o respeito com a fauna e a flora, bem como analisar
os efeitos negativos das ações antrópicas no ambiente.
A
criatividade e as habilidades dos estudantes devem ser estimuladas para o seu
crescimento pessoal e profissional, como enfatiza o aluno ‘E2’, que utilizou de
sua imaginação para desenhar como seria a vida em uma mata. Conforme o
PCN-Parâmetros Curriculares Nacional do ensino fundamental (1998).
É
importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico, ou seja,
entendam que suas experiências de desenhar, cantar, dançar, filmar, gravar ou
dramatizar não são atividades que visam distraí-los da “seriedade” das outras
áreas. Sabe-se que, ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre trajetos de
aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com o
mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades (como percepção, observação,
imaginação e sensibilidade) que podem contribuir para a consciência do seu
lugar no mundo e para a compreensão de conteúdos das outras áreas do currículo.
No
entanto, o fazer artístico na Educação Ambiental sem contextualização e
discussão não influencia em um aprendizado significativo para a mudança de
comportamento frente às questões socioambientais.
As
dificuldades para a abordagem da Educação Ambiental de forma interdisciplinar e
transversal no currículo escolar são múltiplas. Destacam-se questões como a
falta de estrutura da instituição, falta de tempo dos professores para
elaborarem coletivamente projetos institucionais com a temática, o educador não
dispõe de conhecimento sobre a Educação Ambiental, falta de apoio aos
professores que queiram trabalhar na perspectiva ambiental e tantas outras.
Assim
como os problemas de inserção da Educação Ambiental no currículo escolar,
muitas instituições de ensino acolhe a temática com uma gestão que incentiva e
possibilita à formação continuada dos educadores, estes por sua vez interagem
entre si elaboram estratégias de inserção da Educação Ambiental de forma
interdisciplinar e transversal.
Inicialmente
foi questionado aos educadores se eles inserem a Educação Ambiental de forma
interdisciplinar em suas atividades como docente.
O
professor ‘A’ informou que:
Quando
proposto em projetos sim, pois faço parte da instituição e a
interdisciplinaridade já proposta há tempos depende de uma série de fatores e
não reside somente no professor.
Percebe-se
na fala do professor ‘A’ a disposição de estar no processo de construção do
projeto voltado para a Educação Ambiental quando proposto, neste caso pela
direção escolar ou secretaria da educação. No entanto, a responsabilidade de
inserir a temática ambiental no currículo de forma interdisciplinar é de toda a
comunidade escolar.
Assim
como os relatos afirmativos de integração e participação de atividades
envolvendo a Educação Ambiental, o professor ‘C’ relatou que:
Não,
porque tenho projetos relacionados à minha disciplina e o
tempo é curto.
A falta
de conhecimento sobre a temática leva o educador a não associar em suas
atividades a Educação Ambiental, por conta disso, se isolam em suas áreas de
conhecimento sem refletir sobre a interdisciplinaridade. Se o professor não
exerce a transversalidade em suas atividades isso é atribuído na ausência dos cursos
de formação de professores, pois muitos não abordam a temática e nem incentivam
os estudantes em formação a buscarem práticas metodológicas de trabalhar os
temas transversais no currículo escolar.
A
prática interdisciplinar possibilita a mudança de conceitos, comportamento,
respeito pelo posicionamento do outro, integração do conhecimento que favorece
um ensino-aprendizagem de forma significativa.
Os
professores do ensino médio também informaram como exercem a Educação Ambiental
interdisciplinarmente em suas atividades. O docente ‘E’ salientou que:
Sim, com
questões que envolvem a conscientização do aluno para uma educação voltada para
o Meio Ambiente.
Os
educandos se conscientizam sobre as problemáticas socioambientais quando eles
vêm na prática às consequências causadas pelas ações antrópicas. Por tanto, uma
prática interessante de conscientização é olhar para os problemas locais propor
e efetivar ações para transformar a realidade.
A
maioria dos professores do ensino médio que participaram da pesquisa comentaram
que: Sim, através de Projetos Educacionais. Os projetos são excelentes formas
de trabalhar a interdisciplinaridade, pois quando envolve todos os educadores
para planejar as atividades ocorre à troca de saberes entre os sujeitos e a
partir daí práticas pedagógicas que envolva a todos, o interessante é tornar as
atividades contínuas, ou seja, um planejamento para o ano letivo. Isso não se
faz de um dia para o outro, requer tempo para ter experiências e mudar as
estratégias para que de fato a interdisciplinaridade seja efetiva em âmbito de
projetos educacionais. Para Fazenda (2005), “[...] no projeto interdisciplinar
não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se”.
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Figura 2- Porcentagem dos temas abordados pelos professores em
sala de aula sobre a Educação Ambiental
Também
foram questionados aos professores do ensino médio e ensino fundamental quais
os conteúdos que eles abordaram até então em sala de aula referentes à Educação
Ambiental. Um grande destaque foi para a temática do lixo onde, 86% dos
professores do ensino fundamental abordam a temática em suas aulas e 100% dos
educadores do ensino médio (Figura 2).
O
desmatamento teve destaque com 71% como assunto salientado pelos professores do
ensino fundamental e 80% pelos educadores do ensino médio (Figura 2). O
desmatamento é uma questão bem frisada pela mídia, em especial a televisiva e a
internet, com foco na venda ilegal de madeira e a retirada da fauna e da
flora, isso influencia na discussão em sala de aula. Entretanto, pouco se
trabalha a retirada da vegetação para a construção de imóveis e suas
consequências, um enfoque muito importante, pois viabiliza a intervenção com
bases jurídicas legais.
A
alimentação saudável é discutida tanto em casa como na escola, alimentos
orgânicos e seus benefícios para a saúde é a “moda” da vez nos holofotes. A boa
alimentação é aquela que não utiliza agrotóxico. Apenas 29% dos professores do
ensino fundamental e 40% do ensino médio já relataram o tema em suas
atividades. Uma porcentagem pequena diante da importância de se debater sobre a
questão, pois muitos agricultores visam somente o lucro, por conta disso faz o
uso de substâncias tóxicas indiscriminadamente para obter uma maior produção de
sua lavoura. Segundo Ribas (2009, p.155):
É
possível perceber que os efeitos provocados pela utilização, sem planejamento,
de agrotóxicos, principalmente na agricultura é uma prática altamente
impactante que gera problemas ambientais e de saúde pública, muitas vezes de
forma irremediável.
Contudo,
é um tema que envolve diversas questões principalmente em relação à saúde, a
escola é um espaço primordial para alertar o uso indiscriminado de agrotóxicos
bem como formar cidadãos conscientes e críticos diante do assunto.
Uma
questão bem interessante nos dados da pesquisa é que 15% dos professores, e
isso refere-se a um professor do ensino fundamental, informou nunca ter
inserido a Educação Ambiental em sala de aula. São vários os motivos já
mencionados aqui sobre o educador não inserir a temática em suas atividades e
segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (1999), em seu artigo 11:
“[...] Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas
áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos
princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental”. Diante das
análises dos dados, faz-se necessário o cumprimento dessa política e que de
fato o educador tenha conceitos, ideias e práticas pedagógicas para a Educação
Ambiental com embasamento teórico e inserção interdisciplinar e transversal da
temática.
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de inúmeras funções atribuídas a escola em relação
ao processo ensino-aprendizagem, a pesquisa procurou analisar as experiências
da Educação Ambiental no currículo das escolas selecionadas, uma municipal do
ensino fundamental 9ª ano e outra estadual do Ensino Médio 3º ano do Município
de Cruz das Almas - BA.
Durante a análise dos dados percebeu-se que os professores
e apontaram diversas fontes de pesquisas para subsidiarem
suas ações de Educação Ambiental, um dado importante, pois isso reflete na ação
pedagógica dos educadores em relação à temática estudada. As experiências dos
envolvidos na pesquisa em participação de projetos, pós-graduação, atividades
em sala de aula, demostra o interesse sobre o assunto e na troca de saberes
adquiridos com seus pares. No entanto, muitas das ações informadas pelos
educadores foram pontuais e sem prosseguimento das atividades, sendo assim,
pouca ou nenhuma transformação social e sem estimulo para o senso crítico do
estudante. Estes relataram várias experiências sobre a temática, desde o
ambiente interno da escola até o entorno da instituição, porém alguns estudantes
da rede pública municipal informaram como experiência a disciplina de Educação
Ambiental. A implantação de uma disciplina sobre Educação Ambiental vai de
encontro ao disposto nas leis já mencionadas nas discussões dos resultados e
também por ser compreendido pelos estudantes como mais um componente que é
preciso estudar para passar. Isso torna o ensino ainda mais fragmentado e
compartimentalizado.
Percebe-se que para inserir a Educação Ambiental no
ambiente escolar é necessário que ocorra mudanças desde a formação inicial do
professor até a infraestrutura da escola o que influencia também no aprendizado
dos estudantes. A formação continuada dos professores sobre a temática é
necessária, mas para isso, as secretarias de educação tem que dá suporte e viabilizar
essa continuação da formação para o educador.
A pesquisa possibilitou uma maior compreensão de como a
Educação Ambiental estar sendo inserida no currículo das escolas no município
de Cruz das Almas. Para que de fato a Educação Ambiental seja inserida no
ambiente escolar e que venha trazer mudanças no cenário atual, as bases legais
da educação em relação à Educação Ambiental deverão ser reelaboradas e que seja
destinados recursos financeiros para que a escola tenha subsídios de ampliar
suas ações e inová-las.
Mudanças no currículo institucional, se faz necessário pois
este apresenta-se como conteudista e para isso é importante a participação de
toda a comunidade escolar, dá voz aos sujeitos principalmente aos professores e
estudantes que sabem das dificuldades do ambiente escolar e não ser imposto
algo que geralmente é decidido de um dia para o outro em uma reunião onde os
principais interessados não fazem parte. As secretarias educacionais terão que
ter formação também quanto ao assunto para que possam caminhar junto com as
ações inseridas nas escolas.
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