Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Relatos de Experiências
03/09/2020 (Nº 72) SUGESTÕES DE ATIVIDADES SOBRE O LIXO ELETRÔNICO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
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SUGESTÕES DE ATIVIDADES SOBRE O LIXO ELETRÔNICO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

Talita Fraguas1, Carlos Eduardo Fortes Gonzalez2, Alisson Antonio Martins3

1Curitiba. Mestre em Ensino de Ciências e Matemática – UTFPR. Professora na Rede Estadual de Educação de Curitiba. Contato: tafraguas@hotmail.com

2Curitiba. Professor, Doutor em Educação. Docente da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. Contato: cefortes@yahoo.com

3Curitiba. Professor, Doutor em Educação. Docente da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. Contato: alimartins@gmail.com



Resumo: Este relato de experiência apresenta um produto de mestrado realizado no ano de 2019, intitulado “apostila com sugestões de atividades sobre o lixo eletrônico no contexto da Educação Ambiental voltada para estudantes do Ensino Médio”. O projeto foi realizado no Colégio Estadual Pilar Maturana – Ensino Fundamental, Médio e EJA, situado no município de Curitiba – PR. Objetivou verificar, analisar e compreender de que modo a geração e o descarte de lixo eletrônico são abordados pelos professores do Ensino Médio que estão atuando em sala de aula. Num primeiro momento efetuou-se uma análise documental, em seguida, os professores do Ensino Médio responderam a um questionário sobre o lixo eletrônico com enfoque em Educação Ambiental e na sequência foi entrevistado um docente de cada disciplina sobre a temática. Como resultado desta pesquisa elaborou-se uma apostila sobre o lixo eletrônico com enfoque em Educação Ambiental para auxiliar os docentes em suas aulas.

Abstract: This experience report aims to present a master's product held in 2019 entitled by “Handbook with suggestions of activities on electronic waste in the context of Environmental Education aimed at high school students. The project was carried out at Pilar Maturana State College - Elementary, Secondary and EJA, located in the city of Curitiba - PR. The objective was to verify, analyze and understand how the generation and disposal of electronic waste are approached by high school teachers who are working in the classroom. In the first moment, a documentary analysis was performed, after that, the high school teachers answered a questionnaire about electronic waste focusing on Environmental Education, then a teacher from each subject was interviewed. As a result of this research, a handbook on electronic waste was prepared with a focus on Environmental Education to assist teachers in their classes.

Introdução

O produto de mestrado intitulado “apostila com sugestões de atividades sobre o lixo eletrônico no contexto da Educação Ambiental voltada para estudantes do Ensino Médio” foi elaborado durante a realização do curso de mestrado profissional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR- nos anos de 2018 e 2019, em uma pesquisa com professores do Ensino Médio do Colégio Estadual Pilar Maturana situado em Curitiba – PR, com a utilização de pesquisa bibliográfica, apreciação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa, aplicação de questionários e entrevistas, tabulação de dados.

Segundo relatório E-waste:

O lixo eletrônico é todo e qualquer tipo de produto elétrico ou eletrônico que o proprietário não tem mais a intenção de reutilizá-lo. De uma maneira geral, ele é qualquer tipo de material que contenha circuitos ou componentes elétricos em sua construção e/ou que utilize pilhas ou baterias para funcionar, objetos que também não devem ser descartados junto ao lixo comum (CIDADES INTELIGENTES, 2018, p. 3).

O lixo eletrônico é um problema mundial que teve como fonte principal de origem a obsolescência programada e o consumismo exacerbado, gerado pelo mecanismo do capitalismo que é impulsionado pela mídia. Desde a revolução tecnológica ocorre um aumento na produção dos resíduos sólidos e estes estão em constante modificação. No Brasil, por exemplo, segundo a reportagem constante em “Cidades Inteligentes” (2018) esse resíduo aumentou tanto que atualmente somos os primeiros produtores de lixo eletrônico na América Latina, o segundo entre as Américas e o sétimo país do mundo. Barbosa (2016) expõe que somente 20% do lixo eletrônico foram reciclados, causando um imenso problema ao meio ambiente. Sendo assim, percebe-se que o lixo eletrônico está se acumulando nos aterros sanitários e é tóxico para o solo, para a água, para o ar e toda a biota.

O lixo eletrônico, segundo a norma técnica 10.004, pode ter origem industrial, doméstica ou comercial e o seu funcionamento depende de correntes elétricas ou campos eletromagnéticos, bem como os equipamentos para geração, transferência e medição destas correntes e campos. Esta normativa também prevê que os componentes são parte integrante do lixo eletrônico. Para o tratamento, nesta mesma resolução, está previsto que todos os processos que visam reaproveitar ou reduzir este lixo auxiliam na proteção e melhoria da saúde e do meio ambiente (BRASIL, 2004).

Por ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente o lixo eletrônico deve ser descartado de maneira ambientalmente correta, ou seja, ser destinado à logística reversa, para uma assistência técnica ou se estiver em funcionamento ser doado ou vendido para terceiros. Outro aspecto relevante é que o lixo eletrônico pode contaminar os catadores.

A Resolução n° 18.031/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, em seu Art. 3º determina:

Que a Logística Reversa é o conjunto de ações e procedimentos destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos geradores, para que sejam tratados ou reaproveitados em seu próprio ciclo produtivo ou no ciclo produtivo de outros produtos. O item XVI deste mesmo artigo delibera sobre a destinação ambientalmente adequada, ou seja, o encaminhamento dos resíduos para que sejam submetidos ao processo adequado, seja ele a reutilização, o reaproveitamento, a reciclagem, a geração de energia, o tratamento ou a disposição final, de acordo com a natureza e as características dos mesmos e de forma compatível com a saúde pública, a proteção ao meio ambiente, e a sustentabilidade econômica dos recursos naturais (BRASIL, 2009, p. 3).

Diante da realidade mostrada nas pesquisas, do crescimento constante da produção do lixo eletrônico, da poluição do meio ambiente e da falta de materiais sobre estes assuntos, principalmente no que diz respeito ao lixo eletrônico, pensou-se em como poderíamos auxiliar os professores do Ensino Médio do Colégio Estadual Pilar Maturana a tratar de assuntos relacionados ao lixo eletrônico, ao consumismo e à Educação Ambiental em suas aulas.



Metodologia

Primeiro fez-se uma pesquisa minuciosa sobre as causas da geração e do aumento excessivo do lixo eletrônico a nível mundial, as suas consequências ao meio ambiente e à saúde e o modo ambientalmente correto de fazer o seu descarte.

Na sequência elaborou-se o projeto, os questionários, roteiros de entrevista, termo de consentimento livre e esclarecido e a autorização do estabelecimento de ensino para que a pesquisa fosse submetida à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Com o projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa foi realizada a aplicação dos questionários direcionados sobre aspectos do lixo eletrônico com ênfase em Educação Ambiental para professores do Ensino Médio no Colégio Estadual Pilar Maturana. Os questionários foram aplicados 07 de dezembro de 2018 até o dia 13 de dezembro de 2018, de 38 professores, 4 professores não foram encontrados, 4 professores não responderam e 30 o devolveram respondido, assim como o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Doze docentes foram entrevistados, sendo um professor de cada disciplina do Ensino Médio.

Com a tabulação dos resultados dos questionários, a transcrição das entrevistas e considerando algumas sugestões dos docentes foi confeccionado o produto de mestrado, cuja finalidade é auxiliar os professores nas suas aulas com sugestões de atividades relacionadas ao lixo eletrônico, à Educação Ambiental e ao consumismo, que podem ser aplicadas de maneira interdisciplinar ou apenas em uma disciplina. A apostila contempla, no total, 13 sequências didáticas e cada uma delas ocupa um número diferenciado de aulas; podem ser utilizadas em conjunto ou individualmente, ou seja, o que o docente achar pertinente.



Apostila com sugestões de atividades sobre o lixo eletrônico no contexto da Educação Ambiental

A apostila contém 73 páginas, sendo que o primeiro capítulo contempla reflexões acerca da Educação Ambiental, conforme solicitação dos docentes participantes da pesquisa. Contém a finalidade, o conceito e as etapas da Logística Reversa e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). Como o material foi feito em Curitiba, apresenta a localização e o endereço dos sites dos centros de coleta do lixo eletrônico, assim como o calendário com as escalas e locais de coleta de lixo eletrônico e tóxico, com a localização em que a prefeitura manda o caminhão para recolher este lixo da população. As etapas da logística reversa descrita na apostila estão contempladas na figura 1.

Figura 1 – etapas da logística reversa.

Fonte: adaptado de FRAGUAS; GONZALEZ; MARTINS (2019, p. 23).



O segundo capítulo da apostila apresenta 13 sequências didáticas que podem ser aplicadas de maneira interdisciplinar, ou disciplinar; cabe ressaltar que as aulas são individuais e não é necessário contemplar todas as aulas, desta forma o professor tem autonomia para escolher a sequência que achar mais pertinente às suas aulas. A primeira aula contém conceitos atinentes ao lixo eletrônico e à obsolescência programada, para uso do professor, além de um questionário investigativo para ser aplicado sobre os hábitos dos estudantes e de seus familiares referentes ao lixo eletrônico. Este questionário contempla os seguintes quesitos: idade, sexo de nascimento, quantidade de pessoas que residem na casa, quantidade de equipamentos eletrônicos, o conceito, exemplos, tempo de vida útil destes equipamentos, elementos químicos presentes, o que é feito com esses materiais quando não são mais utilizados ou estão obsoletos e a opinião dos estudantes sobre a recepção desse tipo de lixo nos aterros sanitários. Sugere-se que o profissional aplique os questionários e os recolha, leia e explique os conceitos e explane que o aterro sanitário não está preparado para receber este tipo de lixo devido a sua toxicidade.

A segunda aula contempla uma síntese sobre o consumismo e a facilitação de compra dos eletrônicos, além de uma tabela sobre os aspectos positivos e negativos do consumismo para ser preenchida pelos estudantes. Sugere-se promover uma roda de conversa intermediada pelo professor ou debates acerca do tema e o preenchimento de uma tabela (Vide Tabela 1.) com os aspectos positivos e negativos do consumismo. Abaixo se apresenta a tabela a ser preenchida, sobre os aspectos positivos e negativos do consumismo:

Tabela 1 – Aspectos positivos e negativos do consumismo.

ASPECTOS POSITIVOS

ASPECTOS NEGATIVOS





















Fonte: FRAGUAS; GONZALEZ; MARTINS (2019, p. 32).



A terceira aula contém um texto informativo sobre os elementos químicos presentes no lixo eletrônico e uma tabela que deve ser preenchida pelos estudantes com o nome dos elementos químicos, seus símbolos, uma coluna para determinar se a substância é simples ou composta, a jazida de onde é extraído da natureza e os malefícios à saúde. Sugere-se organizar os alunos em duplas ou equipes para preencher a tabela sobre os elementos químicos mais comuns presentes no lixo eletrônico como alumínio, cádmio, chumbo, cobalto, cobre, cromo, estanho, ferro, lítio, mercúrio, níquel, prata e zinco, para que eles assimilem que estas substâncias são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

A quarta aula possui um modelo de calendário a ser preenchido pelos estudantes com o auxílio do professor. Num primeiro momento se pede que os estudantes apontem três locais de coleta próximos de suas casas, em sequência, que os estudantes preencham o calendário com as datas e localização escolhida, para que estes tenham em suas casas estas informações e as utilizem.

A quinta aula consiste em assistir a um vídeo do seriado “menos é demais”, (MENOS É DEMAIS, 2019) preencher uma tabela (Vide Tabela 2.) sobre os produtos ou objetos que o estudante tem em excesso em sua casa e em seu quarto e sugerir a realização de um bazar ou doação de artigos desnecessários, com a finalidade de promover a cidadania e o desapego ao bem material. A seguir apresenta-se a tabela 2 sobre os produtos que os estudantes têm em excesso:

Tabela 2: Sobre os produtos que tenho em excesso:

No mEU QUARTo

NoS oUTRoS cômodos DA CASA





















Fonte: FRAGUAS; GONZALEZ; MARTINS (2019, p. 45).



Na sexta aula há um espaço destinado para a produção de uma resenha crítica sobre o filme Wall-e (WALL-E, 2008) e propõe-se um debate e uma pesquisa. A aula consiste em passar o filme Wall-e para os estudantes, na sequência, em conjunto com o professor da disciplina de Português, orientam-se os estudantes a fazerem uma resenha crítica sobre o filme. Ao finalizar a produção da resenha crítica propicia-se um debate sobre como deixaremos o planeta a nossos descendentes e encaminham-se os estudantes à sala de informática para que pesquisem na internet imagens da cidade em que residem desde a década de 1920 até os dias atuais.

A sétima aula abrange um mapa com as rotas do lixo eletrônico no mundo disponibilizado pela revista Galileu (2012), Com a finalidade de interpretação do mapa, num primeiro momento recomenda que os estudantes analisem o mapa e realizem uma listagem com os países que produzem o lixo eletrônico e para onde estes são destinados.

A oitava aula engloba uma pesquisa direcionada sobre o e-lixo utilizando-se ferramentas como a sala de informática, os smartphones, ou tablets dos próprios estudantes. Para iniciar esta aula é sugerido que os docentes definam num primeiro momento se utilizarão a sala de informática ou os equipamentos eletrônicos dos próprios estudantes. Para finalizar esta sequência didática faz-se um comparativo entre as respostas e os referenciais utilizados pelos estudantes, a fim de promover uma roda de conversa.

A nona aula apresenta um modelo de mapa conceitual sobre o e-lixo direcionado para o professor com a atividade pronta e um modelo para ser realizado pelos estudantes com espaços a serem preenchidos como: conceito, exemplos, substâncias presentes, leis, problemas de saúde, problemas ao meio ambiente e o que fazer para reduzir este e-lixo. Com este exemplo, sugere-se que o profissional oriente os estudantes na montagem do mapa conceitual sobre o e-lixo, direcionando a folha no formato paisagem, a quantidade de quadrinhos a ser preenchido e o que quer em cada quadrinho. A seguir o modelo do mapa conceitual sobre o e-lixo para os estudantes:



Figura 2: Modelo de mapa conceitual sobre o e-lixo para os estudantes.

Fonte: FRAGUAS; GONZALEZ; MARTINS (2019, p. 52).



Na décima aula são ofertadas palavras-cruzadas, assim como as respostas que estão ao final, com enfoque no e-lixo (produtos químicos, destinação adequada), na Educação Ambiental, no consumismo, na obsolescência programada. Há também um espaço destinado à produção de histórias em quadrinhos sobre a temática. Num primeiro momento orientam-se os estudantes a preencherem as palavras-cruzadas, na sequência faz-se a correção e comentários sobre as palavras encontradas no exercício, para que seja iniciada a produção das histórias em quadrinhos. Assim que os estudantes finalizarem a atividade o professor pode avaliar esta atividade e atribuir uma nota a ela.

A décima primeira aula é para ser trabalhada em equipes. Apresentam-se quatro reportagens que enfatizam o lixo eletrônico; a primeira é intitulada “Brasil gerou 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2016”, publicada em 2018 na revista Exame e a autora é Vanessa Barbosa (BARBOSA, 2018). A segunda reportagem foi publicada por Felipe Floresti (2018) na revista Galileu: “Quase todo lixo eletrônico do Brasil é descartado de maneira errada”. A terceira reportagem é “Brasil é o país com maior descarte de lixo eletrônico da América Latina” escrita e publicada pela redação do Ciclovivo (REDAÇÃO CICLO VIVO, 2018). A última reportagem escrita e publicada por Cidades Inteligentes (2018) menciona que o “Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico da América”. Para esta aula sugere-se dividir a sala em grupos e distribuir as reportagens para que os estudantes façam anotações das principais informações contidas; com estes dados, direcionar os estudantes na elaboração de cartazes informativos com os dados contidos nos textos para exposição na escola.

A décima segunda aula orienta o professor na efetivação de seminários enfatizando o lixo eletrônico com enfoque na Educação Ambiental. Lakatos (1991, p. 35) determina que o seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate; sua finalidade é pesquisar e ensinar a pesquisar. Para o autor é fundamental dividir a sala em grupos de 4 ou 5 alunos. Após a divisão, sorteia os temas entre os estudantes: prejuízos do lixo eletrônico ao solo, prejuízos do lixo eletrônico ao ar, prejuízos do lixo eletrônico à água e prejuízos do lixo eletrônico à saúde. Depois de ter definido os temas encaminham-se os estudantes à sala de informática para iniciar as pesquisas, quando estiver pronto o trabalho determinar o início da apresentação dos seminários. Para finalizar promove-se uma roda de conversa sobre as apresentações, para que assim as dúvidas sejam esclarecidas.

A décima terceira aula propõe expor todas as leis que embasam a Educação Ambiental e a temática sobre o lixo eletrônico, mostrar o que acontece com o lixo eletrônico quando é destinado à Logística Reversa. A partir do que foi estudado acerca da Educação Ambiental e sobre o lixo eletrônico, propõem-se a produção de um pôster com o conceito, as substâncias tóxicas presentes no lixo eletrônico, a importância de descartar o lixo eletrônico de maneira correta, sobre logística reversa e sua explicação a fim de informar aos docentes e estudantes sobre os postos de coleta, onde devemos levar o lixo eletrônico para que este seja descartado de maneira ambientalmente correta. Após a produção do pôster, recomenda-se a sua exposição na entrada do Colégio para que a comunidade possa ter acesso às informações atinentes à Educação Ambiental e ao Lixo Eletrônico.



Resultados

O produto de Mestrado, a apostila, está no repositório da UTFPR (FRAGUAS, GONZALEZ; MARTINS, 2019) juntamente com a dissertação de Mestrado.

Consultando as estatísticas observa-se que houve 71 visitações desde que foram postados os documentos no repositório; destas 71 visitações, 36 pessoas fizeram o download da dissertação, 22 do produto e 13 fizeram a leitura online.

Espera-se que com esta divulgação as visitações aumentem para que assim temáticas como o lixo eletrônico e a Educação Ambiental sejam tratadas com mais frequência e ênfase nas escolas, visto que são assuntos extremamente relevantes para a manutenção da qualidade de vida no planeta.



Considerações finais

A Educação Ambiental envolve fatores políticos, sociais, éticos e ambientais, o que a torna muito complexa. Quanto ao lixo eletrônico, a sua produção no nosso cotidiano é comum e está aumentando cada vez mais, porém a população não se atenta aos problemas causados por este lixo uma vez que estes problemas não são muito divulgados.

Neste produto acadêmico (A apostila objeto deste relato de experiência) procurou-se contemplar reflexões concernentes à Educação Ambiental, explicar de forma sucinta e didática a logística reversa, contemplar as sugestões apontadas pelos professores participantes da pesquisa, através de 13 sequências didáticas distintas no âmbito da Educação Ambiental para serem aplicadas em sala de aula com o objetivo de atingir o corpo discente e toda a comunidade. Espera-se que este material oriente os professores em atividades relativas ao lixo eletrônico com enfoque na Educação Ambiental para que os conteúdos sejam abordados com mais frequência nas escolas.



Bibliografia

Barbosa, Vanessa. Brasil gerou 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2016. São Paulo, 2018. Disponível em: < http://twixar.me/Z0qT>. Acesso em: 19 de janeiro de 2020.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, CXLVII, n. 147, 03 ago. 2010. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636>. Acesso em 10 de maio de 2019.

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CIDADES INTELIGENTES. Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico da América. Brasil, 2018. Disponível em:< http://twixar.me/00qT >. Acesso em: 19 de abril de 2020.

floresti, felipe. Quase todo lixo eletrônico do Brasil é descartado de maneira errada. 2018. Disponível em: <http://twixar.me/G0qT>. Acesso em: 10 de março de 2020.

FRAGUAS, Talita; GONZALEZ, Carlos Eduardo Fortes; MARTINS, Alisson Antonio. Apostila com sugestões de atividades sobre o lixo eletrônico no contexto da Educação Ambiental voltada para estudantes do Ensino Médio. 2019. Disponível em: <https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4630>. Acesso em 01 de maio de 2020.

GALILEU. Rotas do Lixo Eletrônico no Mundo. 2012. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/foto/0,,33452751,00.jpg>. Acesso em 05 de março de 2020.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MENOS É DEMAIS. Direção Carla Barros. Brasil: Produtora Discovery Home & Health e FJ Productions, 2019. Reality show 2ª temporada, episódio 6 (23 min e 30 s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qk8W0Ox4mGs>. Acesso em: 11 de abril de 2020.

REDAÇÃO CICLOVIVO. Brasil é o país com maior descarte de lixo eletrônico da América Latina. 2018. Disponível em: http://twixar.me/m0qT. Acesso em 04 de maio de 2020.

WALL-E. Direção: Andrew Staton, produção: Jim Morris. USA. 1 DVD, 1 h 37 min. Pixar Animation Studios, 2008.

Ilustrações: Silvana Santos