Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 61) AÇÕES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DO BOTO-CINZA, (CETACEA, DELPHINIDAE) DA BAÍA DE SEPETIBA, MANGARATIBA - RJ
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ESTUDO DO CONHECIMENTO DOS CETÁCEOS DA BAÍA DE SEPETIBA E AÇÕES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL, MANGAR

AÇÕES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DO BOTO-CINZA, (CETACEA, Delphinidae) DA BAÍA DE SEPETIBA, MANGARATIBA - RJ

 

INGRID FERREIRA PINTO¹; MAYARA BARATA MENEZES¹; THAMIRES LELIS BARBOSA DA SILVA¹,2 & MARCELO DE ARAUJO SOARES¹

 

1 – Universidade Castelo Branco - Escola de Saúde e de Meio Ambiente. Av. Santa Cruz, 1631, Realengo, Rio de Janeiro, RJ – CEP 21.710-250. E-mail: ingrid.feer1894@gmail.com

2 - Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Av. Manuel Caldeira de Alvarenga, 1203, Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ – CEP 23.070-200.

 

 

 

RESUMO

 

Os cetáceos são mamíferos unicamente aquáticos, que ocupam extensa amplitude geográfica e uma grande diversidade de habitats. Os habitats dos cetáceos são diversos eles podem ser encontrados ao longo dos oceanos, costas e rios do planeta. O boto-cinza, Sotalia fluviatilis é um dos menores representantes da Família Delphinidae, medindo entre 1,7 e 2,0 m de comprimento, com coloração cinza escura no dorso a branco rosada no ventre.  Estes animais estão enfrentando várias ameaças em um mundo em constante mudança, há crescente evidência do impacto causado pela pesca, captura acidental, contaminação química, colisões com embarcações, barulho, incômodo, perda de habitat e caça liberada. A Educação Ambiental (EA) trata-se de uma dimensão essencial da educação fundamental que diz respeito a uma esfera de interações que está na base do desenvolvimento pessoal e social. A EA visa induzir dinâmicas sociais, de início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais. O presente estudo tem como objetivo levar aos alunos um maior conhecimento das espécies de cetáceos e conscientizar sobre a importância da preservação dessas espécies na Baia de Sepetiba, analisando o conhecimento prévio sobre a Educação Ambiental. As principais ameaças das espécies na região embasam a necessidade de educação ambiental que é fundamental para a formação de um conhecimento base para compreensão essencial do meio ambiente global e local e da interdependência dos problemas e soluções.

 

Palavras-chave: Boto-cinza, Baía de Sepetiba, Educação Ambiental.

 

 

ABSTRACT

 

Cetaceans are uniquely aquatic mammals, occupying an extensive geographic range and a great diversity of habitats. The habitats of cetaceans are diverse they can be found along the oceans, coasts and rivers of the planet. The gray-billed Sotalia fluviatilis is one of the smallest representatives of the Delphinidae Family, measuring between 1.7 and 2.0 m in length, with a dark gray color on the back and white in the belly. These animals are facing various threats in a constantly changing world, there is growing evidence of the impact caused by fishing, bycatch, chemical contamination, vessel collisions, noise, nuisance, habitat loss, and hunt released. Environmental Education (EA) is an essential dimension of fundamental education that concerns a sphere of interactions that underlies personal and social development. EA seeks to induce social dynamics, starting in the local community and, later, in broader networks of solidarity, promoting a collaborative and critical approach to socio-environmental realities. The objective of this study is to provide students with a better understanding of cetacean species and to raise awareness of the importance of preservation of these species in Sepetiba Bay, by analyzing previous knowledge about Environmental Education. The main species threats in the region are based on the need for environmental education, which is fundamental for the formation of a basic knowledge for an essential understanding of the global and local environment and the interdependence of problems and solutions.

 

Key-words: Estuarine dolphin, Sepetiba Bay, Environmental Education.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Os cetáceos são mamíferos unicamente aquáticos, que ocupam extensa amplitude geográfica e uma grande diversidade de habitats. Atualmente são reconhecidas 86 espécies de cetáceos (baleias, golfinhos e botos) no mundo. Sabe-se que muitos cetáceos se encontram em estado vulneráveis ​​ou ameaçadas de extinção (PRIDEAUX et al., 2003).

Segundo Jefferson (1993) a ordem Cetacea atualmente encontra-se separada em duas subordens Mysticeti e Odontoceti. Os misticetos possuem dentes apenas na fase embrionária, sendo as barbatanas, estruturas córneas fixas nas maxilas, responsável pela filtração e retenção do alimento. Portanto normalmente se alimentam de, copépodes e pequenos peixes, e em geral realizam migração de altaslatitudes para baixas latitudes no inverno.

A subordem Odontoceti é composta pelas famílias Delphinidae, Iniidae, Kogiidae, Lipotidae, Monodontidae, Phocoenidae, Physeteridae, Platanistidae, Pontoporiidae e Ziphiidae; e abrange representantes de 34 gêneros e 71 espécies conhecidas (REEVES et al., 2003). Segundo Prideaux (2003), estes cetáceos estão enfrentando várias ameaças em um mundo em constante mudança, há crescente evidência do impacto causado pela pesca, captura acidental, contaminação química, colisões com embarcações, barulho, incômodo, perda de habitat e caça liberada. Acompanhar e monitorar o grau de populações, status, e a recuperação é muito difícil, a condição de muitas populações de cetáceos é de grande preocupação e em muitos casos muito pouco é conhecido como a uma avaliação precisa. Os habitats dos cetáceos são diversos eles podem ser encontrados ao longo dos oceanos, costas e rios do planeta, do Ártico, através dos trópicos equatoriais para a Antártida. Os cetáceos de rios costeiros têm de ter uma distribuição bem restrita enquanto os habitats de cetáceos marinhos que são frequentemente definidos por características oceânicas, mas do que por características geográficas.

No ambiente os fatores bióticos influenciam muito na vida dessas espécies, como a temperatura da agua, a salinidade, os nutrientes. Algumas espécies usam mais de um habitat durante as diferentes fases da sua migração, incluindo a maioria das grandes baleias se reproduzem em águas tropicais quentes, mas alimentam após longas Migrações em mares polares. Outras espécies, como a orca pode fazer bom uso de vários habitats para acompanhar suas mães ao longo da rota migratória (PRIDEAUX et. al., 2003).

O boto-cinza, Sotalia fluviatilis (Van Bénéden, 1864) é um dos menores representantes da Família Delphinidae, medindo entre 1,7 e 2,0 m de comprimento, com coloração cinza escura no dorso a branco rosada no ventre, a boca contém 26 a 35 dentes em cada fileira. A espécie apresenta uma distribuição aparentemente contínua no Oceano Atlântico Oriental, desde Honduras (América Central) a Florianópolis (Brasil, América do Sul). O boto-cinza apresenta hábito costeiro e estuarino, podendo ser eventualmente observado em desembocadura de rios e lagoas costeiras (JEFFERSON, 1993).

A baía de Sepetiba dista cerca de 80 km do centro da cidade do Rio de Janeiro, é uma baía semi-fechada com 519 Km2 de área, sendo limitada ao Sul pela restinga da Marambaia e a Norte e Leste pelo e continente. Abrange a região de Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Itaguaí, Coroa Grande, que não dispõe rede de esgoto sanitário. As principais atividades desenvolvidas na Baia de Sepetiba são a pesca comercial e o turismo, tendo ainda o porto da ilha Guaiba e o porto de Sepetiba, o que aumenta o trafego de embarcações de grandes portes, transportando cargas diversas, sendo estas ambientalmente perigosas. Entretanto devido a estes fatores tornou-se necessário um plano de manejo para as espécies que vivem nesse ambiente. A Sotalia fluviatilis que hoje usa a baia como principal fonte de alimentação é umas das espécies mais ameaçadas dessa região e como um monitoramento dessas espécies é utilizado o trabalho de foto identificação que proporcionam o conhecimento dos animais que habitam essa região, além de estimar o tamanho populacional dessa família que ocupa a baia (CAMPOS, 2004).

Compreender os cenários do litoral brasileiro requer uma ampla análise dos agentes envolvidos na formação socioespacial desde a colonização até os dias atuais. Toda essa problemática ambiental envolvendo a ação humana em ambientes costeiros trás o desafio de manutenção de grandes áreas de interesse ambiental e social (CASTRO et al., apud LELIS et al., 2016).

De acordo com Sauvé (2005), a educação ambiental não é, portanto, uma “forma” de educação entre inúmeras outras; não é simplesmente uma “ferramenta” para a resolução de problemas ou de gestão do meio ambiente, trata-se de uma dimensão essencial da educação fundamental que diz respeito a uma esfera de interações que está na base do desenvolvimento pessoal e social, a da relação com o meio em que vivemos, com essa “casa de vida” compartilhada. A educação ambiental visa a induzir dinâmicas sociais, de início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam e das soluções possíveis para eles.

Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida, refletindo uma crise ambiental. Isto nos remete a uma necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar e agir em torno da questão ambiental numa perspectiva contemporânea (JACOBI, 2003).

O meio ambiente deve ser interpretado como o somatório de condições indispensáveis à vida, alusivas à natureza, ao homem e ao produto resultante das relações entre eles e promover a qualidade ambiental é essencial para a humanidade. Deve-se desde a mais tenra idade começar a estimular o equilíbrio na relação homem X ambiente (FREITAS & RIBEIRO, 2007).

Consideremos inicialmente o meio ambiente – natureza (para apreciar, para respeitar, para preservar). Na origem dos atuais problemas socioambientais existe essa lacuna fundamental entre o ser humano e a natureza, que é importante eliminar. É preciso reconstruir nosso sentimento de pertencer à natureza, a esse fluxo de vida de que participamos. A educação ambiental leva-nos também a explorar os estreitos vínculos existentes entre identidade, cultura e natureza, e a tomar consciência de que, por meio da natureza, reencontramos parte de nossa própria identidade humana, de nossa identidade de ser vivo entre os demais seres vivos. É importante também reconhecer os vínculos existentes entre a diversidade biológica e a cultural, e valorizar essa diversidade “biocultural” (SUAVÉ, 2005).

Segundo Jacobi (2003), a reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, abrange uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental.

É preciso que a parcela da população que desconhece as possíveis consequências do desequilíbrio ecológico seja contagiada por uma nova cultura relacionada ao papel de cada indivíduo na sociedade (MACHADO et al., apud SIQUEIRA et al., 2015).

O presente estudo tem como objetivo levar aos alunos um maior conhecimento das espécies de cetáceos, verificar a abordagem da educação ambiental em sala de aula e conscientizar sobre a importância da preservação desses cetáceos na Baia de Sepetiba, visando à conservação desta população de botos e do ecossistema em geral. Analisando o conhecimento prévio sobre a Educação Ambiental pelo corpo discente, identificando o interesse dos alunos sobre o assunto abordado e transmitindo para o corpo discente a importância da conservação dessas espécies para o meio ambiente.

 

 

MATERIAL E MÉTODOS

 

Este trabalho foi desenvolvido através da disciplina de Práticas Investigativas, da Universidade Castelo Branco, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro – RJ. A pesquisa foi realizada com alunos da escola CIEP Brizolão 294 Candido Jorge Capixaba, localizado na Praia do Saco, no Município de Mangaratiba, do estado do Rio de Janeiro – RJ. A principal metodologia foi o estudo quantitativo de coleta de informações, que envolveu observação participante e entrevistas através de questionários avaliativos sobre o conhecimento dos cetáceos da Baía de Sepetiba e a importância destes animais para o meio ambiente através de ações em educação ambiental. O método quantitativo Segundo Dalfovo et al., (2008), é tudo que pode ser mensurado em números, classificados e analisados. Utiliza-se de técnicas estatísticas.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

            Foram entrevistados 89 alunos, do 6º ao 9º ano, com idades entre 12 e 15 anos. As primeiras perguntas do questionário foram referentes a nome, idade e sexo.

            Dos entrevistados, 37% afirmaram que conhecem o conceito de Educação Ambiental, enquanto que 63% disseram que não conhecem (gráfico 1).     Segundo Cascino et al., (1998), a educação ambiental precisa ser vista como processo permanente de aprendizagem, sendo que a grande maioria das atividades no país é feitas dentro de uma modalidade formal.

Quando questionados se é importante preservar e cuidar do meio ambiente, todos os alunos responderam que sim, como podemos observar no gráfico 2. Para Ruiz et al., (2005) parte-se do pressuposto de que a educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do Meio Ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que confrontam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos no presente e no futuro.

Tabanez & Pádua (1997) diz que a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais que se complexificam e riscos ambientais que se intensificam.

 

 


 

   

Gráfico 1                                                                      Gráfico 2

 

 

 

Os alunos foram perguntados se possuíam algum conhecimento sobre o boto-cinza, apenas 22% dos entrevistados responderam que sim e 78% responderam que não (gráfico 3). Quando questionados se sabiam que na Baía de Sepetiba tem boto-cinza, 45% responderam que sim, enquanto 55% responderam que não sabiam (gráfico 4).  O boto Sotalia fluviatilis é um pequeno membro da família Delphinidae do Atlântico Ocidental com distribuição desde a Nicarágua (THOMPSON, 2000) até Florianópolis no Sul do Brasil (SIMÕES, 1988). Freqüenta águas costeiras, baías e a embocadura de rios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gráfico 3                                                                Gráfico 4

 

 

Também foi feito um comparativo entre os resultados obtidos da turma do 6º ano com as turmas do 7º, 8º e o 9º, já que as turmas do 6º ano participam do projeto boto cinza, visando confirmar o aprendizado prévio destes alunos, por fazerem parte deste projeto saberiam responder com clareza a questão que visa saber quais são as principais ameaças ao boto cinza. Onde o resultado não foi diferente do esperado, pois apenas 2 % dos alunos do 6º ano que fazem parte do projeto boto cinza responderam de forma correta e 98% de forma incorreta. Apesar do conhecimento dos alunos a respeito do conceito do termo educação ambiental, é possível observar um interesse nestes a respeito de preservação, desta maneira estes resultados especificamente não são completamente conclusivos, podendo ser resultado de uma má interpretação desta questão, da mesma maneira que os resultados obtidos da questão seguinte. Apesar disto, houve uma prevalência de alunos que não sabiam da presença de botos na região e também de alunos que responderam incorretamente a respeito das principais ameaças a espécie, confirmando assim a importância do trabalho.

(Gráfico 5) Comparativo objetivando avaliar o aprendizado prévio dos alunos a respeito das principais ameaças e preservação da espécie.

(Gráfico 6) Comparativo com a turma do 6º ano já que a mesma participa do projeto boto cinza realizado na Escola, com as demais turmas do 7º, 8º e 9 º ano que não fazem parte deste projeto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


               

(Gráfico 5)                                                              (Gráfico 6)

 

 

A respeito da comparação feita entre alunos participantes do projeto boto cinza, apesar das variáveis como comportamento em sala de aula, os dados pendendo negativamente ao não conhecimento de estratégias de preservação e principais ameaças da espécie na região embasam a necessidade da educação ambiental, assim o papel dos professores é fundamental para a formação de um conhecimento base para compreensão essencial do meio ambiente global e local e da interdependência dos problemas e soluções (JACOBI 2002), além de diferentes métodos de educação a respeito da educação ambiental além da sala de aula. Através da Educação Ambiental busca-se o desenvolver da consciência crítica e a sensibilização ambiental a fim de promover atitudes e condutas que favoreçam o exercício da cidadania, a preservação do ambiente e a promoção da saúde e do bem-estar (MELO et al., 2015). É importante ressaltar que a Educação ambiental ainda é um campo em construção, já que ela é uma práxis que está diretamente relacionada às diversas concepções de mundo e, ainda, inscrita em princípios metodológicos alicerçados nessas concepções (LELIS & SOARES, 2016).

 

 

 

CONCLUSÃO

 

A educação ambiental é um assunto bastante debatido e de grande relevância na educação das pessoas, pois ajuda os cidadãos a compreender que o meio ambiente é de grande importância para a nossa sobrevivência na terra e por estes motivos precisamos cuidar e preservar. Fica evidente então, que a EA, é um projeto educacional amplo que pretende conscientizar e mobilizar as pessoas e grupos para agir de modo que conceba a sua relação com o meio ambiente e a sociedade.

Concluímos, portanto, que o ensino e aprendizagem dos alunos na disciplina de Ciências não são as que mais agradam e sustentam o corpo discente desta escola, faltando informações para a melhoria do ensino aprendizagem, o que de fato podemos observar através dos resultados desta pesquisa, e que a escola precisa trabalhar mais em relação as questões ambientais, pois a maioria dos alunos não tem um bom entendimento sobre educação ambiental. Outro fato preocupante observado durante a elaboração deste trabalho foi à vaga compreensão dos alunos sobre o tema abordado onde muitos não sabiam da presença de botos na região, o que seria de grande importância levar aos alunos através de palestras e informações sobre estas espécies e uma forma de conscientização com o meio ambiente.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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Ilustrações: Silvana Santos