Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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DRONE É USADO PARA CONFIRMAR A EXISTÊNCIA DE TRIBO ISOLADA NA AMAZÔNIA
por Mongabay.com en 7 Setembro 2018 | Translated by Mariana Almeida O governo brasileiro usou um drone para confirmar a existência de uma tribo indígena isolada na floresta amazônica. A FUNAI, Fundação Nacional do Índio, conduziu uma expedição em uma área perto da fronteira brasileira com o Peru para confirmar a existência de pessoas isoladas, por própria vontade, ao longo do rio Juruazinho. Para confirmar a existência do grupo sem invadir seu território, a FUNAI usou um drone para sobrevoar a floresta e fotografar barracas e plantações em meio a um clarão na mata. O drone também filmou duas pessoas andando, e uma delas carregava uma espécie de lança ou arpão. O governo brasileiro usou um drone para auxiliar na confirmação da existência de uma tribo indígena isolada na floresta amazônica. A FUNAI, Fundação Nacional do Índio, conduziu uma expedição em uma área perto da fronteira brasileira com o Peru para confirmar a existência de pessoas isoladas, por própria vontade, ao longo do rio Juruazinho, que separa os territórios indígenas de Mawetek e do Vale do Javari. A área é muito remota – a FUNAI afirma que sua equipe percorreu mais de 180 quilômetros a barco, carro, moto, e mais 120 quilômetros a pé no meio da floresta. Em duas expedições anteriores a esta, a FUNAI coletou pistas desse grupo isolado, incluindo um machado com lâmina de pedra, um instrumento feito com casca de árvore, e canoas feitas com troncos ocos de palmeira. Para confirmar a existência do grupo sem invadir seu território, a FUNAI usou um drone para sobrevoar a floresta e fotografar barracas e plantações em meio a um clarão na mata. O drone também filmou duas pessoas andando – uma delas carregava uma espécie de lança ou arpão – e muitas outras pessoas, incluindo crianças. Os dois territórios indígenas são o lar de uma variedade de tribos, segundo a FUNAI. O território do Vale do Javari, que, com seus 85 mil quilômetros quadrados, é maior que a Áustria, tem muitos grupos já identificados – Matsés, Matis, Marubo, Kanamari, Kulina-Pano, Korubo (recém-contatado) e Tsohom Djapa (recém-contatado) – e quase 16 grupos isolados, dois quais 11 já foram confirmados. O território indígena Mawetek, que cobre 1.150 quilômetros quadrados, é ocupado pelo povo Kanamari. A FUNAI conduz esse tipo de expedição para proteger grupos indígenas isolados. Hoje, esses grupos recebem muito espaço, na forma de grandes territórios de terra, tanto para permitir que eles continuem a viver de forma tradicional, quanto para protegê-los das invasões e doenças transmitidas por estranhos. Entretanto, investidas ilegais às terras indígenas, feitas por madeireiros, mineiros, fazendeiros, traficantes de drogas e especuladores, representam um problema. A mais recente expedição da FUNAI ao Rio Juruazinho, por exemplo, encontrou caçadores ilegais perto do Vale do Javari e invasores no território Mawetek. “A vigilância e a supervisão deveriam ser intensificadas na região para coibir a ação dos infratores e garantir a total ocupação do território por indígenas”, afirma o coordenador de campo da expedição, Vitor Góis, em uma publicação. Considera-se que existam, no Brasil, cerca de 70 grupos sem contato com pessoas de fora. Acredita-se que muitos desses grupos vivem isolados por vontade própria, após terem vivenciado interações negativas com estranhos, incluindo depredações provocadas por missionários, colonizadores e traficantes de borracha. Alguns grupos isolados do Peru e do Brasil têm saído da floresta como reação aos conflitos e invasões. O primeiro contato é arriscado para os indígenas, pois eles ficam expostos a doenças para as quais ainda não possuem resistência. Por isso, a FUNAI tenta gerenciar essas primeiras interações para reduzir os riscos no país. Alguns grupos isolados do Peru e do Brasil têm saído da floresta como reação aos conflitos e invasões. O primeiro contato é arriscado para os indígenas, pois eles ficam expostos a doenças para as quais ainda não possuem resistência. Por isso, a FUNAI tenta gerenciar essas primeiras interações para reduzir os riscos no país e muitas outras pessoas, incluindo crianças, nos fronteiras da floresta”. Artículo publicado por Maria Salazar
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