A
TECNOLOGIA DE VIDEOGRAVAÇÃO
COMO
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA
Márcia
Belo Soares
Rita
de Cássia Frenedozo2
Mestre
em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade
Cruzeiro do Sul - São Paulo, Doutoranda em Ensino de Ciências
pela Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL, e-mail:
belomarcia@yahoo.com.br
2
Doutora
Doutorada em Geociências e Meio Ambiente (Universidade Cruzeiro
do Sul - São Paulo, Pós-Graduação em
Ensino de Ciências e Matemática), e-mail:
ritafrenedozo@yahoo.com.br
RESUMO
O
artigo tem como objetivo apresentar as potencialidades da metodologia
de tecnologia de vídeo utilizada nas aulas de ciências
como instrumento de investigação dos saberes dos
estudantes sobre o processo de transformação da matéria
orgânica em substâncias húmicas (húmus)
dentro de uma composteira. Os trabalhos foram desenvolvidos com
estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental e contou com a
professora como observadora da proposta. A atividade investigativa
teve duração de 7 aulas e contou com 3 momentos, são
eles: 1º - Problematização, Investigação
e Produção de Dados; 2º Tratamento dos Dados
Transcrição e Análise e 3º Organização
e Aplicação. Para produção de dados
utilizamos videogravações de maneira coletiva e
individual. As análises evidenciam o quanto as tarefas de
natureza exploratórias e investigativa são importantes
para o aprendizado dos estudantes em um movimento de reflexão,
socialização e argumentação. Os
resultados apontaram para a responsabilidade e sensibilidade
ambiental dos educandos e a atividade de natureza exploratória
foi fundamental para observar os saberes dos alunos em relação
aos fatores que favorecem a transformação química
dos materiais e possibilitam a decomposição da matéria
orgânica dentro da composteira.
Palavras-chave:
Ensino de Ciências, abordagem investigativa vídeo,
Educação Ambiental.
ABSTRACT
The
aim of this article is to present the potentialities of the video
technology methodology used in science classes as a tool to
investigate students' knowledge about the process of transformation
of organic matter into humic substances (humus) within a composter.
The works were developed with students of the 2nd year of elementary
school and counted on the teacher as an observer of the proposal. The
investigative activity lasted 7 classes and counted on 3 moments,
they are: 1º - Problematization, Investigation and Data
Production; 2nd Transcription and Analysis Data Processing and 3rd
Organization and Application. For data production we use video
recordings collectively and individually. The analyzes show how
exploratory and investigative tasks are important for student
learning in a reflection, socialization and argumentation movement.
The results pointed to the environmental responsibility and
sensitivity of the students and the activity of exploratory nature
was fundamental to observe the knowledge of the students in relation
to the factors that favor the chemical transformation of the
materials and make possible the decomposition of the organic matter
inside the compost.
Keywords:
Science Teaching, Video Investigative Approach, Environmental
Education.
INTRODUÇÃO
A
aprendizagem segundo Demo (2009) não foi inventada pelas novas
tecnologias, contudo, elas trazem para a sala de aula muitas
novidades significativas para a aprendizagem. E cabe ao educador
proporcionar aos estudantes o que há de melhor em relação
ao conhecimento e as tecnologias. Para o autor a instrumentação
metodológica é um suporte indispensável para a
educação científica, sendo ela uma das
habilidades do século XXI, devendo fazer parte
da formação do aluno (DEMO, 2009).
Neste
sentido, é fundamental que os professores se aproximem das
tecnologias educacionais disponíveis atualmente e proporcionem
aos estudantes momentos de reflexão, argumentação
e criticidade favorecendo a criação do conhecimento.
Educar
e pesquisar conforme Demo (2000) são atividades ligadas e
necessitam estar presente no cotidiano de educadores e educandos. E
segundo o autor cabe primeiramente ao profissional da educação
ser um pesquisador.
A
utilização do vídeo como instrumento
metodológico de pesquisa é de extrema importância,
pois, possibilita aos pesquisadores observar detalhes, que muitas
vezes podem passar despercebidos durante a pesquisa.
Com
a utilização das novas tecnologias (videogravação)
nas pesquisas em diversos campos do conhecimento alguns métodos
para coleta de dados, transcrição e análise de
dados de videogravações surgem como estratégia
para possibilitar o trabalho do pesquisador.
Ludke
(1986) coloca que a observação é um dos
principais instrumentos de coleta de dados nas abordagens
qualitativas. E uma observação controlada e sistemática
é um instrumento fidedigno de investigação
científica. Devendo se concretizar com um planejamento
minucioso do trabalho e preparação rigorosa do
pesquisador.
Neste
contexto, os autores Powell e Wellerson (2015) apresentam um método
analítico para coleta e análise de dados capturados em
videogravação. E apontam algumas possibilidades de
limitações na tomada da decisão em relação
à utilização do vídeo como uma
metodologia de investigação do ensino aprendizagem.
Os
autores citam que, ainda há uma carência em relação
à discussão do assunto na literatura, apontam que em
algumas pesquisas a preocupação ainda é voltada
para discussão dos resultados gerados e não
especificamente para a utilização e a maneira de como
tratar os dados obtidos.
A
utilização do vídeo como instrumento para coleta
de informação oral e corporal pode conforme
Powell, Francisco e Maher (2004) capturar:
comportamentos
valiosos e interações complexas e permite aos
pesquisadores reexaminar continuamente os dados. Ele estende e
aprimora as possibilidades da pesquisa observacional pela captura do
desvelar momento-a-momento, de nuances sutis na fala e no
comportamento não verbal (POWELL;
FRANCISCO; MAHER, 2004, p.
86).
Um
aspecto importante quando da utilização do vídeo
como instrumento metodológico são os chamados eventos
críticos que são “sequências conectadas de
expressões e ações” são momentos
importantes que requerem observação atenta e estudo por
parte do pesquisador (POWELL; FRANCISCO e MAHER, 2004, p. 104).
A
escolha da temática ambiental teve sua origem a partir de uma
Sequência Didática (SD) a qual trabalhou a Educação
Ambiental de maneira crítica e possibilitou aos estudantes
verificar se a escola praticava ações voltadas para a
sustentabilidade. Os temas trabalhados durante a realização
das atividades com a Sequência Didática foram:
sustentabilidade; compostagem; consumismo; redução de
lixo orgânico e inorgânico; coleta seletiva e matéria
orgânica e inorgânica.
Contudo,
mesmo com o término das atividades sequenciadas alguns
questionamentos foram surgindo durante nossos momentos de reflexão
(rodas de conversas) e uma questão que se colocou foi: Como
ocorre o processo de decomposição da matéria
orgânica dentro da composteira?
Conforme
os PCNs as discussões com o tema Meio Ambiente nas
instituições escolares devem contribuir para a formação
de cidadãos conscientes, capazes de decidir e atuar
socialmente no âmbito local e global (BRASIL, 2001).
Neste
contexto, foi que originou este trabalho investigativo, o qual tem
como objetivo apresentar as potencialidades da metodologia de
tecnologia de vídeo utilizada nas aulas de ciências como
instrumento de investigação dos saberes dos estudantes
sobre como ocorre o processo de transformação da
matéria orgânica em substâncias húmicas
(húmus) dentro de uma composteira.
Os
trabalhos foram desenvolvidos com estudantes do 2º ano do 1º
Ciclo do Ensino Fundamental Ensino e contou com a professora como
observadora da proposta. Para tanto, utilizamos o modelo analítico
proposto por Powell, Francisco e Maher (2004) que visa auxiliar
pesquisadores na análise dos dados coletados em vídeo.
METODOLOGIA
Este
trabalho investigativo originou-se de uma atividade Sequência
Didática (SD), a qual trabalhou a Educação
Ambiental de maneira crítica, levando os educandos à
reflexão e verificação sobre algumas ações
praticadas na escola visando sua sustentabilidade. Durante as
atividades com a SD trabalhamos os temas sustentabilidade;
compostagem; consumismo; redução de lixo orgânico
e inorgânico; coleta seletiva e matéria orgânica e
inorgânica.
No
entanto, mesmo após, o término das atividades da SD,
alguns questionamentos se fizeram presentes em nossas rodas de
conversas. E uma questão colocada pelos alunos foi sobre o
processo de decomposição da matéria orgânica
dentro da composteira.
Neste
contexto, nosso artigo tem como objetivo apresentar as
potencialidades da metodologia de tecnologia de vídeo
utilizada nas aulas de ciências como instrumento de
investigação dos saberes dos estudantes sobre como
ocorre o processo de transformação da matéria
orgânica em substâncias húmicas (húmus)
dentro da composteira.
A
pesquisa foi desenvolvida em uma escola da rede municipal de Santo
André - SP. A qual atende a demanda do próprio bairro
e de bairros adjacentes, e possui um total de 664 alunos, sendo 188
de Educação Infantil e 476 de Ensino Fundamental.
Participaram
da atividade 29 estudantes do 2º ano do 1º Ciclo do Ensino
Fundamental, faixa etária entre 7 e 8 anos e a atividade
contou com a professora como observadora da proposta.
A
proposta visou à formação do pensamento crítico,
levando-os a refletir sobre como ocorre o processo de transformação
da matéria orgânica em substâncias húmicas
(húmus) dentro da composteira.
A
atividade investigativa teve duração de 7 aulas de 60
minutos cada aula e utilizamos para análise o modelo analítico
proposto por Powell, Francisco e Maher (2004) o qual auxilia
pesquisadores quanto a utilização do vídeo como
instrumento metodológico de coleta e análise dos dados.
De
acordo com Powell, Francisco e Maher (2004) a captura do conteúdo
com o vídeo leva a análise dos dados considerando a
entrevista de cada estudante individualmente, entrevistas clínicas,
pequenos grupos ou ainda com todos os alunos da sala envolvidos na
proposta de pesquisa.
A produção do vídeo
aconteceu de maneira coletiva e individual, todo material coletado
foi analisado em seus mínimos detalhes, buscando a
identificação de momentos críticos. No entanto,
tendo em vista a grande quantidade de material coletado durante as
atividades, esclarecemos que, neste trabalho apresentaremos os dados
da entrevista realizada com um dos alunos (A1), a qual será
descrita, transcrita e analisada. A proposta foi desenvolvida em 7
aulas de 60 minutos cada aula, conforme quadro 1.
Quadro 1 – Proposta
investigativa o uso da tecnologia
de vídeo como metodologia
Fonte:
elaborado pelas pesquisadoras
A atividade contou com os seguintes
momentos: problematização inicial e investigação
objetivando identificar os saberes dos estudantes sobre, como ocorre
o processo de transformação da matéria orgânica
em substâncias húmicas (húmus) dentro de uma
composteira, organização dos conhecimentos e aplicação
dos conhecimentos adquiridos.
O 1º momento problematização, investigação
e produção de dados: teve duração de 2
aulas. Nele foi apresentada a proposta do trabalho aos alunos e a
problematização inicial se deu por meio de uma roda de
conversas. A investigação por aula videogravada que
visou levar o aluno à reflexão sobre o processo de
compostagem e a decomposição e transformação
da matéria orgânica em húmus.
Para
a produção de dados utilizamos a videogravação
como um importante instrumento metodológico de investigação,
os mesmos foram produzidos a partir das expressões orais e
corporais registrados.
Também
foram utilizados outros instrumentos para a coleta de dados como: os
registros fotográficos, produção de texto e
produção de desenho esquemáticos sobre o tema.
Na
etapa Tratamento dos Dados segundo momento para a transcrição
e análise da aula investigativa videogravada seguimos as
orientações de Powell, Francisco e Maher (2004, p. 98)
os quais descrevem 7 fases para transcrição e análise
de vídeo que se relacionam, contudo, não são
lineares, são elas:
1)
observação atenta dos dados vídeo
2)
descrição dos dados
3)
identificar eventos críticos
4)
transcrição
5)
codificação
6)
construção de um enredo
7)
compor a narrativa
Iniciamos
nosso tratamento dos dados com a observação atenta dos
dados sem impor intencionalidade, a fim de nos familiarizarmos com o
conteúdo gravado. Após, foram observadas as expressões
orais e corporais dos estudantes, bem como suas inquietações,
emoções e outros aspectos importantes visando à
identificação e seleção dos momentos
críticos.
Segundo
Powell, Francisco e Maher (2004, p.104) eventos críticos são
“sequências conectadas de expressões e ações”,
são momentos significativos que de uma maneira direta ou
indireta são fundamentais para a pesquisa.
Em
relação à descrição dos eventos
críticos os Powell, Francisco e Maher (2004) citam que:
devido
à intensidade da mídia, o uso de dados de vídeo
resulta frequentemente numa enorme quantidade de informação.
Para propósitos analíticos, isso leva ao desafio de não
apenas se familiarizar com o conteúdo dos dados do videoteipe,
mas também de conhecê-lo em seus mínimos detalhes
(POWELL; FRANCISCO; MAHER, 2004 p. 102).
Nas
fases de identificação e descrição dos
eventos críticos, foi necessário assistir ao evento
várias vezes, possibilitando assim a compreensão do
fenômeno analisado e identificando maior diversidade e riqueza
de informações.
O intervalo de tempo se faz necessário
para a identificação de início e término
de um evento, bem como, para facilitar a localização do
episódio em futuras observações (POWELL;
FRANCISCO; MAHER, 2004.
Assim,
relatamos, no quadro 2, por meio de textos curtos as ocorrências
de cada situação e identificamos o intervalo de tempo
do evento no vídeo, visando facilitar a localização
do episódio em posteriores análises.
Quadro
2 – Descrição dos dados
e a potencialidade da tecnologia de vídeo
Fonte:
elaborado pelas pesquisadoras
Em
seguida serão realizadas as transcrições dos
eventos críticos, as quais segundo Powell, Francisco e Maher
(2004) devem seguir de maneira a descrever o evento, conforme quadro
3.
Para
realização da transcrição da
videogravação a professora/pesquisadora (P) observou e
visualizou o vídeo por várias, com o objetivo de
transcrever na integra os dados coletados.
Quadro
3 – Comentários e Transcrição de um evento
crítico
Fonte:
elaborado pelas pesquisadoras
Conforme
Powell, Francisco e Maher (2004) a fase de codificação
busca a identificação de temas que tem como objetivo
ajudar o pesquisador a interpretar seus dados. É uma fase que
requer a visualização do vídeo por várias
vezes e com um olhar bastante atento. Pois, ao examinar o vídeo
repetidas vezes o pesquisador pode perceber interrogações,
novos caminhos a serem trilhados.
Os
códigos que emergem nesta fase focam a identificação
de temas e padrões nas interações discursivas.
Nesse
sentido, conforme orientações de Powell, Francisco e
Maher (2004) construímos o quadro 4, com as categorias
emergentes: Reciclagem e Fatores que favorecem a degradação
da matéria orgânica. Buscando assim responder nossa
questão central: Quais os saberes dos estudantes sobre como
ocorre o processo de transformação matéria
orgânica em substâncias húmicas (húmus)
dentro da composteira?
Nesse
contexto, organizamos as categorias, analisamos e descrevemos suas
relações com os momentos críticos apresentados
na gravação, conforme quadro 3. E concordamos com os
autores quando citam que a construção da narrativa
perpassa por todo processo da pesquisa.
Quadro
4 – Codificando e Construindo o Enredo (os saberes do aluno A1)
Fonte:
elaborado pelas pesquisadoras
Os
dados e os comentários apresentados no quadro 4 revelam os
saberes do estudante (A1) entrevistado sobre como ocorre o processo
de transformação matéria orgânica em
substâncias húmicas (húmus) dentro da
composteira. Pode-se perceber sua responsabilidade e sensibilidade em
relação ao meio ambiente. Bem como, seus saberes em
relação à transformação química
dos materiais devido alguns fatores como a temperatura, a qual
favorece a decomposição da matéria orgânica
dentro da composteira.
O
terceiro e último momento denominado Organização
e Aplicação dos conhecimentos teve como foco a
finalização da atividade investigativa, foram
selecionadas 3 (três) aulas onde os estudantes puderam
sistematizar os conhecimentos.
Foi
exibido um vídeo sobre processo de Compostagem e realizamos
uma aula-passeio investigativa em um Parque de Educação
Ambiental, onde os estudantes puderam ter uma aula prática
sobre o processo de transformação da matéria
orgânica em dentro da composteira.
Para
fechamento e sistematização da atividade realizamos uma
roda de conversas sobre o assunto, e em seguida os estudantes
expressaram por meio de produção de texto e desenhos
esquemáticos (figura 1) seus conhecimentos sobre o processo de
decomposição da matéria orgânica.
Figura
1 – Desenhos esquemáticos sobre Processo de Decomposição
da Matéria Orgânica
Fonte:
elaborado pelos estudantes
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As
intervenções educativas foram desenvolvidas visando
proporcionar conhecimentos e as interações dos alunos
foram facilitadoras para processo de ensino e aprendizado.
Segundo
Demo (2014) é preciso transformar a escola em laboratório
de pesquisa e produção do conhecimento, sendo
educadores e educandos os pesquisadores.
Durante
a aula investigativa os alunos refletiram e discutiram a fim de
responder a questão: Como ocorre o processo de transformação
da matéria orgânica em substâncias húmicas
(húmus) dentro da composteira?
A
utilização da metodologia de tecnologia
de videogravação buscou revolucionar as práticas
pedagógicas e permitiu avanços nas ações
educativas.
A
atividade de investigação proposta apresentou as
potencialidades da metodologia de tecnologia de vídeo
utilizada nas aulas de ciências como instrumento de
investigação dos saberes dos estudantes sobre como
ocorre o processo de transformação matéria
orgânica em substâncias húmicas (húmus)
dentro da composteira.
Uma
limitação que colocamos em relação à
metodologia de análise de vídeo foi a enorme quantidade
de dados coletados, esclarecemos que eles foram analisados
minuciosamente. Porém, em relação à
descrição, transcrição e análise
optamos por trabalhar com a entrevista do aluno (A1) a qual nos
revelou sua responsabilidade e sensibilidade ambiental e seus
conhecimentos sobre alguns fatores como a temperatura, que favorece a
transformação química dos materiais e
possibilita a decomposição da matéria orgânica
dentro da composteira.
As
práticas dialógicas proporcionaram aos estudantes
momentos de discussão e reflexão
sobre o processo de decomposição da matéria
orgânica favorecendo um olhar mais crítico. E a
videogravação da atividade possibilitou a educadora
refletir sobre os conceitos adquiridos pelos educandos em relação
ao tema, esclarecemos que estes
saberes também
foram observados e apontados pelo grupo como um todo.
A
metodologia de
tecnologia de videogravação se tornou um suporte para a
pesquisadora, possibilitando-lhe um novo olhar sobre os conhecimentos
dos estudantes. Corroborando com Powell,
Francisco e Maher (2004) quando apontam que ela permite ao
pesquisador observar detalhes que muitas vezes passam despercebidos
durante a pesquisa.
Portanto,
consideramos que a
metodologia de tecnologia de videogravação utilizada
foi de extrema importância para a pesquisa, ela nos permitiu
perceber que a imagem oferece e possibilita à prática
de observação, descrição, transcrição
e análise dos dados coletados.
REFERÊNCIAS
BRASIL,
Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Temas
transversais.
Brasília: MEC/SEF, 2001.
DEMO,
Pedro. Educação
Científica. Revista
Brasileira de Iniciação Científica, vol. 1, nº
01, Mai. 2014. Disponível em:
<https://itp.ifsp.edu.br/ojs/index.php/IC/article/viewFile/10/421>.
Acesso em: 25 out. 2017.
DEMO,
Pedro. Aprendizagens e Novas
Tecnologias. Revista
Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação
Física, v. 1, n. 1, p.53-75, Ago.2009. Disponível:
<http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/sat/textos/80-388-1-PB.pdf>.
Acesso em: 23 out.2017.
DEMO.
Pedro. Educar pela pesquisa.
Campinas: Editora Autores Associados, 4 ed., 2000.
POWELL,
Arthur B. e SILVA, Wellerson Quintaneiro da. O
vídeo na pesquisa qualitativa em Educação
Matemática: investigando
pensamentos matemáticos de alunos. Métodos de pesquisa
em educação matemática usando escrita, vídeo
e internet. (Org.) Arthur B. Powell. Campinas, SP: Mercado de Letras,
2015, p.14-60. (Coleção Educação
Matemática).
POWELL,
Arthur; FRANCISCO J.M; MAHER, Carolyn A. (2004). Uma
abordagem à análise de dados de vídeo para
investigar o desenvolvimento de ideias e raciocínios
matemáticos de estudantes.
Tradução: JUNIOR, A. O. In: BOLEMA: Boletim de Educação
Matemática. UNESP. Rio Claro, SP. v 17, 21, 81-140, mai. 2004.
LUDKE,
Menga & ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa
em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo, Editora Pedagógica
e Universitária, 1986.
LIMA,
Fernando Henrique de. Um
método de transcrições e análise de
vídeos: a evolução
de uma estratégia. In: VII Encontro Mineiro de Educação
Matemática (VII EMEM), 2015, São João Del Rei.
Universidade Federal de São João Del Rei, 2015. v. 7.
p. 1-11. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/emem/programacao/comunicacoes-cientificas/cc-textos-completos/>.
Acesso em: 03 nov. 2017.
BELEI,
Renata Aparecida; GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina; NASCIMENTO,
Edinalva Neves e MATSUMOTO, Patrícia Helena Vivan Ribeiro. O
uso de entrevista, observação e videogravação
em pesquisa qualitativa.
Cadernos de Educação. Pelotas, jan/jun/ 2008. p. 187 –
199.
" data-layout="standard"
data-action="like" data-show-faces="true" data-share="true">