Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Notícias
13/03/2019 (Nº 67) O MAIOR JARDIM BOTÂNICO DO MUNDO É COMANDADO POR UM BRASILEIRO!
Link permanente: http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=3550 
  

O MAIOR JARDIM BOTÂNICO DO MUNDO É COMANDADO POR UM BRASILEIRO!



JARDINS DE KEW COMPÕEM UM CENTRO DE PESQUISA DE EXCELÊNCIA NA PERIFERIA DE LONDRES, ONDE ALEXANDRE ANTONELLI É DIRETOR CIENTÍFICO

VERÔNICA SOARES 

 Alex Antonelli em foto de Johan Wingborg / Universidade de Gothenburg (Divulgação)

Os Reais Jardins Botânicos de Kew ou Jardins de Kew (em inglês Royal Botanic Gardens, Kew ou Kew Gardens) compõem o mais extenso, antigo e prestigioso complexo botânico do mundo.

Mais do que um espaço verde belíssimo, cheio de coleções da flora mundial, os Jardins de Kew são também um centro de pesquisa de excelência, com jardins, arboretos e estufas situados num vasto parque localizado na periferia de Londres, na Inglaterra.

COM A PRIMAVERA SE APROXIMANDO NO HEMISFÉRIO NORTE, OS JARDINS DE KEW COMEÇARAM A FLORIR…

UM BRASILEIRO NOS JARDINS REAIS

Quem hoje está à frente da direção científica deste jardim botânico é o brasileiro Alexandre Antonelli (foto em destaque).

Nascido em Campinas (SP), ele se mudou para a Europa e lá concluiu sua formação profissional, como biólogo e pesquisador na Universidade de Gotemburgo.

Desde sua origem, os Jardins de Kew foram dirigidos por naturalistas de renome mundial, fato que só aumenta a importância da participação do biólogo brasileiro.

Como professor de Biodiversidade e Sistemática e líder de um dos grupos de pesquisa mais ativos da Suécia, ele foi reconhecido por desenvolver um novo programa de pesquisa de longo prazo, que aproveita trabalho de campo, coleções biológicas e as mais recentes técnicas de laboratório e modelagem para tratar questões científicas.

Kew Gardens / Reprodução

JARDINS BOTÂNICOS BRASILEIROS

Um jardim botânico é um espaço dedicado à coleção, cultivo e exposição de uma ampla diversidade de plantas, identificadas de acordo com seu nome botânico.

Servem tanto à pesquisa quanto à educação ambiental, podendo desenvolver serviços e atividades voltadas para o público, como visitas guiadas ou livres e exposições educativas, além de cursos de formação.

No Brasil, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) é o mais antigo do país.  Foi fundado em 13 de junho de 1808 pelo então príncipe regente português D. João.

O interesse do monarca era instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo.

Hoje, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, nome que recebeu em 1995, é um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade.

Chafariz central do Jardim Botânico do Rio, em foto de Adam Sporka / Via Wikimedia Commons

No Paraná, a icônica estufa encanta visitantes desde 1991, ano da inauguração do Jardim Botânico de Curitiba, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.

Criado à imagem dos jardins franceses, tem na estufa em estrutura metálica, espécies botânicas que são referência nacional, além de uma fonte d’água. A mata nativa está ponteada de trilhas para percursos a pé.

Jardim Botânico de Curitiba. Foto: Nani Gois/SMCS

Aqui em Minas Gerais, o Instituto Inhotim recebeu, em 2010, a chancela de Jardim Botânico, atribuída pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (CNJB). Desde então, integra a Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RNJB).

Seus jardins são campo para estudos florísticos, catalogação de novas espécies botânicas, conservação in situ (em seu ambiente) e ex situ (fora de seu ambiente) e ações de educação ambiental.

Tornou-se referência com sua beleza rara e paisagismo que explora todas as possibilidades estéticas da coleção botânica.

PARA VISITAR EM BELO HORIZONTE

Na capital do Estado, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG está instalado em uma área com aproximadamente 600.000 m².

Sua vegetação diversificada e típica da Mata Atlântica reúne, além das nativas, espécies exóticas.

Seu acervo é formado por aproximadamente 265.664 itens, entre peças e espécimes científicos preservados e vivos (coleção científica de plantas e reserva vegetal).

O museu dispõe ainda de um auditório, de um viveiro de mudas, uma lagoa, um anfiteatro ecológico e um jardim sensorial.

Rua interna do Jardim Botânico da UFMG. Foto de Andrevruas / Wikimedia

Já na área de visitação do Jardim Botânico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, vinculado à Prefeitura Municipal, é possível passear entre lagos com espécies aquáticas e conhecer a flora brasileira visitando as estufas temáticas da Mata Atlântica, Caatinga e Campo Rupestre.

Árvores e palmeiras brasileiras, bromélias, folhagens, flores e trepadeiras compõem as mais de 3.500 espécies de plantas em todo o complexo.

Nas Estufas da Evolução, o visitante conhece a história evolutiva das plantas e aprende mais sobre as formas de reprodução e dispersão de sementes.

Para quem se interessa por plantas medicinais, há também um Jardim de Plantas Medicinais, Aromáticas e Tóxicas.

O Jardim Botânico de BH / Reprodução PBH

Com informações do Kew Gardens e dos sites dos jardins botânicos mencionados.



Fonte: encurtador.com.br/bdpy8





Ilustrações: Silvana Santos